sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Petardos: Os generais servis e o “capetão”

Por Altamiro Borges

Matéria do Estadão ajuda a entender a postura pusilânime e servil dos generais diante das maluquices do "capetão". Em seu primeiro ano de gestão, Bolsonaro ampliou gastos com milicos e cortou investimentos na educação, saúde e segurança. As distorções no orçamento são gritantes

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Segundo o Estadão, resultado final das contas do laranjal mostra um aumento real (acima da inflação) de 22,1% das despesas da Defesa em relação a 2018  incremento de R$ 4,2 bilhões. Na direção oposta, grana da Educação caiu 16%; Saúde teve queda de 4,3%; e Segurança minguou 4,1%

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O jornalão informa que, no final do ano, o governo já tinha dado prioridade ao aporte de R$ 7,6 bilhões à Emgepron, estatal da Marinha que fabrica corvetas. "A capitalização inflou os gastos com a Defesa, embora tenha ficado fora do teto de gastos, regra prevista na Constituição"

OEA e as violações à liberdade de expressão

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Após solicitação por parte de entidades da sociedade civil brasileira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), anunciou que promoverá, em março, audiência temática para discutir a escalada de violações à liberdade de expressão no Brasil. O documento produzido pelas entidades que assinaram a solicitação compilou diversas denúncias de violações, evidenciando o caráter sistemático das práticas e um processo de “institucionalização” dos ataques à liberdade de expressão.

Witzel e gringos miram a sua cabecinha!

Por Paula Bianchi, no site The Intercept-Brasil:

Carnaval passado a gente te avisou que era melhor sair de máscara – especialmente se você estivesse no Rio. E nesse carnaval não vai ser diferente.

O mesmo Wilson Witzel que aposta em “atirar na cabecinha” de criminosos e encerrou 2019 com mais de 1.800 mortos pela polícia nas costas, agora negocia com o governo inglês a instalação de um sistema de vigilância e reconhecimento facial no estado.

O Black Mirror carioca está cada vez mais perto de sair do papel.

Consegui com o pessoal do Unearthed, a unidade de jornalismo investigativo do Greenpeace, a ata secreta da reunião entre Witzel e o ministro para o Comércio Exterior britânico, Conor Burns, em agosto. Na conversa, muitos afagos a suposta preocupação do governador de reduzir a violência no estado e um governo inglês ávido por “ajudar”.

Fora Weintraub!

Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:


Respeito. Esse deve ser um dos nortes da gestão pública. Governantes devem ter o senso de responsabilidade e saber que sua atividade e suas decisões impactam profundamente a vida das pessoas.

Dou testemunho de meu período como reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Minha equipe e eu sempre compreendemos que a organização do vestibular deveria ser vista como uma operação de guerra. Compreensão que derivava não do fato de sabermos dos inúmeros processos envolvidos e do longo tempo de preparação necessário. Nossa certeza era a de que aquela seleção influenciaria a vida de milhares de jovens, de diversas partes de Minas Gerais, jovens que dedicaram anos de sua vida para alcançar aquele momento. Organizar um excelente vestibular era, portanto, uma questão de respeito.

A greve dos petroleiros é legítima

Por Tadeu Porto, na revista Fórum:

Conforme noticiou a Fórum, o secretário de governo e dono da Localiza, Salim Mattar, atacou gratuitamente uma das categorias mais relevantes para a industria brasileira: os trabalhadores e trabalhadoras do petróleo. Mattar argumenta que os petroleiros são “privilegiados” por trabalhar em uma estatal e agride, de maneira anti-republicana e desrespeitosa, um movimento popular histórico e regularização pela nossa constituição.

É importante destacar que essas falas não condizem com as condições reais que o movimento grevista foi construído. Dessa maneira, o multibilionário se posiciona como um cidadão comum e não um agente público.

Quem é Onyx? Alguém lembra?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Os jornais se espalham sobre o “enfraquecimento” do Ministro Onyx Lorenzoni e sua possível demissão da Casa Civil.

Assunto que não tem a menor relevância, porque Onyx já a perdeu faz tempo.

Há pouco mais de um ano, era ele quem dava declarações em nome do “governo de transição”.

Hoje, ninguém vai lhe perguntar nada e só se soube que ele estava de férias porque seu interino – indicação dos “garotos” do papai Bolsonaro – foi brincar de aviãozinho da FAB.

Ficou sob seu poder formal o Programa de Parceria de Investimentos que, todo mundo sabe, era de fato comandado pela Economia. Aliás, como só está na Casa Civil desde julho, nem mesmo poderia ter papel na modelagem dos leilões, demorada e cheia de detalhes técnicos e jurídicos.

O histórico pecuarista de Regina Duarte

Do site De olho nos ruralistas:

A nova secretária de Cultura do governo Bolsonaro se sente à vontade no campo. Há quase duas décadas, Regina Duarte cria gado da raça Brahman em uma fazenda em Barretos, interior de São Paulo. Convidada para falar da sua atividade na 45ª edição da Expoagro, evento apoiado pela Bunge que aconteceu em 2009 em Dourados (MS), a atriz disse “sentir medo” das portarias da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a criação de reservas indígenas no Mato Grosso do Sul.

O crescimento assustador da desigualdade

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Neste mês de janeiro, a Oxfam divulgou mais um documento informativo extremamente importante. Um documento intitulado "Tempo de Cuidar". No documento, a OXFAM retrata a crescente desigualdade no mundo e mostra o quanto ela atinge significativamente as mulheres.

