sábado, 18 de maio de 2019

Bolsonaro assume opção pelo golpe de Estado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Sempre que se imagina o fim precoce do governo Jair Bolsonaro, convém recordar as opções legais para isso acontecer.

Para a renúncia, é preciso aguardar pela concordância do principal interessado.

Para a apresentação e aprovação de um pedido de impeachment, é preciso contar com uma maioria parlamentar de dois terços, sem falar na indispensável concordância do Judiciário.

Essas condições mostram que a queda de Bolsonaro, mesmo que seja vista como uma necessidade para interromper um processo selvagem de auto-destruição do país, está longe de ser uma opção simples e fácil.

Envolve reações e contra-reações, num processo que mobiliza forças e interesses de envergadura, internos e externos.

Joice Hasselmann nocauteia Carla Zambelli

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

A Globo sabe que colocar duas mulheres brigando em novela levanta a audiência. Em “Deus Salve o Rei”, a troca de tapas e puxões de cabelo entre as personagens de Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa foi o pico de audiência do folhetim. Mas, na briga entre as deputadas do PSL Joice Hasselmann e Carla Zambelli, não é essa característica de gênero que tem despertado a atenção na rede social, embora a divergência entre elas pareça estar próxima de uma luta corporal na lama.

Bolsonaro pode buscar saída à Jânio Quadros

Do blog Viomundo:

"Ou seja, quem deveria nos governar compartilhou um textão do Facebook escrito por um candidato a vereador pelo partido Novo que afirma que o Brasil é ingovernável e recomenda a venda dos ativos do país (“SELL”). E tem gente que ainda acha que ele é patriota”. Laura Carvalho, economista, no twitter.

O jornalista e historiador Rodrigo Vianna testou hipóteses hoje em sua conta no twitter.

O teste de hipóteses é uma teoria do jornalismo desenvolvida pelo hoje chefão da TV Globo, Ali Kamel.

Surgiu diante da repercussão, nos blogs de esquerda, da desinformação plantada pela grande imprensa quando um avião da TAM se acidentou em São Paulo, no aeroporto de Congonhas.

Servil aos EUA e desrespeitoso com o Brasil

Editorial do site Vermelho:

Foi-se o tempo em que o Brasil, na pessoa de seu presidente da República, era homenageado no mundo - trazendo grande orgulho para os brasileiros, numa época em que o Brasil, ciente e zeloso de sua soberania e independência, desempenhava papel ativo na diplomacia mundial. O tempo em que, num encontro do G20 (que reúne os países mais ricos e influentes do planeta), realizada em Londres (Inglaterra) o então presidente dos EUA, Barack Obama, chamou Lula de "o cara" - ele disse, literalmente: "I love this guy". Isso ocorreu há exatos dez anos, em abril de 2009.

O esquema criminoso de Flávio Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O MP e o judiciário do RJ fizeram aquilo que a Lava Jato, coordenada por Deltan Dallagnol, deliberadamente deixou de fazer: investigar com isenção e profissionalismo o esquema de corrupção, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa do Flávio Bolsonaro na política.

É preciso recordar que Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz figuravam no relatório do COAF que identificou movimentações financeiras atípicas de deputados estaduais, assessores parlamentares e agentes públicos do Rio de Janeiro.

Sob o império do grosseiro e do obsceno

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Se há algo a lamentar profundamente hoje em dia nas redes sociais de nosso país é o império da grosseria e da obscenidade.

Essa metáfora já foi usada por outros: parece que as portas e as janelas do inferno se abriram de par em par. Daí saíram os demônios das ofensas pessoais, das injúrias, dos fake news, das mentiras, das calúnias e de toda sorte de palavras de baixíssimo calão. Nem precisaria Freud ter chamado a atenção ao fato de que há pessoas com fixação anal, usando palavras escatológicas e metáforas ligadas a perversões sexuais, pois as encontramos frequentemente nos twitters, nos facebooks, nos youtubes e em outros canais.

A solidão furiosa do ex-capitão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nunca antes na história deste país um presidente da República, com menos de cinco meses de governo, chegou a um estado de isolamento tão grande quanto o que está se desenhando para Jair Bolsonaro.

