terça-feira, 21 de abril de 2015

Serra, o “trensalão tucano” e a mídia

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (17), os jornalistas Fausto Macedo e Julia Affonso, do Estadão, informaram em primeira mão que “o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia (acusação formal) à Justiça contra 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um ex-funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo a Promotoria, os denunciados participaram de cartel em contratos firmados para ‘o fornecimento de trens e materiais ferroviários na execução de três projetos da estatal’. Os contratos foram firmados em 2007 e 2008 (Governo José Serra-PSDB)”. A notícia, porém, não teve qualquer repercussão no restante da mídia. Não virou manchete nos jornalões nem gerou comentários ácidos nas emissoras de rádio e tevê. Como não saiu no “Jornal Nacional”, a denúncia da promotoria não existe... nem José Serra ou o “trensalão tucano”!

Dengue mata um por dia em São Paulo

Por Altamiro Borges

Bem que a mídia tucana tentou. Mas não dá mais para esconder. A epidemia de dengue em São Paulo já mata uma pessoa por dia. Somente neste ano, ao menos 122 pessoas faleceram por causa da doença. E o pior ainda está por vir: segundo os especialistas, o pico da epidemia deverá ocorrer entre o final de abril e o início de maio. Diante deste quadro dramático, que confirma os estragos causados pelas gestões do PSDB no Estado mais rico da federação, a Folha publicou nesta terça-feira (21) um editorial assustador sobre a atual situação. O jornalão tucano, porém, sequer mencionou o nome do governador Geraldo Alckmin.

Globo e PSDB querem entregar o pré-sal

Por Altamiro Borges

Os entreguistas de plantão e a mídia privatista não estão muito preocupados com as denúncias de corrupção na Petrobras. Na esteira de mais este escândalo, que envolve ex-diretores da estatal e poderosas empreiteiras, ambos visam outros objetivos. Um é mais imediato: a sangria do governo Dilma, apesar do seu esforço para apurar todas as irregularidades. Outro é mais estratégico: a entrega das riquezas do petróleo às multinacionais do setor. Este segundo intento ficou ainda mais explícito neste fim semana. Em editorial neste domingo (19), o jornal O Globo defendeu abertamente a abertura do pré-sal para as empresas estrangeiras. Já o tucano Aloysio Nunes Ferreira, o aloprado vice do cambaleante Aécio Neves, pregou o fim do modelo de partilha do petróleo.

The Economist e o Tea Party nativo

Por Altamiro Borges

A mídia colonizada adora bajular os artigos da publicação britânica “The Economist” – principalmente quando eles bombardeiam as esquerdas e defendem as teses ortodoxas do neoliberalismo. Na última sexta-feira (17), porém, a famosa “bíblia do capital” fez um curioso diagnóstico sobre os protestos recentes contra o governo Dilma. Os colunistas de plantão, com seu complexo de vira-latas, evitaram repercutir a reportagem. Afinal, os jornalões, as revistonas e as emissoras de rádio e tevê têm feito um grande esforço para vender a imagem de que estas marchas pregam a democracia e são pacíficas. “The Economist” preferiu não ludibriar os seus leitores e deu o nome aos bois. “Tea Party tropical quer derrubar Dilma”, afirma já no título. Vale conferir alguns trechos:

Quem chora pelos mortos no Mediterrâneo?

Ilustração: Adán Toledo/Rebelión
Por Altamiro Borges

Numa das maiores tragédias humanitárias dos últimos tempos, centenas de pessoas faleceram neste sábado (18) num naufrágio no Mediterrâneo. Há quem estime em mais de 700 mortos – entre mulheres, crianças e bebês de colo. O desastre ocorreu na travessia da costa da Líbia para a ilha italiana de Lampedusa. A frágil embarcação não aguentou a superlotação e o pânico tomou conta dos imigrantes. Segundo relato chocante de um dos sobreviventes, “eles morreram como ratos num porão”. Natural de Bangladesh, o jovem de 32 anos foi resgatado entre os 28 sobreviventes até agora confirmados e contou que havia, pelo menos, 200 mulheres e 50 crianças no barco do terror.

Imprensa e a liberdade de um lado só

Por Luciano Matins Costa, no Observatório da Imprensa:

Na terça-feira (21/4), os diários de circulação nacional substituem o patrono do feriado da Inconfidência pelo ex-quase presidente Tancredo Neves, falecido há 30 anos. As reportagens colocam o político mineiro no centro do processo de redemocratização, onde, na verdade, só se posicionou depois de outros personagens da resistência.

Alckmin e as sujeiras do "implicante"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Após dois dias da publicação de matéria dos jornalistas Ricardo Mendonça e Lucas Ferraz que deu conta de que o governo de São Paulo contratou pela bagatela de 70 mil reais por mês empresa que tem entre os sócios o autor do site “Implicante”, que produz conteúdo contra o Partido dos Trabalhadores e seus membros, a Folha de São Paulo publicou nesta segunda-feira, em sua seção de cartas de leitores, manifestação do governo paulista e da agência de publicidade que intermedeia sua relação com o site em questão.