O primeiro passo é quando se analisa que essas medidas de políticas econômicas neoliberais, que vêm sendo aplicadas em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, têm contribuído significativamente para o aumento dessa desigualdade.

A gente pode citar três questões fundamentais.

Os indígenas no alvo da ultradireita global

Por Jess Franklin, no site Outras Palavras:

Um homem, que em repetidas ocasiões romantizou a ditadura e pregou o uso da tortura, parece não ser a melhor escolha como convidado de honra para a celebração anual da Constituição na maior democracia do mundo. Porém, faz sentido que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tenha sido convidado pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à marcha do Dia da República da Índia.

O nacionalismo autoritário vem crescendo mundialmente - e líderes antidemocráticos estão agora no comando das maiores democracias do mundo, que incluem a Índia, o Brasil e, é claro, também os Estados Unidos. A má notícia afeta a todos, mas as minorias estão particularmente em risco, já que esses demagogos alegam que “seus” direitos devem ser sacrificados para o bem nacional. Bolsonaro e Modi já avançaram várias casas desse caminho perigoso.

O ministro Weintraub e o pior Enem

Editorial do site Vermelho:

O Enem é uma das conquistas mais importantes da vida do estudante brasileiro. Ao longo do tempo foi se firmando como instrumento para ampliar e democratizar dos estudantes brasileiros ao ensino superior.

A última versão do exame, em 2019, envolveu nada menos que 5.095.308 candidatos a uma vaga nas universidades. É duas vezes mais gente que os habitantes de uma cidade como Belo Horizonte, que tem 2,5 milhões de moradores.

Petroleiros de todo o Brasil iniciam greve

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Petroleiros dos 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciam, à zero hora deste sábado (1/2), uma greve nacional por tempo indeterminado. A categoria reivindica a revisão do fechamento da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa.

A paralisação da Fafen-PR, anunciada pela Petrobrás em 14 de janeiro, surpreendeu a categoria. O fechamento da unidade vai provocar a demissão de 1.000 pessoas, e por isso deveria ter sido previamente negociado com os sindicatos que representam os trabalhadores da unidade, como determinado pela cláusula 26 do ACT da Ansa – o que não ocorreu.

Seja bem-vinda ao lodaçal, prezada Regina

Por Eric Nepomuceno

Não houve nenhuma surpresa: depois da encenação toda (afinal, seu ofício é e sempre foi representar), Regina Duarte fez o que todo mundo sabia que faria e virou secretária especial de Cultura.

Vai assumir formalmente o cargo assim que chegar a um acordo com a Globo, rompendo um contrato de décadas e que assegurava a ela um gordo punhado de reais quando estava sem trabalhar, e obeso quando participava de alguma novela.

Alguns conhecidos meus observam que ela é infinitas vezes melhor que seu antecessor, o tal Roberto que quis ser Alvim.

Ora, qualquer bípede implume seria melhor.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Petardos: Corruptos e aloprados no laranjal

Por Altamiro Borges

Do Folha: "Relatório da Comissão de Ética da Presidência da República mostra que denúncias de infrações éticas e conflitos de interesse contra integrantes do Executivo dispararam sob Bolsonaro". E ainda teve midiota que acreditou na bravata do "capetão" sobre combate à corrupção

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Segundo o relatório, foram 1.340 casos de infrações éticas e conflitos de interesse em 2019  contra 803 em 2018. Apesar disso, a Comissão de Ética da Presidência aplicou apenas duas sanções  contra a ex-presidenta do Iphan e agora contra o sinistro Abraham Weintraub (Educação)

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Como lembra a Folha, o laranjal fascista "chegou a discutir a desidratação da comissão de ética, mas recuou. Apesar disso, o relatório do órgão mostra que a capacitação de agentes públicos em gestão da ética desabou sob Bolsonaro: 1.339 contra 3.438 no ano anterior"

A angústia do estudante e do aposentado

A educação à beira do abismo

Por Iago Montalvão, na revista CartaCapital:

Já não é mais segredo para ninguém que o Ministério da Educação é hoje a pasta mais desastrosa no governo Bolsonaro. Isso porque há uma disputa acirradíssima entre ministros em uma competição em que vence aquele que é mais irresponsável, atrapalhado, arrogante e incompetente. Nesses quesitos, Weintraub tem dado show.

Muitos são os setores que apontam a completa impossibilidade de que esse ministro continue no cargo. Há quase uma unanimidade nessa questão e essa é sim a frente mais ampla que já se formou, a que exige a demissão de Weintraub.

Sem reforma agrária não há democracia

Por Gabriella Gualberto, no site da Fundação Perseu Abramo:

Há 35 anos, em 29 de janeiro de 1985, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou seu primeiro Congresso Nacional, em Curitiba (PR), e assumiu uma posição de destaque na luta pela reforma agrária no Brasil. O evento foi um desdobramento do 1º Encontro Nacional, ocorrido no ano anterior, em Cascavel (PR), quando a organização foi oficialmente criada.

Gestão Weintraub: erros e retrocessos

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília detectou mais um problema no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo despacho do procurador Felipe Fritz Braga divulgado hoje (29), um “expressivo número de cursos em todo o país” teve vagas reservadas à população com deficiência em número inferior ao determinado pelas normas, de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (a Lei de Cotas). “Ou mesmo não tiveram nenhuma vaga reservada para esses candidatos.” O procurador pede esclarecimentos ao Ministério da Educação (MEC).

Santini e a proteção dos filhos de Bolsonaro

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

Precisamos saber o que José Vicente Santini sabe das entranhas do governo e como conseguiu a proteção dos filhos de Bolsonaro. Santini foi demitido hoje pela segunda vez.

