quarta-feira, 4 de março de 2015

Janot livra Aécio da Lava-Jato

Do Jornal GGN:

O Procurador-geral da República entendeu que não existem elementos que justifiquem investigar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, citado em delação do doleiro Alberto Youssef.

A lista de Janot, enviada no começo da noite de ontem, terça-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pede o arquivamento de investigação envolvendo o senador por Minas Gerais e candidato derrotado à presidência da República nas últimas eleições.

As duas faces de Vladimir Putin

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Dois intelectuais de projeção internacional publicaram, nas últimas semanas, textos provocadores sobre a Rússia e seu presidente, Vladimir Putin. O escritor e cineasta britânico John Pilger, sempre elogiado por Noam Chomsky, destacou que os grandes jornais do Ocidente conduzem, contra Moscou, uma campanha de mentiras semelhante à dirigida contra o Iraque, às vésperas da invasão norte-americana. Pilger está convencido de que o noticiário internacional no Ocidente deixou-se enquadrar, como na Guerra Fria, pela posição do governo norte-americano. Esta atitude servil ampliaria os riscos de que se concretizem as previsões mais sombrias de George Orwell e submeteria, inclusive, publicações antes respeitáveis e charmosas, como The Guardian. Já o sociólogo Boaventura Sousa Santos advertiu: “Tudo leva a crer que está em preparação a terceira guerra mundial. É uma guerra provocada unilateralmente pelos EUA com a cumplicidade ativa da UE. O seu alvo principal é a Rússia e, indiretamente, a China”.

Racionamento de água: triste aniversário

Do blog de Zé Dirceu:

Nesta 3ª feira (ontem) completou-se um ano do agravamento da crise de abastecimento de água em São Paulo e do início das medidas implantadas pelo governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) que culminaram na implantação, na prática, do racionamento e do rodízio de água na Capital, Grande São Paulo e em muitos outros pontos do Estado.Racionamento que Alckmin e seu governo jamais assumiram.

A mídia e o fim da cultura

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A leitura dos jornais e revistas no fim de semana pode levar a uma constatação espantosa: a de que a principal característica da cultura de massas, neste início de século, é o triunfo da representação sobre a realidade. A grande massa dos seres humanos, principalmente aqueles que têm acesso ao sistema da mídia e aceitam seus conteúdos pelo valor de face, está sendo conduzida para o campo da ilusão porque os simulacros dominam a vida social vivida no ecossistema midiático. No interior desse ecossistema, a verdade pode ou não existir: ela não tem a menor importância, porque tudo é negociado no campo ficcional dos signos.

Cunha e Renan se penduram na mídia



Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Olhem os dois títulos de O Globo (capa e o da matéria, propriamente).

Bem, ao ler você verá que ninguém (um assessor, uma fonte, um ministro) não diz e nem sequer avalia coisa alguma.

Está evidente que são ambos, Renan Calheiros e Eduardo Cunha que “passam” para a oposição na certeza de que lá terão a indulgência da mídia diante do que forem acusados pela Procuradoria Geral da República.

Não dá para fingir que PMDB é governo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se a presidente Dilma tivesse que responder ao título deste texto (Não dá mais para fingir que o PMDB é governo), responderia com uma frase de três palavras: “Falar é fácil”.

De fato, falar é fácil; como agir é que são elas. O sistema político brasileiro funciona de forma pensada para evitar excessos do Poder Executivo – o constituinte de 1988 elaborou aquela Carta Magna sob a sombra de duas décadas de ditadura. Nesse afã, tornou presidentes, governadores e prefeitos reféns do Legislativo.

Cortaram as asas do super-Cunha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com seus olhos sempre arregalados, a ave agourenta que sobrevoava soberana pelos céus de Brasília, no melhor estilo do corvo Carlos Lacerda, teve que fazer um pouso de emergência. As asas de Eduardo Cunha, o suprapartidário e plenipotenciário presidente da Câmara, foram cortadas em pleno voo.

O super-Cunha se empolgou demais com os poderes subitamente adquiridos em apenas um mês, e exagerou na dose, ao afrontar a opinião pública, com algo que soou como deboche num momento em que o País e os brasileiros enfrentam graves dificuldades econômicas.

Getúlio Vargas e o barco de Dante

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Belíssimo artigo de Roberto Amaral.

Um artigo que nos aproxima da história, esta delicada moça de olhar irônico que caminha tranquilamente sobre montanhas de cadáveres.

O conhecimento da história nos proporciona uma experiência quase apavorante diante do cenário de crise, como assistir, consciente, a própria cirurgia cardíaca.

O Brasil e as marchas de março

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Ouvi de um amigo agora pela manhã, falando sobre a marcha do dia 15, chamada pela direita brasileira: "Eu já não sei mais o que é esquerda, o que é direita". Eis aí um grande nó para a compreensão da realidade. Acreditar que não há mais diferenças na forma de pensar e agir sobre o mundo é cair numa armadilha de alienação. Sempre foram muito claros os conceitos de direita e esquerda. Ser de direita é apostar na conservação dos privilégios de poucos, é a postura da maioria dos mais ricos, por exemplo. Eles querem seguir controlando as riquezas do país, para delas tirarem proveito, querem dominar o espaço político, querem manter os mais pobres sob controle. Já ser de esquerda é lutar contra isso, garantindo participação para todos, direitos respeitados, o fim da opressão.

O Papa e o estrume do diabo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Papa Francisco está sendo amplamente atacado na internet, por ter dito, em cerimônia, em Roma, que “o dinheiro é o estrume do diabo” e que quando se torna um ídolo “ele comanda as escolhas do homem".

Acima e abaixo da cintura, houve de tudo.

De adjetivos como comunista, “argentino hipócrita”, demagogo e outros aqui impublicáveis, a sugestões de que ele se mude para uma favela, e - a campeã de todas - que distribua para os pobres o dinheiro do Vaticano.

O primeiro baque de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

O lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito presidente da Câmara Federal em janeiro, estava se achando o máximo. Alguns jornalões, que deram apoio à sua candidatura na obsessão de derrotar o chamado “lulopetismo”, até chegaram a noticiar que ele se comportava como presidente da República, substituindo a “silenciosa” Dilma Rousseff. Mas sua gula, como antecipou o blogueiro Luis Nassif, logo causaria uma indigestão. Nesta semana, o deputado “rebelde” sofreu o seu primeiro baque. Ele foi obrigado a recuar na sua proposta fisiológica de conceder passagens para os cônjuges dos parlamentares. Só falta agora recuar em outros projetos ridículos, como o que cria o “Dia do Orgulho Hétero”.