domingo, 21 de outubro de 2018

A mídia internacional e o risco Bolsonaro

Charge: Marian Kamensky/Áustria
Por Altamiro Borges

É impressionante a postura acrítica, quase complacente, da mídia nativa diante do risco Bolsonaro. Para se opor às esquerdas, ao PT e às suas bandeiras – como justiça social, soberania nacional e desenvolvimento –, a chamada grande imprensa tenta naturalizar um fascistoide que lançará o país no caos econômico e na treva política. No mundo inteiro, os veículos de comunicação têm destacado o grave perigo, confirmando que o Brasil pode virar um pária internacional, com maiores dificuldades nas suas relações diplomáticas e comerciais. Nas últimas semanas, o temor foi motivo de várias reportagens e capas de jornais e revistas. Vale conferir algumas delas:


A marca do zapgate

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

“Segue o baile”, deve dizer hoje a presidente do TSE, Rosa Weber.

Apesar da repercussão e da cobrança da sociedade, não haverá anulação do primeiro turno, viciado pelo bombardeio de fakenews, como pediu o PDT, nem a candidatura de Bolsonaro será impugnada, como quer o PT.

Não se conclui um processo de impugnação em uma semana mas, considerada a gravidade dos fatos, o TSE não pode ficar na mera abertura da investigação.

O principal duto das fake news é o WhatsApp

Um fascismo do século XXI

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Em seu ensaio “As novas faces do fascismo ( e novos fascismo sem rostos) na época “pós-fascista”, o pesquisador inglês Roger Griffin, no livro no qual dialoga com dezenas de estudiosos de vários países, usa a expressão “mentalidade Linha Maginot” para chamar a atenção sobre os pontos cegos nas teorias contemporâneas em sua incapacidade de identificar e compreender as novas ameaças do fascismo neste século XXI. A Linha Maginot, como se sabe, foi um conjunto de fortificações tidas como inexpugnáveis construídas pela França após a Primeira Guerra Mundial na fronteira com a Alemanha mas que foram rapidamente desbaratadas pela nova máquina de guerra de Hitler.

O clima de tensão na redação da TV Globo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem publiquei uma nota sobre o ambiente tenso na redação da Globo, que silenciou a respeito da mais completa denúncia de manipulação e corrupção desta campanha eleitoral até o início da noite. O post teve grande repercussão e hoje recebi, a partir de um jornalista, um relato sobre o clima atual da emissora. Leia o relato abaixo:

As redações do site e do jornalismo no Rio, Brasília e São Paulo estão assustadas.

Tudo o que é notícia sendo alvo de reuniões permanentes da cúpula.


A conexão Bolsonaro-Pinochet

Por Grazielle David, no jornal Brasil de Fato:

Um argumento que está sendo bastante utilizado para alegar que Bolsonaro não representa um risco à democracia é que não há como classificá-lo como autoritário, dado que seu programa de governo defende uma proposta de economia neoliberal, formulada por Paulo Guedes. Entretanto, a história de países pós globalização nos anos de 1960, e especialmente após a crise econômica global de 2008, revela uma escalada tanto da adoção da austeridade econômica quanto do autoritarismo político de extrema direita.

Servidor público e o voto em Bolsonaro

Do site Brasil Debate:

Um servidor público deve pensar duas vezes antes de votar em Jair Bolsonaro. O candidato à Presidência pelo PSL, em meio a tantas declarações polêmicas, já defendeu a exoneração em massa de funcionários públicos. Em entrevista para o The New York Times no começo dos anos 1990, dizia que admirava o governo de Alberto Fujimori, declarando que “a Fujimorização é a saída para o Brasil”.

Referia-se à demissão de 400 mil funcionários públicos e outras políticas do governo peruano que promoveu o chamado “autogolpe”, quando dissolveu o Congresso e enquadrou o Poder Judiciário, o Ministério Público em colaboração com as Forças Armadas.


O fascismo é fascinante?

Por Michel Zaidan Filho, no site da Fundação Maurício Grabois:

Esta seleta audiência me faz essa pergunta: “O fascismo é fascinante?”

Imediatamente sou conduzido a um estimulante ensaio do filósofo alemão Walter Benjamin, assassinado pelo Nazismo, A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica, onde opõe a politização da arte à estetização da política, num momento em que as tecnologias da informação estavam sendo postas à serviço da destruição.

0 fascismo pode ser analisado ora como categoria estética, ora como categoria econômica, ora como categoria ético-psicológica ou como categoria política.

Jesus de Bolsonaro não existe nos evangelhos

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Bolsonaro, Malafaia e sua turma de fundamentalistas religiosos saudosos da ditadura dizem falar “em nome de Jesus” contra a esquerda. Por um destes caprichos do destino, o candidato de extrema-direita ainda por cima se chama Jair MESSIAS Bolsonaro. A maior parte das fake news que a campanha do candidato está espalhando ilegalmente nas redes tem como característica usar a fé cristã das pessoas para acusar o adversário Fernando Haddad, do PT, das maiores barbaridades, e assim angariar fotos entre os evangélicos.

Povo vê perigo de ditadura

Editorial do site Vermelho:

Os (as) brasileiros (as) querem a democracia e rejeitam a ditadura. O instituto Datafolha divulgou, nesta sexta-feira (19) o resultado de uma pesquisa em que 50% das pessoas acham que o Brasil vive o risco de uma ditadura – para 31% existe “muita chance”, e 19% acham que há “pouca chance”.

Este resultado é coerente com o de outra pesquisa, divulgada no início deste mês, segundo a qual 69% pensam que a democracia é a melhor forma de governo para o país.

Bolsonaristas e o comportamento do ego

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Uma das definições de “ego” no dicionário Michaelis é a seguinte: Experiência que o indivíduo possui de si mesmo, ou concepção que faz de sua personalidade.

Muitas correntes e mestres espirituais da história da humanidade definiram o ego como o arquétipo da individualização, ou seja, um ente ou energia que permite que nos percebamos como seres individuais, separados dos outros seres e coisas.

Estadão é uma usina de ódio e racismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em que pese o tempo já passado, o Estadão ainda não conseguiu superar o trauma da derrota sofrida pela aristocracia paulista em 1932.

Dentre toda imprensa conservadora nacional, é difícil encontrar algum outro veículo que consiga concorrer permanentemente com o Estadão em matéria de reacionarismo, racismo e fascismo.

O Estadão é um órgão de propaganda fascista que ainda vive acorrentado aos valores, critérios e visão de mundo do Brasil do século 17.

A guerra nada santa de Edir Macedo

Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:

Na terça-feira, 16, o internauta que acessou o portal de “jornalismo” R7 viu-se diante de quatro chamadas a respeito das eleições. “TSE remove inserção de Haddad com informação falsa sobre Bolsonaro”, coitado, uma vítima das notícias falsas.

“Fila para exames de saúde cresceu 63% na gestão Haddad em São Paulo”, anunciava uma segunda “reportagem”, comparando períodos de quase pleno emprego a outro de crise severa, em que pelo menos 3 milhões abandonaram os planos privados de saúde.