O auxiliar de Onyx Lorenzoni foi exonerado na terça por Bolsonaro pela TV, ao vivo, pelas viagens a Davos e à Índia em jato da FAB com duas secretárias, e readmitido no dia seguinte.

O que ele havia feito como viajante era, segundo Bolsonaro, “totalmente imoral”.

Mas Santini, chamado em Brasília de bom cabelo, deixou de ser secretário-executivo de Onyx para ser secretário especial de relacionamento externo do mesmo Onyx.

Era interno e virou externo, sem sair da Casa Civil. Contam que os filhos de Bolsonaro impuseram a volta de Santini. Os garotos são poderosos.

Weintraub, um caso de impeachment

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Em qualquer governo com um mínimo de respeito aos governados, Abraham Weintraub já teria sido demitido. Um deputado, Alexandre Frota (PSDB) pediu seu afastamento ao Ministério Público. UNE e UBES anunciam ação judicial, agora pelo vazamento da classificação no SISU, apesar da proibição da Justiça. Mas a solução para o caso de Weintraub está ao alcance do Congresso. É seu impeachment.

Ministros de Estado também são sujeitos a impedimento por afrontas à Constituição, como fez ele ao violar a regra da impessoalidade, atendendo a pedido individual de apoiador por rede social. E agora, ao desobedecer à Justiça, deixando vazar um resultado embargado por conta da lambança no Enem.

"Austeridade fiscal" para quem?

Por Paulo Kliass, no site da Fundação Maurício Grabois:

A retomada dos trabalhos do Congresso Nacional na semana que vem deve recolocar na ordem do dia um conjunto amplo de escândalos e políticas criminosas levadas à cabo pelo governo do capitão. A lista de malfeitos é enorme, incluindo desde as imbecilidades patrocinadas pelo núcleo mais doutrinário da equipe de Bolsonaro até as propostas mais extremadas do entreguismo explícito, que parece tão caro a Paulo Guedes.

Bozo, Marreco e Porcina apostam no deboche

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Não sei como ainda tem gente levando esse governo a sério.

Depois de uma semana fora do ar, catando conchinhas na praia da imaginação, volto e reencontro os mesmos personagens ocupando o picadeiro, tirando um sarro da nossa cara.

Se não fossem tão trágicos, seriam apenas uns gaiatos que se divertem ao distrair a platéia bestificada com novelinhas sem graça no “Gran Circo Brasil”.

Ressuscitaram até a “Viúva Porcina”, a que foi sem nunca ter sido, convocada para o lugar daquele nazista de hospício, enquanto Bozo e Marreco fingem uma luta de marmelada.

Eles agora resolveram partir para o deboche com os jornalistas, já que não encontram nenhuma reação pela frente.

Eis o bolsonarismo. Até quando?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Está em curso no Brasil um projeto totalitário, já sem disfarces, com perigosa contaminação religiosa primitiva, fatal para a democracia. Neste cenário, mais grave que a encenação goebbeliana do secretário defenestrado por acidente de trabalho são os elogios do capitão seu chefe às ideias do auxiliar, pois eles resumem o cerne ideológico do bolsonarismo. Em live gravada pouco antes da presepada, o presidente, declara:

“ Ao meu lado, o Roberto Alvim, o nosso secretário de cultura. Depois de décadas, agora temos sim um secretário de verdade. Que atende o interesse da maioria da população brasileira. População conservadora e cristã. Muito obrigado por ter aceito essa missão. Você sabia que não ia ser fácil, né?”

A falácia do discurso de Guedes em Davos

Por Bia Barbosa, no site Carta Maior:

Na última sexta-feira (22), o Ministério da Economia divulgou os números de 2019 do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O governo e a imprensa tradicional comemoraram o resultado de criação de 644 mil novas vagas no mercado de trabalho, o melhor desempenho em seis anos. O que pouca gente destacou foi que não houve saldo positivo de crescimento em postos de trabalho com rendimento acima de 2 salários mínimos. Ou seja, seguimos fechando mais empregos de maior renda e qualidade e gerando, lentamente, empregos de baixa remuneração. Deste total, cerca de 106 mil postos foram nas chamadas modalidades de contrato intermitente, estabelecida pela Reforma Trabalhista de Michel Temer, ou parcial/por período determinado, no setor de serviços e comércio.

Por que humanos escravizam outros humanos?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A existência e a persistência da escravidão ou de condições análogas à escravidão constitui um desafio humanístico, filosófico, ético e teológico até os dias de hoje. Por que humanos escravizam outros humanos, seus co-iguais?

A mais antiga codificação de leis, o Código de Hamurábi, escrito por volta de 1772 aC no Irã já se efere à classe dos escravos. E assim ao longo de toda a história até os dias atuais. A Walk free Foundation que se ocupa com a escravidão, no nível mundial, calcula que haja hoje cerca de 40,3 milhões de pessoas em regime de escravidão por tráfico de pessoas, por dívida, por trabalhos ou casamentos forçados etc. A Índia lidera o ranking com 7,99 milhões de escravizados. Os dados do Brasil de 2018 apontavam 369 mil em condições análogas à escravidão ou escravizados.

Trump inspira ataque a jornalistas no mundo

Do blog Viomundo:

O veterano James Risen, um ex-repórter do New York Times, publicou artigo de opinião no influente diário norte-americano afirmando que ataques à imprensa estão se espalhando pelo mundo inspirados no desdém manifestado por Donald Trump em relação aos jornalistas.

