segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Noblat angustiado: ‘Temer subiu no telhado’

Por Altamiro Borges

O jornalista Ricardo Noblat, blogueiro de estimação da famiglia Marinho, até que se entusiasmou com o Judas Michel Temer e, principalmente, com Marcela Temer – a “primeira-dama recatada e do lar”. Na patética entrevista coletiva com o golpista, realizada em novembro passado, a pergunta mais crítica e incisiva que ele conseguiu fazer foi: “Temer, como você conheceu Marcela?”. Haja subserviência e chapa-branquismo! Agora, porém, ele parece angustiado. Em artigo postado nesta sexta-feira (24) em seu blog, hospedado no site do jornal O Globo, ele lamentou: “O governo Temer subiu no telhado”.

Desemprego em alta e Temer em queda

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Nesta sexta-feira (24), o IBGE divulgou a taxa de desemprego no país, que segue crescendo em ritmo acelerado. No trimestre concluído em janeiro, ela atingiu 12,6% da População Economicamente Ativa (PEA), o que representa uma alta de 0,8% na comparação com o trimestre encerrado em outubro. É a maior taxa já verificada desde o início desta série histórica, em 2012. Ela aumentou também na comparação anual do indicador. No trimestre encerrado em janeiro de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, ela estava em 9,5%. Ou seja: houve uma alta de 3,1 pontos percentuais no intervalo de um ano – o que deve ser debitado na conta dos golpistas que desestabilizaram a economia do país para assaltar o poder com o Judas Michel Temer.

O pacote de Yunes virou bomba para Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os jornais mostram que o pacote de Yunes é coisa que o Palácio do Planalto está muito longe de desembrulhar.

Funaro é um bandido que trabalha no grito e na chantagem explícitas e o pacote de Eliseu Padilha o levou direto para dentro da Presidência.

A mídia passou a exigir a “execução sumária” de Padilha que, na prática, já não existe mais como peça útil a Michel Temer.

Só as ruas podem frear destruição de Temer

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Somente a mobilização popular será capaz de frear a ofensiva da direita ultraliberal que ameaça os direito. é o que afirma a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA), em entrevista ao Portal Vermelho.

Com uma trajetória política forjada nas lutas, a deputada assumiu a liderança do PCdoB na Câmara, sucedendo o deputado Daniel Almeida (BA). Aos 57 anos, com quatro mandatos federais, Alice Portugal é farmacêutica, funcionária do Hospital das Clínicas, ex-sindicalista e duas vezes deputada estadual.

Segundo a parlamentar, o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff ainda está em curso, tendo como objetivo a aplicação de uma agenda conservadora.

O Itamaraty na bacia do fisiologismo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Brasil já teve ministros das Relações Exteriores com filiação partidária, tais como Afonso Arinos ou Oswaldo Aranha, para ficar em dois exemplos notáveis. O que nunca aconteceu, seja no Império ou na República, foi a captura do Itamaraty por um partido político, com o rebaixamento do cargo de chanceler e da própria política externa à condição de mercadoria no jogo de barganhas fisiológicas, como faz Temer ao tornar a pasta um feudo do PSDB.

Por que o governo Temer ainda segue vivo?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Todos os presidentes após a redemocratização poderiam ter sofrido impeachment. Haveria razões para tanto – ou elas nasceriam pelas mãos da inventividade política. Isso não aconteceu porque contaram com o apoio político do Congresso Nacional e o respeito do Supremo Tribunal Federal.

Um impeachment de Temer é, ainda hoje, algo impensável. Uma parte considerável dos deputados federais, senadores e da classe política deposita nele a esperança de que poderá frear, de alguma forma, a operação Lava Jato, impedindo-os de ir para o xilindró ou devolver milhões roubados. Menos impensável, mas ainda assim remota, é a chance de cassação da chapa Dilma-Temer durante a gestão Gilmar Mendes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Até aí, nada de novo.

O elo desconhecido entre Temer e Yunes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Qual a razão do primeiro amigo de Michel Temer, José Yunes, ter entrado em pânico, quando seu nome apareceu em delação de executivo da Odebrecht, a ponto de procurar o Ministério Público Federal para uma delação sem sentido.

A jornalistas, Yunes disse que lhe foi solicitado por Elizeu Padilha – Ministro-Chefe licenciado da Casa Civil – que recebesse “documentos” em seu escritório. Os tais “documentos”, na verdade, eram propinas pagas pela Odebrecht e levadas até ele pelo notório doleiro Lúcio Funaro.

Aos jornalistas, Yunes declarou ter sido apanhado de surpresa. E, assim que se deu conta do ocorrido, procurou o amigo Temer, que o acalmou.

