Por Altamiro Borges
A revista Época informa que o "Ministério da Saúde prepara um revogaço de cerca de cem portarias sobre saúde mental, editadas entre 1991 a 2014, ameaçando diversos programas e serviços do setor". A denúncia é grave e mostra que o insano Jair Bolsonaro segue com suas regressões em plena pandemia da Covid-19.
Correm risco de extinção, entre outros, o programa de reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar no SUS; as equipes do Consultório na Rua – que atendem a população carente das ruas; o Serviço Residencial Terapêutico e a Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa – os dois visam reabilitar psicossocialmente pacientes submetidos a longas internações psiquiátricas.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
Bolsonaro defenestra “laranjão” do Turismo
Por Altamiro Borges
O clima no laranjal bolsonariano anda tenso. A revista Veja informa nesta quarta-feira (9) que quase houve troca de tapas no Palácio do Planalto entre o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e o "laranjão" Marcelo Álvaro Antônio, que acaba de ser defecado do Ministério do Turismo.
Segundo a revista, "Álvaro Antônio, que acusa Ramos de negociar seu cargo com partidos do Centrão, acabou encontrando o desafeto na entrada do gabinete de Jair Bolsonaro, no terceiro andar do palácio. Os dois começaram a discutir, o entrevero evoluiu rapidamente para os berros e os dois quase saíram no braço".
O clima no laranjal bolsonariano anda tenso. A revista Veja informa nesta quarta-feira (9) que quase houve troca de tapas no Palácio do Planalto entre o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e o "laranjão" Marcelo Álvaro Antônio, que acaba de ser defecado do Ministério do Turismo.
Segundo a revista, "Álvaro Antônio, que acusa Ramos de negociar seu cargo com partidos do Centrão, acabou encontrando o desafeto na entrada do gabinete de Jair Bolsonaro, no terceiro andar do palácio. Os dois começaram a discutir, o entrevero evoluiu rapidamente para os berros e os dois quase saíram no braço".
Uma 'Guerra da Vacina' no século XXI?
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
I. Novo cenário
O Brasil está a um passo de sofrer, em silêncio, uma nova derrota humilhante [para a morte]. A segunda onda de covid-19 tornou-se nítida nos últimos dias. Iniciada no início de novembro, ela cresce aos poucos, como a vaga anterior. Mas já não se espalha a partir de um único ponto, como em março: a maré ergue-se simultaneamente na maior parte dos estados. Como as medidas de isolamento social são tímidas e frágeis, a ida às compras e as confraternizações familiares no final do ano abrem a perspectiva de um tsunami em 2021.
I. Novo cenário
O Brasil está a um passo de sofrer, em silêncio, uma nova derrota humilhante [para a morte]. A segunda onda de covid-19 tornou-se nítida nos últimos dias. Iniciada no início de novembro, ela cresce aos poucos, como a vaga anterior. Mas já não se espalha a partir de um único ponto, como em março: a maré ergue-se simultaneamente na maior parte dos estados. Como as medidas de isolamento social são tímidas e frágeis, a ida às compras e as confraternizações familiares no final do ano abrem a perspectiva de um tsunami em 2021.
Bolsonaro e a autonomia da universidade
Por Manuel Domingos Neto
Na guerra contra a ciência movida por Bolsonaro e seus apoiadores, uma manobra importante é o controle das universidades.
Não discutirei aqui e agora as razões que movem os ocupantes do Planalto a odiar a produção do saber. Apenas registro a necessidade de estudá-las, caso se deseje compreender a onda negacionista em que surfam o Presidente, seus generais e pastores.
Comunidades acadêmicas, em qualquer lugar e desde sempre, buscam viver sem outras amarras que não as suas próprias. É da índole de quem produz saber desafiá-lo permanentemente, o que desagrada poderes estabelecidos. A postura desafiadora mantém-se até no instante derradeiro, sugeriu Jacques-Louis David, em “A Morte de Sócrates”, tela hoje exposta no Metropolitan de Nova Iorque. O filósofo aproveitou a hora da partida para dar sua última aula. No relato de Platão, o homem estaria se liberando de amarras!
Na guerra contra a ciência movida por Bolsonaro e seus apoiadores, uma manobra importante é o controle das universidades.
Não discutirei aqui e agora as razões que movem os ocupantes do Planalto a odiar a produção do saber. Apenas registro a necessidade de estudá-las, caso se deseje compreender a onda negacionista em que surfam o Presidente, seus generais e pastores.
Comunidades acadêmicas, em qualquer lugar e desde sempre, buscam viver sem outras amarras que não as suas próprias. É da índole de quem produz saber desafiá-lo permanentemente, o que desagrada poderes estabelecidos. A postura desafiadora mantém-se até no instante derradeiro, sugeriu Jacques-Louis David, em “A Morte de Sócrates”, tela hoje exposta no Metropolitan de Nova Iorque. O filósofo aproveitou a hora da partida para dar sua última aula. No relato de Platão, o homem estaria se liberando de amarras!
Forças Armadas do Brasil, amai-nos!
Por Marco Piva, no site Dom Total:
A conta só aumenta a cada mês. Segundo dados da imprensa, já são mais de 7 mil militares trabalhando no governo, nas estatais e autarquias federais, sem falar das agências reguladoras. Em meio a uma pandemia que teima em não cessar, o Ministério da Saúde é conduzido de forma atabalhoada por um general que se nega a ingressar na reserva por puro interesse pessoal e que sequer fica envergonhado diante do desprezo presidencial. Faz o que o chefe manda sem pestanejar, mesmo que isso signifique milhões de testes encalhados e com vencimento próximo e um estoque monstruoso de cloroquina, o remédio milagroso do qual ninguém mais fala.
A conta só aumenta a cada mês. Segundo dados da imprensa, já são mais de 7 mil militares trabalhando no governo, nas estatais e autarquias federais, sem falar das agências reguladoras. Em meio a uma pandemia que teima em não cessar, o Ministério da Saúde é conduzido de forma atabalhoada por um general que se nega a ingressar na reserva por puro interesse pessoal e que sequer fica envergonhado diante do desprezo presidencial. Faz o que o chefe manda sem pestanejar, mesmo que isso signifique milhões de testes encalhados e com vencimento próximo e um estoque monstruoso de cloroquina, o remédio milagroso do qual ninguém mais fala.
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