Risen traça um paralelo entre o caso de Julian Assange, o fundador do Wikileaks duplamente acusado nos Estados Unidos, e o de Glenn Greenwald, denunciado no Brasil pelo MPF apesar de nem ter sido investigado no caso da VazaJato.

Greenwald, através do site Intercept Brasil e em parceira com diversos órgãos da mídia tradicional, divulgou troca de mensagens entre autoridades do Judiciário - dentre elas o então juiz federal Sergio Moro e o procurador chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol - demonstrando que eles tinham uma agenda política e atropelavam a lei.

A crise da água no Rio de Janeiro

Coronavírus: perigo iminente?

Enchentes e o descaso com as famílias

Desemprego é alarmante entre os jovens

Será que Bolsonaro está certo?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Auschwitz e a luta pela democracia

Editorial do site Vermelho:

Nesta segunda-feira (27), cerimônias realizadas em todo o mundo marcaram a passagem dos 75 anos da libertação de Auschwitz pelas tropas soviéticas. Em todas elas foi reafirmada a condenação ao criminoso regime hitlerista cuja derrota exigiu uma ampla aliança para superar uma das maiores encruzilhadas já enfrentada pela humanidade.

Esquerda, governo e lições históricas

López Obrador, presidente do México
Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:

Entre 1922 e 1926,
Leon Blum desenvolveu uma distinção conceitual
entre a “conquista do poder” e o “exercício do poder”.
A “conquista do poder” era uma ideia revolucionária
embora não fosse necessariamente um ato violento,
que levaria a uma nova ordem social
baseada em novas relações de propriedade [..]
E o segundo conceito – de “exercício do poder” –
funcionaria como uma justificação teórica
para quando o Partido Socialista Francês
fosse obrigado a governar,
antes que as condições da conquista do poder
estivessem maduras”

D. Sassoon, “One Hundred Years of Socialism”,
Fontana Press, London, 1997, p. 53


Um criminoso chamado Abraham Weintraub

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

No dia 13 de dezembro – há pouco mais de um mês – publiquei aqui no 247 uma coluna com o seguinte título: ‘Se for verdade, enfim uma boa notícia!’. Estava me referindo aos boatos, já intensos, de que um paspalho chamado Abraham Weintraub seria catapultado do ministério da Educação.

Bem: como do governo do Jair Messias vem de tudo um pouco, menos notícia boa, a abjeta aberração continuou no cargo até pelo menos a tarde da terça-feira 28 de janeiro.

A questão é que agora já não se trata apenas de um idiota prepotente, um mentiroso compulsivo, um sacripanta despreparado para o que for: o que ele cometeu no ENEM foi crime, no sentido figurado e também no sentido literal da palavra. Trata-se, portanto, de um criminoso.

Um animal, claro, porém criminoso.

Juristas denunciam prefeito de Porto Alegre

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A AJURD – Associação de Juristas pela Democracia ingressou no Ministério Público do RS com representação contra o Prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior/PSDB pela prática de crime de responsabilidade no uso de verbas públicas para gastos com publicidade ilegal, em desacordo com a Lei Orgânica do Município e as Constituições Estadual e Federal.

A representação é assinada pelo Presidente da AJURD, Mario Luiz Madureira, e por juristas como o ex-Procurador-Geral do Estado, Gabriel Pauli Fadel, o professor e pós-Doutor em Direito Lenio Streck, as advogadas Jucemara Beltrame, Luciane Toss, Luísa Stern, Maritânia Dallagnol e os advogados Daniel Severo Schiites, Jorge Buchabqui, Jorge Garcia de Souza, Leonardo Kauer Zinn e Ramiro Goulart.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Petardos: Bolsonaro promove regressão social

Por Altamiro Borges

Laranja da cloaca burguesa, Bolsonaro detesta os pobres. "Em apenas um ano, o Bolsa Família voltou a enfrentar um antigo problema. Desde junho, a fila de pessoas aguardando pelo benefício saltou de zero, patamar que se encontrava desde 2018, para 494.229 famílias", aponta O Globo

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Ainda segundo O Globo, as famílias têm o "perfil de renda compatível com programa e já estão cadastradas  mas continuam na miséria e sem a ajuda de R$ 89 por pessoa". Esses dados só foram obtidos graças à Lei de Acesso à Informação após quatro meses de demanda junto ao laranjal bolsonariano

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O retrocesso no Bolsa Família é desumano. "Entre janeiro de 2018 e maio de 2019, a média mensal de novos benefícios concedidos era de 261.429. Desde junho, esse número caiu drasticamente e hoje está em 5.667". A regressão social imposta pelo laranjal fascista satisfaz a cloaca burguesa

As eleições municipais e a democracia

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Neste ano de 2020, em que haverá eleições municipais, é fundamental que, além do enfrentamento da narrativa da pós-verdade, também façamos uma reflexão sobre a necessidade de substituição da democracia representativa, que se encontra exaurida, pela democracia substantiva, mais compatível com os postulados dos partidos de esquerda e com as necessidade dos cidadãos que vivem nos municípios.

Na perspectiva pluralista, a democracia representativa foi a solução encontrada para permitir a igualdade entre os cidadãos, o elemento essencial para garantir o funcionamento da própria democracia, dada a impossibilidade de que todos os cidadãos participem, ao mesmo tempo, de todas as decisões, em sistemas sociais de grande escala, e a forma para assegurar a agregação de interesses conflitantes.

Luta contra trabalho escravo está ameaçada

Por Marques Casara, no jornal Brasil de Fato:

Nesta terça-feira (28), celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Não há, infelizmente, o que comemorar. Essa luta nunca esteve tão ameaçada.

