terça-feira, 11 de outubro de 2016

Secundaristas já ocupam 198 escolas

Foto: Daniel Valença/Jornalistas Livres
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Estudantes secundaristas ocuparam hoje (11) o campus Realengo do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IF Creal). Esta é uma das 79 escolas ocupadas desde ontem contra a Medida Provisória 746, que prevê a reforma do ensino médio, a PEC 241 e o avanço de propostas alinhadas com a Escola sem Partido. No total são 198 ocupações. O maior número está no Paraná, com 164 estabelecimentos estaduais, um colégio de aplicação da Escola de Aplicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e dois campi da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Lava-Jato imita Porta dos Fundos



Do site do Lula:

O jornal Folha de S.Paulo publicou hoje que teria sido recusada proposta de delação do ex-executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, por ela não imputar crimes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ("Lava-Jato recusa delação de ex-diretor próximo a Lula", 11/10/2016). Os procuradores estariam pressionando Alencar a dizer que as palestras do ex-presidente teriam sido fictícias, quando todas as palestras aconteceram e estão devidamente registradas (http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf). O fato de Alexandrino não ter imputado nenhuma ilegalidade a Lula fez com que os procuradores não aceitassem a sua delação.

Os 7 pecados de Alexandre de Moraes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Como a série do Xadrez visa mapear os principais pontos de poder do golpe, cabe aqui a retificação sobre uma das peças do Estado de Exceção que se aprofunda no país: o papel do Ministro da Justiça Alexandre de Moraes.

Ao contrário do que inicialmente se supunha, Moraes não é um risco à democracia, não por falta de instintos autoritários, mas pela pequena dimensão política e administrativa. Ele é bem menor do que a sombra que projeta.

De acordo com os manuais de gestão de recursos humanos, Alexandre de Moraes incorre em vários pecados abominados pela boa gestão.


Lula e o timing político da Lava Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

É incrível como o timing da Lava Jato serve perfeitamente aos interesses da direita.

Se alguma amiga ou amigo seu não lobotomizada(o) pela mídia familiar ainda duvida da parcialidade e do uso político da operação, lembre-a(o) disso: o timing das ações midiáticas da Lava Jato coincide demais com os interesses políticos da direita para que tenhamos o direito de acreditar em coincidências.

Começou às vésperas das eleições de 2014, com vazamentos seletivos para tentar interferir na eleição e evitar a vitória de Dilma.

Petrobras e a geopolítica do golpe

Por Amílcar Salas Oroño, no site Carta Maior:

A aprovação da modificação do marco regulatório da exploração do petróleo no Brasil constitui não somente um enorme retrocesso soberano para o país como também a confirmação de que, independente das motivações internas, o golpe contra Dilma Rousseff também estava pautado pelas necessidades e conveniências dos interesses externos.

Tal como afirmou Edward Snowden, o Brasil foi um dos países mais espionados do mundo, um dos alvos preferenciais da Agência Nacional de Segurança (NSA, por sua sigla em inglês). Dentro dos âmbitos de interesse prioritários norte-americanos figuravam tanto as atividades pessoais da própria presidenta Dilma como os movimentos realizados pela empresa Petrobras.

Como deter a virada à direita

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

Como deter a virada à direita? Esta é a questão que as pessoas que se consideram à esquerda têm se colocado há algum tempo. Ela está sendo lançada, de diferentes maneiras, na América Latina, em boa parte da Europa, nos países árabes e islâmicos, no sul da África e no sudeste da Ásia. A questão é ainda mais dramática porque, em mutos destes países, a virada segue um período em que houve uma certa guinada à esquerda.

A "sensação térmica" da derrota

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

O golpe consumou-se com a votação final do impeachment da presidenta Dilma, mas para a maioria dos militantes e ativistas das forças de esquerda o sentimento de derrota abateu com profundidade após o resultado das eleições municipais. Tal qual o conceito de sensação térmica (que mensura a forma como nossos sentidos percebem a temperatura e não a temperatura real) para além dos resultados objetivos das urnas, pesou a capacidade dos grandes meios de comunicação em converter um esperado resultado desfavorável numa versão de "legitimação" do golpe nas urnas.

PEC-241 congela gastos sociais por 20 anos

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Mais um golpe foi dado nesta segunda-feira (10). Por 366 votos a 111, parlamentares da base aliada de Michel Temer aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que impõe um teto para os gastos públicos por 20 anos, afetando áreas sensíveis como saúde e educação.

O líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), afirmou que a legenda não é contra um ajuste fiscal, mas esta proposta não representa uma medida viável para equilibrar as contas do país. “Essa PEC só favorece os ricos. Não se fala em taxar as grandes fortunas deste país. Prefere cortar creches, postos de saúde, programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida", critica o parlamentar.

Freixo e os fantasmas conservadores

Por Marcelo Baumann Burgos, na revista CartaCapital:

Em contextos de estabilidade política é de se esperar que a competição eleitoral gravite em torno da prova de “títulos”, entre candidatos que pretendem se apresentar como bons gestores, como se estivessem concorrendo a presidente de uma empresa, ou ainda ao papel de síndico, tão frequentemente evocado. Há também a prova da honestidade, como se esta não fosse uma obrigação, mas sim um atributo que serviria de critério determinante para a definição do voto.

Vamos ter uma catástrofe. PEC-241 passou

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A festa dos governistas no plenário foi um deboche. A palavra “hiena”, usada pela deputada Érica Kokay ao falar dos risos da maioria foi retirada dos anais mas aqui vai ficar. Os governistas riram como hienas, na hora do triunfo na votação da PEC 241, pois o que ela trará é muito sofrimento. Se a PEC vingar no segundo turno e depois no Senado, catástrofe é o que virá com o gasto publico congelado, e não o contrário, como disse Michel Temer.

Temer e a maldição dos homens decorativos

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na peça Chicago, há um personagem chamado Homem Celofane. Ninguém o enxerga. Ninguém o nota. Ele pode estar ao lado de uma cadeira velha. As pessoas vão ver a cadeira.

Na vida cotidiana, há muitos homens celofanes. Eles não têm charme, não têm carisma, não têm tiradas espirituosas que os retirem do anonimato em que repousam.

Temos, no Brasil de hoje, um homem celofane na presidência.

A bomba de neutrons no Orçamento

Ilustração: Paulo Batista
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A maioria da Câmara, que há menos de um ano, votava em massa as “pautas-bomba”, criando despesas a granel, agora vota o corte mais drástico no Orçamento Público.

Tiram, por imensa e avassaladora maioria, direitos garantidos ao povo brasileiro há quase 30 anos, desde a Constituição de 1988.

Estamos vivendo um retrocesso como jamais se viu desde a redemocratização, ou até mesmo antes dela.