quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
Modelo de Guedes é "fábrica de pobres"
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O modelo de Previdência que Paulo Guedes e Jair Bolsonaro pretendem implantar no Brasil é tão ruim, mas tão ruim, do ponto de vista dos aposentados, que nem quem defende o Estado Mínimo consegue disfarçar seus problemas.
Basta ler uma reportagem da Veja sobre o tema, publicada em 12/12/2018. Um dado maior chama a atenção: enquanto nenhum aposentado brasileiro recebe menos que o salário mínimo por mês, a imensa maioria dos chilenos enfrentam uma situação de penúria muito maior. Conta a revista: "mais de 90% dos aposentados chilenos recebem bem menos que um salário mínimo de benefício. O valor da aposentadoria em relação ao último salário do trabalhador é de 40%. Trata-se do percentual mais baixo que o da média dos países desenvolvidos. Ao contrário do que acontece no Brasil, as empresas não fazem contribuição alguma. Até 2008, tampouco o governo participava do sistema. Foi Michele Bachelet quem fez a primeira contrarreforma: criou o Sistema de Pensões Solidárias, que estabeleceu uma renda mínima de um terço do salário mínimo para idosos de baixa renda e deficiente, bancada pelo Tesouro".
O modelo de Previdência que Paulo Guedes e Jair Bolsonaro pretendem implantar no Brasil é tão ruim, mas tão ruim, do ponto de vista dos aposentados, que nem quem defende o Estado Mínimo consegue disfarçar seus problemas.
Basta ler uma reportagem da Veja sobre o tema, publicada em 12/12/2018. Um dado maior chama a atenção: enquanto nenhum aposentado brasileiro recebe menos que o salário mínimo por mês, a imensa maioria dos chilenos enfrentam uma situação de penúria muito maior. Conta a revista: "mais de 90% dos aposentados chilenos recebem bem menos que um salário mínimo de benefício. O valor da aposentadoria em relação ao último salário do trabalhador é de 40%. Trata-se do percentual mais baixo que o da média dos países desenvolvidos. Ao contrário do que acontece no Brasil, as empresas não fazem contribuição alguma. Até 2008, tampouco o governo participava do sistema. Foi Michele Bachelet quem fez a primeira contrarreforma: criou o Sistema de Pensões Solidárias, que estabeleceu uma renda mínima de um terço do salário mínimo para idosos de baixa renda e deficiente, bancada pelo Tesouro".
Onyx Lorenzoni é moralista sem moral
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:
Um dia depois da denúncia de que o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, utilizou um suposto esquema de notas frias para desviar dinheiro da Câmara, a notícia praticamente desapareceu do noticiário.
Este é o modus operandi da velha imprensa: dá a notícia, provoca algum barulho e depois a faz desaparecer de seus veículos. Não foi assim com o PT e suas lideranças.
Lula ainda é submetido a horas de notícias negativas, com denúncias que, analisadas mais de perto, se revelam inconsistentes.
Este é o modus operandi da velha imprensa: dá a notícia, provoca algum barulho e depois a faz desaparecer de seus veículos. Não foi assim com o PT e suas lideranças.
Lula ainda é submetido a horas de notícias negativas, com denúncias que, analisadas mais de perto, se revelam inconsistentes.
Brasil, novo laboratório da extrema direita
Por Joana Salém e Rejane Hoelever, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Ainda impactados pelos resultados eleitorais no Brasil, muitos se perguntam como a avalanche de votos na candidatura de Jair Bolsonaro e do general Hamilton Mourão (PSL) ocorreu e o que exatamente pode acontecer em um governo de extrema direita no país. Ainda estamos longe de ter as respostas, mas as conexões entre seu principal guru econômico, o empresário Paulo Guedes, e a ditadura de Augusto Pinochet no Chile (1973-1990) nos trazem pistas valiosas sobre o modelo subjacente à sua plataforma.
Justiça do Trabalho, as vacas e os brejos
Por Wilson Ramos Filho (Xixo), na revista CartaCapital:
Tendo sido advogado trabalhista por mais de três décadas, até me aposentar há 5 anos e por ser professor de Direito do Trabalho e Sindical, muitos me procuraram quando Bolsonaro reiterou a ameaça de extinção da Justiça do Trabalho, pedindo-me entrevistas ou para que firmasse moções. A todos expliquei que a questão é complexa e que a defesa da instituição, na contemporaneidade não pode ser automática e incondicional e que a ameaça vinha desde a época da campanha.
Tendo sido advogado trabalhista por mais de três décadas, até me aposentar há 5 anos e por ser professor de Direito do Trabalho e Sindical, muitos me procuraram quando Bolsonaro reiterou a ameaça de extinção da Justiça do Trabalho, pedindo-me entrevistas ou para que firmasse moções. A todos expliquei que a questão é complexa e que a defesa da instituição, na contemporaneidade não pode ser automática e incondicional e que a ameaça vinha desde a época da campanha.
Guerra Globo-Bolsonaro e o filho do Mourão
Por Renato Rovai, em seu blog:
Ontem a apresentadora Renata Vasconcellos noticiou a promoção do filho do general Mourão para uma assessoria especial do novo presidente do BB, onde vai ganhar 36 mil reais por mês, lendo uma nota do vice presidente na qual ele acaba atacando o PT.
A notícia, também publicada no site das organizações Marinho, ressalta que há quem diga que, de fato, Mourãozinho merecia ter sido promovido antes.
A notícia, também publicada no site das organizações Marinho, ressalta que há quem diga que, de fato, Mourãozinho merecia ter sido promovido antes.