As estruturas de fiscalização estão muito enfraquecidas e desmobilizadas pelo corte deliberado de recursos. As políticas de enfrentamento estão sob ataque dentro do próprio governo. As organizações da sociedade civil estão desarticuladas, algumas inclusive sendo coniventes com empresas que exploram escravos. O movimento sindical está paralisado.

Subemprego virou emprego na conta oficial

Por Fernando Brito, em seu blog:

No meio das “comemorações” do saldo recorde de 644 mil empregos criados em 2019, só o G1 ressalta que 85 mil deles foram na condição de “trabalho intermitente”.

E o Dieese traçou um perfil destes desaventurados, de quem Bolsonaro diz serem felizes por terem algum trabalho, mesmo sem direitos:

- 11% dos vínculos intermitentes não geraram atividade ou renda em 2018

- 40% dos vínculos que estavam ativos em dezembro de 2018 não registraram nenhuma atividade no mês

Weintraub e a imutável lógica bolsonarista

Por Leandro Fortes

Sozinho, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reúne todas as características do bolsonarista médio que, no caso dele, são potencializadas pelo cargo e pela visibilidade que ele mesmo se dá, nas redes sociais.

E olha que estamos falando de um ministro que concorre com doidivanas do nível de Damares e Ernestos da vida.

Analfabeto funcional, comediante frustrado e acadêmico que passou a vida atolado na própria mediocridade, Weintraub parece estar sempre preparado para o ridículo, um estado de espírito que ele elevou ao patamar de arte deprê.

Para esconder o poço de frustrações em que vive, costuma ser autoritário, envolto em um processo permanente de mimetização do chefe, Bolsonaro, de quem, por incrível que pareça, consegue ser uma caricatura ainda mais risível e odiosa.

Bolsonaristas copiam extremistas dos EUA


A ideologia que chegou ao poder no Brasil com a eleição do presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), possui uma ligação íntima com o movimento da extrema-direita nos Estados Unidos, popularizada como alt-right. Enquanto o bolsonarismo é inspirado nos supremacistas brancos na América do Norte, fundadores da corrente, eles também estudam o fenômeno brasileiro, e como usar as redes sociais para espalhar suas ideias radicais.

A cooperação entre eles é descrita em artigo publicado hoje (27) pelo periódico inglês The Guardian. No texto, o correspondente no Brasil Dom Phillips traça semelhanças estéticas e de discurso.

Um instrumento para silenciar a crítica

Por Pedro Serrano, na revista CartaCapital:

Ganhou as manchetes dos portais e jornais a denúncia do Ministério Público Federal contra Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, por ter supostamente auxiliado, incentivado e orientado a invasão de celulares de autoridades brasileiras por hackers. Como se sabe, o jornalista recebeu mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato e as publicou em uma série de reportagens, em parceria com outros veículos de comunicação. A denúncia, que já seria abusiva, visto que o jornalista está protegido por liminar concedida em agosto passado pelo ministro Gilmar Mendes, parte de um entendimento completamente equivocado. Segundo a peça, por ter mantido contato com os hackers enquanto a invasão ocorria, Greenwald também seria responsável pelo suposto delito.

Raio-X da oposição direitista da Venezuela

Por João Pedro Stedile, no site A terra é redonda:

O governo Trump se considera dono da Venezuela e exige que o povo obedeça seu capataz, o sr. Guaidó, que por sinal é muito bem pago

Em 2015 houve eleições para a Assembleia Nacional da Venezuela. A representação lá é unicameral, não tem senadores, só deputados. São 167 deputados eleitos.

Naquela eleição a oposição ao chavismo conquistou a maioria dos deputados. Os chavistas ficaram em franca minoria com apenas 55 deputados, organizados num bloco denominado Pátria. O Tribunal de Justiça Eleitoral cancelou a eleição de alguns deputados por fraude e ou por corrupção. Os partidos direitistas não quiseram reconhecer esse cancelamento. Instalou-se assim um conflito permanente acerca da legitimidade e legalidade da Assembleia Nacional. Uma batalha incessante entre o Poder Executivo chavista e a oposição direitista que controlava o parlamento.

O ministro esconde a toga

Por Luiz Alberto Gomez de Souza, no site Carta Maior:

O resultado do Roda Viva de 20 de janeiro de 2020 era esperado. Foi uma entrevista ao Ministro da Justiça e as perguntas se reduziam a sua relação com Bolsonaro, sua opinião a projetos em curso e sobre o futuro: um posto ao STF ou candidatura eleitoral em 2022 (presidente ou vice). Sabendo da volatilidade das políticas do governo, era um debate inútil sobre posições em mudança permanente.

Mas o mais importante não era discutir o ministro, mas situar o juiz curitibano Moro. Este, numa declaração inicial, adiantando-se antes de ser perguntado declarou, sem justificar, não se importar com os vazamentos publicados pela Intercept, afastando-os com uma palavra definitiva e sem explicações: uma bobajada. Só uma última pergunta, nos minutos finais, tocava novamente no Vaza-Jato e a resposta era a mesma: tratavam-se de fatos difundidos de maneira fraudulenta sem nenhum valor. Na verdade não afirmava ou negava os vazamentos, apenas contestava o fato de serem obtidos por fontes anônimas e por isso sem credibilidade.

