quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Se eleito, Bolsonaro enfrentará o STF
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
A recente polêmica causada pela descoberta de um vídeo em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que bastavam um cabo, um soldado e um jipe para fechar o Supremo Tribunal Federal foi tratada de maneira superficial pela maior parte dos meios de comunicação.
Quem se deu ao trabalho de ver entrevistas e acompanhar o submundo dos grupos de whatsapp da campanha neofascista aos longo dos últimos meses sabe que os temas relativos ao TSE e ao STF provocam forte comoção entre os apoiadores de Bolsonaro.
Desde antes da campanha começar formalmente, Bolsonaro e assessores incentivaram a ideia de que haveria fraude nas urnas eletrônicas.
A recente polêmica causada pela descoberta de um vídeo em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que bastavam um cabo, um soldado e um jipe para fechar o Supremo Tribunal Federal foi tratada de maneira superficial pela maior parte dos meios de comunicação.
Quem se deu ao trabalho de ver entrevistas e acompanhar o submundo dos grupos de whatsapp da campanha neofascista aos longo dos últimos meses sabe que os temas relativos ao TSE e ao STF provocam forte comoção entre os apoiadores de Bolsonaro.
Desde antes da campanha começar formalmente, Bolsonaro e assessores incentivaram a ideia de que haveria fraude nas urnas eletrônicas.
Pink Floyd e o fascismo nosso de cada dia
Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:
Conheci o rock progressivo de Pink Floyd através do álbum The Wall, lançado em 1979. Eu pertencia à jovem geração universitária que combatia a ditadura civil-militar instalada em nosso país e sonhava com uma sociedade livre, que fugisse da lógica autoritária fascista: excludente e violenta. Não sem razão, em tom de rebelde e alegre protesto, cantávamos a versão Pink Floyd da cantiga popular "Atirei o pau no gato", pedindo que dona Chica deixasse o gato em paz, pois ele era bom demais. O fascismo, estatal ou não, era o adversário a ser vencido e contra ele caminhávamos, “sem lenço e sem documento”, acreditando “nas flores vencendo o canhão”.
Os ataques à liberdade de expressão
Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):
Desde o primeiro turno temos acompanhado e denunciado os casos de remoção arbitrária de conteúdos e o cerceamento à liberdade de expressão que vem ocorrendo nas eleições. E no último sábado, fomos surpreendidos com um fato bastante preocupante, que nos coloca ainda mais alertas diante deste processo.
O juiz eleitoral de Macaé-RJ, Sandro de Araújo Lontra, mandou apreender exemplares do Jornal Brasil de Fato e do Boletim Nascente (periódico semanal do sindicato) que estavam na sede do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Desde o primeiro turno temos acompanhado e denunciado os casos de remoção arbitrária de conteúdos e o cerceamento à liberdade de expressão que vem ocorrendo nas eleições. E no último sábado, fomos surpreendidos com um fato bastante preocupante, que nos coloca ainda mais alertas diante deste processo.
O juiz eleitoral de Macaé-RJ, Sandro de Araújo Lontra, mandou apreender exemplares do Jornal Brasil de Fato e do Boletim Nascente (periódico semanal do sindicato) que estavam na sede do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Derrota do fascismo será derrota do sistema
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Nesses dias derradeiros que antecedem a eleição de domingo, dissiparam-se todas as indefinições; o sistema está abraçado ao candidato de extrema-direita.
Bolsonaro é o candidato da Globo, da mídia, do TSE, STF, MP, PF, do judiciário; dos bancos, dos empresários, das forças armadas, das oligarquias.
O fascista é o candidato do establishment, é o candidato em quem o sistema aposta todas as fichas, não importa o quão tenebroso seria um eventual governo dele.
Nesses dias derradeiros que antecedem a eleição de domingo, dissiparam-se todas as indefinições; o sistema está abraçado ao candidato de extrema-direita.
Bolsonaro é o candidato da Globo, da mídia, do TSE, STF, MP, PF, do judiciário; dos bancos, dos empresários, das forças armadas, das oligarquias.
O fascista é o candidato do establishment, é o candidato em quem o sistema aposta todas as fichas, não importa o quão tenebroso seria um eventual governo dele.
General Golbery e a volta da tigrada
Por Marcelo Zero
A possível eleição de Bolsonaro poderá ser mais destrutiva que a ditadura de 1964.
Ele, que defendeu ontem a prisão ou a expulsão de opositores, assumiu sua face mais sinistra.
Bolsonaro é o descendente direto daquilo que o General Golbery denominava de “a tigrada”. Esse era o pessoal militar encarregado diretamente dos órgãos de inteligência e da repressão aos opositores políticos do regime.
Era o pessoal que vigiava, perseguia, torturava, sequestrava e matava. Era gente da direita mais extrema, de menor nível intelectual, que se encarregava de fazer o trabalho sujo para o regime.
Ele, que defendeu ontem a prisão ou a expulsão de opositores, assumiu sua face mais sinistra.
Bolsonaro é o descendente direto daquilo que o General Golbery denominava de “a tigrada”. Esse era o pessoal militar encarregado diretamente dos órgãos de inteligência e da repressão aos opositores políticos do regime.