Vigília Lula Livre mantém chama acesa
Foto: Ricardo Stuckert |
“As paisagens, cansei-me das paisagens
cegá-las com palavras rasurá-las
As paisagens são frutos descabidos
agudos olhos farpas sons à noite
espaço livre para o erro regiões recompostas
por desejo
Paisagens bruscas
decercadas as subidas não poupam
meu silêncio: renominá-las aqui
neste abandono ou aprendê-las diversas e desertas.”
(Vigília II, Ana Cristina Cesar)
As celebrações do Natal e do Ano-Novo com Lula em Curitiba tiveram grande repercussão. Colocaram em evidência o espaço da Vigília Lula Livre, que existe e resiste desde 7 de abril de 2018, dia da chegada do ex-presidente à capital do Paraná, conhecida como República de Curitiba. Em 1º de janeiro de 2019 completaram-se 270 dias de vigília.
Mestres e métodos fascistas de Paulo Guedes
Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:
Antes de tomar posse, o agora ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretendia dar importância ao “capital humano”. “Os economistas liberais sempre tiveram uma outra face, a do capital humano, a importância de investimento em saúde e educação. Pretendemos dar dinheiro para voucher (vales individuais) para saúde, creche e educação, investir na formação da criança de 0 a 9 anos”, afirmou.
Bolsonaro investe contra a reforma agrária
Por Maura Silva, no site do MST:
Desde a última quinta-feira (3), circula na internet um memorando - assinado pelo ex-diretor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Clovis Figueiredo Cardoso - que determina o sobrestamento de todos os processos de aquisição, desapropriação, adjudicação ou outra forma de obtenção de terras.
Segundo o texto o motivo para a decisão são as “novas diretrizes adotadas pelo novo governo no tocante ao processo de reforma agrária e demais ações pertinentes à Autarquia”, além do processo de transição pelo qual o Incra passará em “todas as suas instâncias”.
Desde a última quinta-feira (3), circula na internet um memorando - assinado pelo ex-diretor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Clovis Figueiredo Cardoso - que determina o sobrestamento de todos os processos de aquisição, desapropriação, adjudicação ou outra forma de obtenção de terras.
Segundo o texto o motivo para a decisão são as “novas diretrizes adotadas pelo novo governo no tocante ao processo de reforma agrária e demais ações pertinentes à Autarquia”, além do processo de transição pelo qual o Incra passará em “todas as suas instâncias”.
O novo tempo dos monstros
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Gramsci define o ciclo de tragédias que nascia com a primeira grande guerra como o “tempo dos monstros”: o velho mundo agonizava, mas o novo ainda lutava para nascer.
Esse transe dolorido parece estar de volta, mas quem se mostra ferido de morte é o novo, com o retorno imperial do passado, numa tentativa de reter o amanhã. O velho não saiu do Oriente Médio; renasce na Europa e se instala nos EUA, de onde promete irradiar-se, pela força do imperialismo.
Anuncia-se uma nova ‘Santa Aliança’ com a pretensão de reordenar o mundo, sob um novo projeto conservador, substituídos os impérios russo e austríaco de então e o reino da Prússia, pelos EUA de Donald Trump, seus aliados europeus e Israel e a Arábia Saudita.
Gramsci define o ciclo de tragédias que nascia com a primeira grande guerra como o “tempo dos monstros”: o velho mundo agonizava, mas o novo ainda lutava para nascer.
Esse transe dolorido parece estar de volta, mas quem se mostra ferido de morte é o novo, com o retorno imperial do passado, numa tentativa de reter o amanhã. O velho não saiu do Oriente Médio; renasce na Europa e se instala nos EUA, de onde promete irradiar-se, pela força do imperialismo.
Anuncia-se uma nova ‘Santa Aliança’ com a pretensão de reordenar o mundo, sob um novo projeto conservador, substituídos os impérios russo e austríaco de então e o reino da Prússia, pelos EUA de Donald Trump, seus aliados europeus e Israel e a Arábia Saudita.
O pensamento radical de Clóvis Moura
Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:
“Ser radical é ir às raízes dos problemas e a raiz do homem é o próprio homem” (K. Marx).
Estávamos no ano de 1949 e um jovem estudioso, vivendo no interior da Bahia, resolveu enviar uma longa carta ao historiador Caio Prado Jr. Nela, falava dos seus planos de realizar uma pesquisa sobre a história das rebeliões negras no Brasil. Para isso, pedia ajuda ao eminente intelectual marxista. A resposta, contudo, não foi nada animadora. Ela sugeria que o rapaz abandonasse o plano original, pois morava numa região onde a escravatura não tinha tido um grande papel. E, mais grave, ali não teria condições de ter acesso às fontes históricas necessárias para desenvolver tão ousado projeto. Então, propunha que o missivista pegasse a “pena” e contasse “com toda simplicidade” o que “observava à sua volta”. Ou seja, descrevesse a situação do sertão baiano, onde vivia. Uma sugestão bastante prudente. Nove entre dez orientadores acadêmicos proporiam a mesma coisa.
Estávamos no ano de 1949 e um jovem estudioso, vivendo no interior da Bahia, resolveu enviar uma longa carta ao historiador Caio Prado Jr. Nela, falava dos seus planos de realizar uma pesquisa sobre a história das rebeliões negras no Brasil. Para isso, pedia ajuda ao eminente intelectual marxista. A resposta, contudo, não foi nada animadora. Ela sugeria que o rapaz abandonasse o plano original, pois morava numa região onde a escravatura não tinha tido um grande papel. E, mais grave, ali não teria condições de ter acesso às fontes históricas necessárias para desenvolver tão ousado projeto. Então, propunha que o missivista pegasse a “pena” e contasse “com toda simplicidade” o que “observava à sua volta”. Ou seja, descrevesse a situação do sertão baiano, onde vivia. Uma sugestão bastante prudente. Nove entre dez orientadores acadêmicos proporiam a mesma coisa.
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