Os marxistas e a homossexualidade

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O marxismo foi a teoria que serviu de base aos principais movimentos de oposição à exploração do trabalho e aos diversos tipos de opressões inerentes ao capitalismo e imperialismo: contra os povos coloniais, as mulheres e os negros. A maioria dos clássicos tratou desses temas de maneira mais ou menos abrangentes. As diversas internacionais aprovaram resoluções e campanhas à respeito. Contudo, não abordou-se suficientemente a “questão da homossexualidade”. A relação entre o movimento socialista e aqueles poucos lutadores contrários à criminalização da homossexualidade constituiu-se em algo complexo e contraditório. Ocorreram erros gritantes, contrapostos à essência emancipatória do marxismo.

O jogo recomeça do movimento sindical

Por João Guilherme Vargas Netto

Reunidas nesta segunda-feira, dia 27, no Dieese em São Paulo, todas as centrais sindicais (a que não compareceu já confirmou sua adesão) começaram o ano apresentando um calendário de atividades.

A primeira mobilização será no dia 3 de fevereiro, na Fiesp, quando as direções e ativistas protestarão contra as posições do presidente Paulo Skaf que, abandonando de vez uma pauta desenvolvimentista e produtivista, endossa o desmonte da indústria, trai os industriais e os industriários e se aninha no colo de Bolsonaro (que será recebido para um almoço de 200 talheres).

Na sequência marcou-se para o dia 14 de fevereiro uma série de atos em defesa da Previdência e de denúncia do descalabro com que o governo tem tratado os aposentados, os pensionistas e todos os trabalhadores que recorrem aos serviços previdenciários públicos em busca de seus direitos (desrespeitando também, e muito, os próprios funcionários).

Paulo Guedes, o ministro vende pátria

A cultura incomoda, Bolsonaro?

Por Jandira Feghali, no site Mídia Ninja:

As rodas do jongo ritmado, dos tambores alucinados, as cavalhadas na terra vermelha do Centro-Oeste, as danças indígenas em roda, o tecido branco das saias rendadas e os turbantes estampados do Ilê, as fitas em movimento no frio dos pampas, a congada, os pretos-velhos em círculo, os santos, os milhares de pontos potentes que se manifestam, a nudez e todas as obras de drama ou comédia que ocupam os palcos, a produção cada vez mais diversificada e poderosa das telas, os grafites que impressionam, as imagens desenhadas, pintadas, impressas ou esculpidas surgidas da imaginação ou da vida, a pluralidade musical impactante e emocionante, os textos, histórias e poemas que voam das páginas e gargantas, os sabores e saberes, as igrejas, templos, terreiros… Alguém imagina que alguma dessas expressões possa ou deva ser impedida?

domingo, 26 de janeiro de 2020

Petardos: O “capetão” e os “evangélicos”

Por Altamiro Borges

A relação carnal entre Bolsonaro e as seitas neopentecostais não tem nada de divina. O "capetão", que nem é evangélico, deseja o apoio das "igrejas"  inclusive para a fundação do seu partido. Já as seitas visam resolver as suas volumosas dívidas, informa o site Congresso em Foco

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Segundo matéria postada neste domingo (26), "um grupo de igrejas evangélicas tem uma dívida milionária com a União de R$ 420 milhões". A revelação foi feita com base na lista de devedores da União disponibilizada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional à revista Veja

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A lista é encabeçada pela Igreja Internacional da Graça de Deus, do "pastor" RR Soares  que deve R$ 139,7 milhões à Receita Federal. Ela é seguida pela Igreja Mundial do Poder de Deus (dívida de R$ 85,9 mi), Igreja Renascer em Cristo (R$ 31,3 mi) e Assembleia de Deus (R$ 9,8 mi)

Um ano do crime da Vale em Brumadinho

Bolsonaro e os livros didáticos

Brasil-EUA: Do Banestado à Lava-Jato

Prepare-se para o ano Bernie Sanders

Por Antonio Martins, no site Outras Palavas:

Parte da esquerda brasileira atribuiu sua própria fraqueza, no combate ao bolsonarismo, a um fenômeno global. Estaríamos presenciando, em todo o mundo, o avanço de uma onda conservadora irresistível. A potência da avalanche tornaria quase impossível mobilizar as sociedades em sentido oposto. O mais prudente seria esperar que a maré de devastação perca seu ímpeto. Esta interpretação já era incapaz de explicar as revoltas contra o neoliberalismo que eclodiram, ao longo de 2019, em países como Chile, França, Equador, Colômbia, Argélia ou Líbano – ou as derrota eleitoral que o sistema sofreu na vizinha Argentina. Agora, tudo indica que ela terá de lidar com outro fato “incômodo”. Nos próprios Estados Unidos, as eleições presidenciais serão polarizadas por Bernie Sanders, que sustenta posições claramente pós-capitalistas.

A namoradinha porcina do Brasil

Por Urariano Mota, no site Vermelho:

De uns tempos pra cá, a carreira artística de Regina Duarte tem sido mais carreira que artística. Em 2002, foi usada na campanha eleitoral de José Serra, quando gravou em vídeo a frase que marcaria sua história: “Eu tenho medo”. O medo seria de que Lula fosse eleito - o que acabou acontecendo. Mas não aconteceu o retrocesso da economia brasileira, do qual ela possuía “medo”. De lá até hoje, a sua arte vem caindo, caindo, enquanto ela pensa que vai subindo, subindo, como na clássica música Conceição, na voz de Cauby Peixoto:

“Se subiu
Ninguém sabe, ninguém viu
Pois hoje o seu nome mudou
E estranhos caminhos pisou”

A classe trabalhadora chegou ao paraíso?