Era o pessoal que vigiava, perseguia, torturava, sequestrava e matava. Era gente da direita mais extrema, de menor nível intelectual, que se encarregava de fazer o trabalho sujo para o regime.
Plano Bolsonaro pró-EUA ameaça o Brasil
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
Favorito na reta final da eleição, Jair Bolsonaro é promessa de tempos difíceis para a maioria pobre do País, com o neoliberalismo radical de seu guru econômico, Paulo Guedes, e suas ideias violentas quanto ao trato da, digamos, ralé.
Mas não é só nos assuntos internos que há maus presságios para um governo do candidato da extrema-direita. Se a imagem do Brasil vai de mal a pior desde o impeachment mandraque de Dilma Rousseff, a retórica bolsonarista tende a piorá-la. A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, veja só, declarou recentemente que o deputado diz coisas “extremamente desagradáveis”.
Mas não é só nos assuntos internos que há maus presságios para um governo do candidato da extrema-direita. Se a imagem do Brasil vai de mal a pior desde o impeachment mandraque de Dilma Rousseff, a retórica bolsonarista tende a piorá-la. A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, veja só, declarou recentemente que o deputado diz coisas “extremamente desagradáveis”.
Prenúncio da ditadura antes mesmo da eleição
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
No mais duro ataque aos seus opositores desde o início da campanha eleitoral, o capitão Jair Bolsonaro rasgou a fantasia e se apresentou já como ditador aos seus adoradores reunidos domingo na avenida Paulista.
Em vídeo-conferência de 10 minutos, o ainda candidato proferiu as seguintes barbaridades, sem que até o momento nenhuma autoridade do Poder Judiciário tenha tomado qualquer providência:
- “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do país. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou então vão para fora ou vão para a cadeia. Vou fazer uma limpeza nunca vista na história desse Brasil”.
- “Senhor Lula da Silva, se você estava esperando o Haddad ser presidente para assinar o decreto de indulto, vou te dizer uma coisa: você vai apodrecer na cadeia”.
Democracia também morre democraticamente
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Mídia Ninja:
Depois da queda do Muro de Berlim em 1989, a democracia (liberal) passou a ser quase consensualmente considerada como o único regime político legítimo. Pese embora a diversidade interna de cada um, são dois tipos antagônicos, não podem coexistir na mesma sociedade, e a opção por um ou outro envolve sempre luta política que implica a ruptura com a legalidade existente.
Depois da queda do Muro de Berlim em 1989, a democracia (liberal) passou a ser quase consensualmente considerada como o único regime político legítimo. Pese embora a diversidade interna de cada um, são dois tipos antagônicos, não podem coexistir na mesma sociedade, e a opção por um ou outro envolve sempre luta política que implica a ruptura com a legalidade existente.
A indústria de mentiras não tem limites!
Do site Jornalistas Livres:
A indústria de mentiras, calúnias e difamações do candidato Jair Bolsonaro não respeita nem a Bíblia Sagrada! Durante ato público de Fernando Haddad, neste sábado (20), em Fortaleza, Ceará, um apoiador presenteou o candidato petista e sua esposa, Ana Estela Haddad, com um exemplar da Bíblia Sagrada. No livro, escreveu uma dedicatória comovente:
"Para meu futuro presidente Haddad". E assinou: Erineudo Lima. O rapaz ainda agradeceu ao ex-ministro da Educação pela criação da Unilab, em Redenção, onde estuda. “Você, realmente, é o candidato que representa Jesus”, declarou.
A indústria de mentiras, calúnias e difamações do candidato Jair Bolsonaro não respeita nem a Bíblia Sagrada! Durante ato público de Fernando Haddad, neste sábado (20), em Fortaleza, Ceará, um apoiador presenteou o candidato petista e sua esposa, Ana Estela Haddad, com um exemplar da Bíblia Sagrada. No livro, escreveu uma dedicatória comovente:
"Para meu futuro presidente Haddad". E assinou: Erineudo Lima. O rapaz ainda agradeceu ao ex-ministro da Educação pela criação da Unilab, em Redenção, onde estuda. “Você, realmente, é o candidato que representa Jesus”, declarou.
Globo salvou Bolsonaro de uma derrota certa
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Ao cancelar o tradicional debate entre candidatos realizado 48 horas antes da eleição, a TV Globo faz uma gentileza sem preço com a candidatura de Jair Bolsonaro e confirma uma reputação de parcialidade histórica - contra os interesses da maioria da população e contra as liberdades democráticas.
Os dados são claros. Há uma semana, em pesquisa do Datafolha, uma maioria de 67% dos eleitores disseram que queriam assistir debates entre candidatos a presidente. Informados de que Bolsonaro ameaçava fugir, um total de 73% disseram que queriam a presença dele num confronto com Fernando Haddad. Ou seja. Não há dúvida que um debate atende ao interesse público. Também é exibido pelo público.
Os dados são claros. Há uma semana, em pesquisa do Datafolha, uma maioria de 67% dos eleitores disseram que queriam assistir debates entre candidatos a presidente. Informados de que Bolsonaro ameaçava fugir, um total de 73% disseram que queriam a presença dele num confronto com Fernando Haddad. Ou seja. Não há dúvida que um debate atende ao interesse público. Também é exibido pelo público.
Bolsonaro e a ditadura anunciada
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.
Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.
Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.
Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.
Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.
Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.
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