domingo, 2 de julho de 2023

Sleeping Giants derrota a Jovem Pan

Sleeping Giants e a campanha #DesmonetizaJovemPan 
Por Altamiro Borges


A derrota de Jair Bolsonaro – nas urnas e nas suas várias orquestrações golpistas – pode custar muito caro para a Jovem Pan, que se constituiu na principal emissora chapa-branca do fascismo nativo no período recente. Nos últimos dias, ela sofreu mais dois graves reveses. A Jovem Klan – como também é chamada por sua linha editorial de extrema-direita – corre o sério risco de ver minguar os seus recursos financeiros e, pior ainda, de ter cassada a sua outorga para a exploração de concessões públicas de radiodifusão.

O que vem após a inelegibilidade de Bolsonaro

Elementos para a prisão de Bolsonaro

Inelegibilidade é pouco por crimes cometidos

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A inelegibilidade de Bolsonaro é importantíssima; fundamental. Qualquer decisão diferente do TSE representaria a morte da justiça e da legalidade.

A punição eleitoral de Bolsonaro é um requerimento democrático essencial devido aos ilícitos cometidos no encontro com missões diplomáticas estrangeiras no Palácio do Alvorada. Aliás, Bolsonaro coleciona outros crimes eleitorais, pelos quais ainda deverá responder.

Na realidade, o TSE já deveria ter tornado Bolsonaro inelegível em 19 de julho de 2022, dia seguinte ao do evento em que ele espezinhou a soberania popular perante o olhar estupefato de representantes de vários países do mundo.

A liderança de Lula esboça um projeto

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


“Podemos estar assistindo à emergência de um líder, oriundo do Sul, que acende esperanças em escala global. Lula está se tornando um ícone dos que demandam uma nova ordem. Nunca houve isso antes. É desconcertante para os que querem continuar mandando em tudo.” -  Manuel Domingos Neto, autor de O que fazer com o militar (anotações para uma nova defesa nacional).

A chamada classe-dominante – os herdeiros da casa-grande – não consulta sua história (de que não tem memória) e se recusa a olhar para o futuro. É o aqui e o agora da mediocridade e do atraso. Não há de ser fruto do acaso estarmos, nos primeiros anos da terceira década do terceiro milênio, patinando na periferia do capitalismo. E mesmo no capitalismo permanecemos órfãos de um projeto de sociedade e país. Desde sempre carecemos de pioneiros, de visionários, aqueles que se recusam a aceitar o statu quo como um determinismo, uma fatalidade ou desígnio divino, e se devotam, muitos a vida toda, a intervir na realidade, visando a transformá-la, confrontando os riscos da incerteza, o outro lado da acomodação histórica que nos caracteriza. Ao contrário, criamo-nos e formamo-nos sob o signo da dependência ideológica, a marca colonial que presidiu o império e chega à República dos nossos dias. Caminhávamos e caminhamos no contrapelo daquelas sociedades que puderam construir seu destino, ousando mesmo a aventura do desconhecido.

A libertação da direita

Charge: Toni
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Pouco antes de saber do desfecho do julgamento no TSE, Bolsonaro tentou ser magnânimo e modesto ao mesmo tempo e largou essa sobre a sua condenação: “Não é o fim da direita”.

Ele está certo. O que acontece é o contrário, é a libertação da direita. Desde Fernando Henrique Cardoso, há mais de duas décadas, a direita brasileira não tem pai nem mãe.

Bolsonaro foi um encosto, uma gambiarra ou um padrasto para o que ainda se pode chamar de conservadorismo, mas chegou ao fim.

A direita brasileira, em suas muitas configurações, está finalmente livre de uma das mais grotescas improvisações das democracias.

Poucos países têm uma aberração similar. Mas nenhum dispõe de uma figura que tenha chegado ao poder como Bolsonaro chegou. Nenhum experimentou tal nível de perversão.

Lula, democracia relativa e luta de classes

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jair de Souza


Estão causando furor entre os representantes da mídia corporativa (proprietários e serviçais) as recentes declarações sobre a democracia feitas por Lula durante uma entrevista dada à Rádio Guaíba, de Porto Alegre.

Ao se referir à Venezuela e dizer que a democracia é uma questão relativa, Lula transgrediu os limites que os controladores dos meios de comunicação capitalistas traçaram com o objetivo de isolar o regime venezuelano e impedir sua sobrevivência. Com isso, estão colocando em prática um plano semelhante ao que já vêm aplicando contra Cuba há mais de 60 anos.

Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que, do ponto de vista de quem defende os postulados do grande capital sediado nos centros imperialistas do planeta, assim como para os que lhes são associados nos países periféricos, o significado que as forças chavistas vem atribuindo à democracia na Venezuela realmente representa um mau exemplo e, por isso, deveria ser extirpado o mais rapidamente possível.