Por Ana Claudia Moreira Cardoso e Karen Artur, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A palavra empreendedorismo vem ganhando espaço, desde a crise econômica de 2008, com ênfase em algumas de suas dimensões, supostamente positivas para o trabalhador: a não existência de chefes definindo o quê e como fazer; e a liberdade para decidir quando e onde fazer. Por outro lado, aspectos como insegurança, risco, ausência de direitos, isolamento nunca são mencionados. Esta discussão não é nova. Já nos anos 1990, a palavra “empregabilidade” – significando que cada trabalhador seria o único responsável pelo seu emprego e desemprego-, foi muito evidenciada, também num contexto de desemprego e queda da renda.

Denúncia do MPF contra Greenwald é censura

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na terça-feira (21), um dia depois da entrevista do ex-juiz Sergio Moro ao programa Roda Viva, o procurador da República Wellington Divino de Oliveira apresentou ao Ministério Público uma denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald. A denúncia, feita por um procurador amigo de Sérgio Moro, se baseia em um suposto hackeamento dos celulares de autoridades federais.

Para o MPF, com essa denúncia, o procurador se contrapôs a uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que acolheu um pedido do partido Rede de Sustentabilidade e proibia que o jornalista fosse investigado e responsabilizado “pela recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia, ante a proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística’.

Bolsonaro mostra crueldade com os pobres

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

A postura gaguejante de Jair Bolsonaro diante da deportação de 50 brasileiros transportados como animais pelo governo dos Estados Unidos é a demonstração definitiva da incapacidade de seu governo para defender a dignidade do Brasil e dos brasileiros.

"O que eu vou falar aqui vai dar polêmica", disse Bolsonaro. "Eu acho que qualquer país, as suas leis têm que ser respeitadas. Qualquer país do mundo onde pessoas estão lá de forma clandestina é um direito daquele chefe de Estado, usando da lei, devolver esses nacionais". (O Globo, 25/01/2020).

Primeiro governo a permitir a deportação em massa de brasileiros, a responsabilidade de Bolsonaro neste drama lamentável está clara no início, no meio e no fim.

Mulheres pagam mais IRPF no Brasil

Por Róber Iturriet Avila e Cristina Pereira Vieceli, no site Brasil Debate:

Somente a partir do final de 2014, a Receita Federal do Brasil passou a disponibilizar mais dados brutos das declarações de Imposto de Renda – Pessoa Física (IRPF). As informações disponibilizadas antes do ano de 2014 restringiam-se apenas ao número total de declarantes. À medida que essas informações vêm à tona, é possível efetuar análises mais aprofundadas.

As informações apresentadas neste texto levam em conta as declarações efetuadas pelos contribuintes para Receita Federal do Brasil a partir dos rendimentos de 2017. Sabe-se que uma pessoa física que recebeu mais de R$ 2.379,98 mensais no ano de 2017 declarou imposto de renda, assim como que aqueles que possuem patrimônio acima de R$ 300.000,00 também foram obrigados a notificar o fisco no ano de 2018. Nesse mesmo ano, 29,1 milhões de pessoas declararam Imposto de Renda no Brasil. Esse contingente representava 13,90% da população brasileira total e 20,20% da população acima de 19 anos.

O jogo de chantagens entre Moro e Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não adiantam mais declarações formais.

A disputa entre Sérgio Moro – e seu projeto político – e os planos de reeleição de Jair Bolsonaro chegou de vez à “Vila da Direita”, e as coisas já não estão mais como cochichos.

Todos estão acompanhando o que, agora, é claramente um jogo de chantagens.

Bolsonaro preocupa-se com que Moro possa roubar-lhe a condição de “Mito”: alguém que, como foi na Lava Jato, não pode ser criticado, detido ou simplesmente contrariado.

Moro preocupa-se com o “sereno” e com que o deserto para o qual iria possa tirar dele os holofotes que tem há seis anos.

Bolsonaro na Índia: Gandhi não gostou

Por Marcelo Zero

A parceria estratégica entre Índia e Brasil foi estabelecida oficialmente pelo presidente Lula, em 2006. Foi também no período Lula que se criou o foro do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e o grupo do BRICS, do qual a Índia faz parte.

Naqueles tempos, o Brasil tinha política externa autônoma, voltada para articulação dos interesses dos países em desenvolvimento no cenário mundial.

Os resultados políticos vieram. Também os econômicos. Entre 2006 e 2012, as exportações do Brasil para Índia aumentaram de US$ 938 milhões para US$ 5,57 bilhões, ou seja, foram multiplicadas por mais de cinco vezes.

Entretanto, com a crise e com uma política externa que abandonou a cooperação sul-sul e que põe ênfase exclusiva no alinhamento submisso aos EUA, o relacionamento com a Índia vem se tornando irrelevante.

Rouanet, pensão e os podres de Regina Duarte

Por Altamiro Borges

Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil que virou a namoradinha dos fascistas, nem bem assumiu a Secretaria Especial da Cultura do laranjal de Jair Bolsonaro e seus pobres já vem à tona. A revista Veja desta semana informa que a atriz global deve R$ 319,6 mil por irregularidades no uso de recursos provindos da Lei Rouanet. Ela teve as contas de uma peça reprovadas em março de 2018 e será obrigada a ressarcir o Fundo Nacional da Cultura. Já o Estadão revela que a celebridade que posa de vestal da ética recebe R$ 6.843,34 mensais de pensão militar.