Um presidente da República, em geral, quanto mais esbraveja mais sinaliza a sua fraqueza. E Bolsonaro enfraquece tanto quanto engrossa o caldo.

Olavo de Carvalho, espertamente, anuncia que vai afastar-se da política, o MBL de Kataguiri diz que não tem nada com isso e, nos últimos dias, creio que só o coitado do turista japonês foi o único “não-bolsominion” a tirar selfie com Jair.

Bolsonaro entra em estado terminal no 15M

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois da CPI que levou ao impeachment de Fernando Collor o jornalismo político cunhou como tese implacável a frase: você não sabe como uma CPI começa, mas sabe como termina. Como se todas levassem um governo à breca. FHC fugiu das CPIs como o diabo da cruz. Lula as enfrentou e terminou seu segundo governo com 87% de ótimo e bom.

Digo isso para registrar que toda regra tem exceção, mas a lógica diz que um governo não se sustenta muito tempo quando entra em fogo cruzado. Mesmo que ainda não esteja vivendo uma CPI.

O retorno dos militares ao meio ambiente

Por Caio de Freitas Paes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Passados cinco meses desde o início do seu mandato, Jair Bolsonaro está mais à vontade para atentar contra o meio ambiente brasileiro. No dia 29 de abril, durante um grande encontro do agronegócio em Ribeirão Preto, ele admitiu que uma das principais metas de seu governo é “fazer a limpa” nas duas principais autarquias ambientais do país: o Ibama e o ICMBio, subordinadas ao Ministério do Meio Ambiente, sob comando de Ricardo Salles.

Em outra declaração ainda mais perigosa, Bolsonaro se comprometeu com a criação de uma lei que pode isentar fazendeiros que atirem em “invasores”. São discursos inflamáveis em um país que já brinca com fogo, dada a elevada pressão sobre movimentos sociais e povos tradicionais – como indígenas e quilombolas.

Michelle Bolsonaro volta à linha de tiro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro tem adoração pela esposa 27 anos mais jovem. Fez questão que a primeira-dama estivesse a seu lado ao tentar receber na marra, na quinta-feira, 16, no Texas, um prêmio de “homem do ano” que lhe foi dado por certa entidade americana. Quando o nome de Michelle apareceu, em dezembro, como receptora de 24 mil reais depositados em sua conta pelo ex-PM Fabrício Queiroz, amigo do clã Bolsonaro, o ex-capitão perdeu o chão. Saiu do sério, ficou muito preocupado, segundo contou à época, em uma conversa a portas fechadas, um advogado que era do time de defensores do atual presidente. Imagine-se o transtorno de Bolsonaro agora que o Ministério Público (MP) do Estado do Rio faz uma devassa financeira na família Queiroz, em um caso que tem tudo para transformar em inferno a vida do primogênito do presidente, Flávio, senador pelo Rio.

Gritar com raiva e ouvir com calma

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

De volta às ruas, de onde nunca deveria ter saído. Essa é a sensação que fica do estrondoso grito de indignação da sociedade em relação aos drásticos cortes na educação. O choque de realidade, literalmente com o pé no chão, tem tudo para esfumaçar a covardia do radicalismo das nuvens que segregam ódio. Mas se as ruas deram de novo o tom da política, é preciso saber escutá-las com sabedoria e, sobretudo, ter capacidade de levar a voz adiante.

O pensamento único da mídia monopolista

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

Nem nos golpes contra Getúlio Vargas, em 1954, e Jango, em 1964, vimos a mídia tão unida como agora. E desta vez não é para depor um presidente, mas para arruinar um país. Trato da destruição da previdência social, assumida como projeto prioritário do atual governo e encampada sem restrições pelos meios de comunicação.

Chegam a ser constrangedores os raros momentos em que um convidado de um programa de TV foge da linha oficial da emissora. As expressões dos apresentadores beiram o pânico, a contenção imposta ao entrevistado é evidente e seu nome, com toda certeza, retirado da lista da produção. No entanto esses momentos são raros.