A extrema direita devorou Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há uma semana, antes de a dengue me pegar de jeito – e ainda não me largou – escrevi aqui um post sob o título de “Aécio e o fantasma de Bolsonaro“.

Sete dias depois, vê-se que o senador mineiro ficou isolado na defesa do “impeachment”, com as sucessivas declarações de FHC, Eduardo Cunha e, agora, até José Serra de que “não há irregularidades que deem razão a impeachment”, como publica a Folha.

O PT e o blogueiro de Alckmin

Por Lelê Teles, no blog Maria Frô:

Há pouco descobrimos, estarrecidos, que Alckmin pagava com dinheiro público um mentecapto que mantinha uma página na internet recheada de mentiras, falsificações e mau caratismo para achincalhar a imagem de petistas e somente de petistas.

O imoral ganhava 70 mil lascas por mês para alimentar quase meio milhão de midiotas que reproduziam suas fraudes na internet como se verdade fossem.

Os "implicantes" bancados pelo PSDB

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Durante a campanha eleitoral, Aécio Neves, o meninão das Gerais, denunciou em diversas ocasiões o que chamou de “submundo da internet”. Era dali, explicou num Roda Viva, que vinham as histórias de que ele cheirava cocaína, batia em mulher etc.

Obviamente que ninguém sério acreditou no que Aécio declarava, mas, enfim, era um jeito de ele se defender.

Terceirização e o trabalho das mulheres

Por Juliane Furno, no site Carta Maior:

O dia 08 de abril deve entrar para a história brasileira como um marco na legislação sobre trabalho. Foi aprovado – no Congresso Nacional mais conservador do período democrático – o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a prática da terceirização do trabalho tanto para as atividades meio (como limpeza e segurança) como para as atividades fins (que compreendem a finalidade dos servidos prestados pelas empresas).

A retomada da iniciativa política

Editorial do site Vermelho:

A situação política do país, marcada por exacerbado conflito, decorrente da postura golpista dos partidos de oposição e da mídia monopolista privada, tende a permanecer tensa por muito tempo. Poderá mesmo ser a marca característica de todo o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff e condicionar o próprio nível da batalha eleitoral de 2018.

Isto não significa, contudo, alimentar uma visão fatalista e renunciar liminarmente à luta para que o governo da presidenta Dilma obtenha êxitos políticos e na realização da obra social que se propõe.

Mídia abafa corrupção no Paraná

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

No inicio deste mês, o Ministério Público do Paraná abriu ação penal contra o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa e ex-assessor parlamentar do tucano. Para a Justiça, Abi é considerado um dos nomes mais influentes no governo Richa, ainda que não ocupe nenhum cargo público. Abi e outras seis pessoas são acusadas pelo MP de montar um esquema criminoso para obter um contrato emergencial de R$ 1,5 milhão com o governo do estado. Eles agora respondem por organização criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação.

Marca de Luciano Huck gera polêmica

Da revista Fórum:

A marca de roupas Reserva, que tem como sócio o apresentador global Luciano Huck, tem causado polêmica na internet. Na vitrine de da grife carioca, manequins com cabeças de macaco ou um veado, acompanhados da mensagem: “O preconceito está na sua cabeça”.

A grife disse ao Uol Moda, que “tudo isso faz parte de um manifesto artístico criado pelo Felipe Morozini, já que o tema institucional neste Inverno 2015 é preconceito. A intenção obviamente não era a de ofender, mas sim abrir o diálogo sobre o preconceito em todas as frentes, já que o tema também foi abordado em todo o conteúdo da edição Inverno 2015 da revista Reserva. E as cabeças dos manequins são espelhadas justamente para propor uma reflexão.”

A terceirização subiu no telhado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Uma reportagem de Camilla Veras Mota, publicada hoje pelo jornal Valor Econômico, pode representar a pá de cal no projeto de lei 4330.

Já era possível entender, a partir de uma análise política elementar, que o PL 4330 representava a principal ameaça já feita ao conjunto de direitos dos trabalhadores formalizado por Getúlio Vargas na Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943.

Aécio é uma tremenda fraude da mídia

Por Ignacio Godinho Delgado, no blog Viomundo:

A Rede Globo de Televisão construiu meticulosamente a imagem de Collor de Mello, o “caçador de marajás”, que, afinal, elegeu-se presidente em 1989.

O empenho na construção da imagem de Aécio Neves não foi tão sistemático, mas envolveu até a produção de uma minissérie inspirada no senador, que, em 2014, tentava se apresentar como um príncipe encantado a seduzir a nação brasileira.

O SUS na mira de Eduardo Cunha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

Há pouco mais de dois meses na presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se notabilizou por acelerar a tramitação de pautas polêmicas e engavetadas há anos, como a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e a terceirização de toda a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo em que certos projetos são tratados com rapidez por Cunha, investigações contra os planos de saúde, setor à qual a atividade parlamentar do presidente da Câmara é ligada, são barradas.