quarta-feira, 8 de novembro de 2023
GLO, péssima ideia
Charge: Latuff |
Mais uma vez, o Estado brasileiro faz o militar agir como policial. Alimenta a permanente crise de identidade das Forças Armadas e das corporações policiais.
Agora, o Exército não está nos espaços reservados aos sobreviventes da escravidão, da matança dos povos originários e da “vadiagem”. Mas a Marinha e a Aeronáutica atuam em portos e aeroportos, desperdiçando recursos públicos em atividades distantes de sua destinação precípua.
Em um mundo assombrado pela possibilidade de guerra generalizada, os governantes parecem despreocupados com a proteção do Brasil ante eventuais ameaças de forças estrangeiras hostis.
Essas duas obrigações do Estado, Defesa e Segurança Pública, são rigorosamente distintas: exigem equipamentos, organização, preparo e culturas diferentes. Enfrentar agressor estrangeiro nada tem a ver com tarefas envolvidas no controle das violações às leis.
Os palestinos nos livros didáticos de Israel
Ilustração: Doaa Eladl |
A esta altura, passados mais de 30 dias do início de um massacre sem paralelos na história, os mais de 2.300.000 palestinos habitantes da Faixa de Gaza estão submetidos a um cerco total, estando privados do acesso a água, alimentos e eletricidade. E, como bonificação especial, quase todos os seus edifícios residenciais, seus hospitais e suas escolas vêm sendo implacavelmente arrasadas por intensos bombardeios das forças militares de Israel.
No entanto, apesar das monstruosas cenas de horror que conseguem furar o bloqueio comunicacional das autoridades israelenses e chegam ao conhecimento público, boa parte da população israelense não demonstra estar muito sensibilizada diante deste imenso quadro de dor e sofrimento.
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