Petardos: “Véio da Havan” e o ódio nas redes

Por Altamiro Borges

O "véio da Havan", com suas roupas ridículas e seus vídeos fascistas, segue impune. Saiu na Época: "Dono da Havan e apoiador de Bolsonaro, Luciano Hang compartilhou uma informação falsa que levou o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, a sofrer ameaças nas redes sociais"

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Segundo a Época, Luciano Hang postou no seu Facebook um vídeo mentiroso de Sikera Jr., caluniador do programa Alerta Amazonas. A partir da postagem, o senador passou a sofrer duras ameaças. "Você merece tomar muita porrada nessa sua cara, seu pilantra do crl", tuitou um maluco

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Ainda segundo a revista, "Randolfe Rodrigues está sob ataque pesado há alguns dias. Não foi a primeira orquestração do bolsonarismo contra ele. No ano passado, Marco Feliciano foi flagrado incitando amapaenses a atacá-lo". Os fascistas seguem estimulando o ódio nas redes sociais

sábado, 25 de janeiro de 2020

Leonardo Boff e a tragédia em Brumadinho

O que são os "paraísos fiscais"?

Juiz de garantia contra abusos de autoridade

Vaza Jato, mijar na rua e super-heróis

ABJD pede afastamento de Deltan Dallagnol

Mensagem de Zélia Duncan a Regina Duarte

Moro é o general da guerra híbrida dos EUA

Poder judiciário e acumulação de capital

Um ano após o crime da Vale em Brumadinho

Regina Duarte: namoradinha ou madrasta?

A radicalização política avança no Brasil

O escárnio como espetáculo. Até quando?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

A grande liquidação do BNDES

Editorial do site Vermelho:

Em seu discurso de Ano Novo no dia 31 de dezembro de 1951, Getúlio Vargas falou longamente sobre a herança que recebera do seu antecessor, general Eurico Gaspar Dutra. Enquanto citava números e fatos, denunciou a evasão de divisas, o saque aos recursos do país e o abandono da infraestrutura, uma das principais bases da Revolução de 1930.

No mesmo discurso, Vargas anunciou a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (mais tarde, com o acréscimo do “Social”, BNDES) e da Petrobras, no âmbito do Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico do Estado. Essas duas instituições foram essenciais para mais um salto da industrialização e da modernização do país. Por ter esse papel, sempre foram alvos de políticas entreguistas.

Aumento da desigualdade e a recessão

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Faz tempo que vários economistas vêm falando que desigualdade social e concentração da renda não combinam com crescimento. Para não dizerem que estou sendo desonesta, o Brasil vivenciou um período em que altas taxas de crescimento econômico conviveram com o aumento das desigualdades sociais. Isso ocorreu no período chamado de “milagre econômico” da década de 1970, no qual um fator muito particular – a indústria de bens de consumo duráveis – permitiu expandir o consumo da classe média à revelia do arrocho salarial dos trabalhadores mais pobres.

Moro X Bolsonaro: quem perde nesta disputa?

Por Jordana Pereira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Sérgio Moro é o ministro mais popular do governo de Jair Bolsonaro. Segundo a pesquisa Datafolha de dezembro de 2019, entre os que dizem conhecê-lo, 53% avaliam sua gestão no ministério como ótima/boa. Enquanto o próprio Bolsonaro, na mesma pesquisa, tinha 30% de ótimo/bom. O ministro mais mal avaliado era Ricardo Salles do Meio Ambiente, com 28% de aprovação.

Essa tendência segue no início de 2020. A pesquisa do Instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicada na última quarta-feira, 22 de janeiro, revela que as áreas mais bem avaliadas no ministério foram combate à corrupção (30,1%), economia (22,1%) e segurança (22%) - ou seja, duas temáticas que estão com Moro. A que teve pior avaliação foi Meio Ambiente (18,5%).

Mídia esconde o irmão de Bolsonaro

Reprodução: Facebook de Renato Bolsonaro
Da Rede Brasil Atual:

O governo Jair Bolsonaro não cumpre o que prometeu durante a sua campanha, em 2018, e manteve o tal “toma lá dá cá”. Na análise de Rosemary Segurado, cientista política e professora da PUC-SP e da Fespsp, a denúncia de que Renato Bolsonaro, irmão do presidente, tem atuado como lobista para intermediar verbas do governo federal e atender demandas de prefeitos mostra a falta de transparência da atual gestão.

A história foi escrita pela mão branca

Por Leonardo Boff, no site da Fundação Maurício Grabois:

Uma das realidades mais perversas da história humana foi o milenar estatuto da escravidão. Aí se mostra o que também podemos ser: não só sapiens, portadores de amor, empatia, respeito e devoção, mas também demens, odientos, agressivos, cruéis e sem piedade. Este nosso lado sombrio parece dominar a cena social de nosso tempo e também de nosso país.

A história da escravidão se perde na obscuridade dos tempos milenares. Há uma inteira literatura sobre a escravidão, no Brasil, popularizada pelo jornalista-historiador Laurentino Gomes em três volumes (só o primeiro já veio a lume, 2019).

Evangélicos e fascistas juntos com Bolsonaro

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

Segundo previsão dos estatísticos, em 2032 a maioria da população brasileira será evangélica. Isso constitui uma transformação importante para um país que já foi chamado de “maior país católico do mundo”. Não se trata apenas de um aumento quantitativo na população. Esse incremento numérico se faz acompanhar de uma participação maior na política e no poder. A “longa jornada” para o Poder já foi iniciada. Ao mesmo tempo, observa-se o aumento do pluralismo religioso. Entre 1970 e 2010, os “sem religião” saltaram de 702 mil para 15,3 milhões de pessoas (José Eustáquio Alves - ENCE/IBGE, Carta Maior, 22/5/2019).