Lava-Jato rompe a aliança golpista

Foto: Ricardo Stuckert / Instituto lula
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Uma pesquisa CNT-MDA informa que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva ganha as eleições presidenciais de 2018 com maioria relativa no primeiro turno e absoluta no segundo. Não há tucanos ou peemedebistas entre seus adversários mais cotados. No rol figuram Jair Bolsonaro, como fruto do discurso do ódio, e Marina Silva, a resultar da ilusão. Os números são trágicos para os golpistas no poder.

Pergunto aos meus intrigados botões que efeito haverá de ter a pesquisa sobre o comportamento da República de Curitiba em relação ao destino de Lula. No mês passado, dois graúdos delegados divergiam. Um dizia ter-se esgotado o timing para a prisão do ex-presidente, o outro não concordava. Em que medida a pesquisa divulgada na quarta-feira 15 atiça os propósitos de Sergio Moro e da sua turba de promotores milenaristas?

Lula vem aí – e isso é muito bom

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No Brasil que transformou o Carnaval de 2017 num protesto inesquecível contra Michel Temer, o esforço para construir a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva ganhará novo fôlego após a Quarta-Feira de Cinzas.

Estimulado por personalidades ligadas à resistência democrática, a começar por Chico Buarque e Leonardo Boff, em conversas reservadas ocorridas nos últimos dias, Lula tem deixado claro que está inteiramente convencido de que deve assumir de uma vez por todas a candidatura a presidente da República na sucessão de Michel Temer.

Quando os interlocutores perguntam se estaria disposto a voltar à presidência do Partido dos Trabalhadores, que em 2017 enfrenta a mais grave crise em quase 40 anos de história, a resposta de Lula tem sido um não categórico. Ele deixa claro que compreende a necessidade de ocupar cargos na direção do partido e participar dos debates essenciais que irão ocorrer antes e depois do próximo Congresso, a realizar-se em junho.

Doria não tira Lula da mente e da boca

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O destempero e a falta de inteligência emocional na reação de Doria diante da hostilidade de foliões em Pinheiros tinha um elemento barbudo a mais.

A alturas tantas, no final de seu tour desastroso, um rapaz o xingou. Estavam perto do bar Pirajá, na Rua Pedroso de Morais. Doria ficou irritado. Enquanto entrava no carro, visivelmente transtornado, fez menção de partir para a briga.

E então chamou o outro de “Lula”. Antes de um vexame maior, os assessores o colocaram no veículo e todos partiram rumo ao desconhecido.

Doria tem uma fixação com Lula que é parte estratégia, parte patologia.

Reforma da Previdência: Minuto da verdade

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

O governo Temer vem alardeando de forma manipulada dados do orçamento brasileiro e também da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para justificar a reforma da previdência. A OCDE usa dados da realidade dos 34 países, entre eles os mais industrializados e desenvolvidos do mundo, para a formulação de políticas públicas. Aqui, com realidade tão diversa, só com muita má fé ou desconhecimento do Brasil é que se justifica a perda de direitos para a maioria pobre do povo e a entrega ao mercado de parcela importante dos e das nossas trabalhadoras. É possível imaginar que podemos reformar a previdência de forma a igualar as regras de países como Canadá, Austrália, Suécia, Noruega, entre outros?

O ocaso deles já está em curso

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

No fascismo os dissidentes eram colocados em ilhas distantes e nas cadeias fétidas, no “stalinismo” nos “gulags” ou nos porões da Lubianca, nas ditaduras latino-americanas nas cadeias e na tortura, ou perante os pelotões informais de fuzilamento. No golpismo “suave”, a palavra blindada pela mídia, as repressões contra quem protesta contra as “reformas”: as saídas suaves e programadas do Governo, como se fossem atos de heroísmo para proteger o bem comum.

Quando nas “jornadas de junho” de 2013 a cobertura partidária e altamente politizada da Rede Globo e da maioria dos órgãos de comunicação do país desfecharam uma forte campanha contra a corrupção, uma boa parte da sociedade acreditou que o gigante iria “acordar”. E ninguém pensava que os propósitos políticos daquele amplo movimento, que uniu vastos setores da classe média “neutra”, grupos espontaneístas de várias origens, frações anticomunistas radicais, devedores do Tesouro Público, sonegadores de todas as ordens, conservadores e reacionários de todos os quadrantes, bem como pessoas sinceras que queriam passar o “país à limpo” - aqueles propósitos políticos - seriam tão claramente espúrios como estes que estamos assistindo hoje.

Equador, a “Stalingrado” dos Andes

Lenin Moreno
Por Igor Fuser, no site da UJS:

O defunto ainda está vivo, apesar de certas notícias exageradas que circulam por aí. Mas com sérios problemas de saúde, isso é verdade. O futuro da esquerda sul-americana retornou ao topo da agenda política regional com as eleições presidenciais do Equador, que decidirão sobre a continuidade ou o encerramento do projeto político iniciado há dez anos com a posse do presidente Rafael Correa – uma das faces mais visíveis do ciclo progressista nesta parte do mundo.

Eleito três vezes seguidas à presidência, sempre por ampla maioria, Correa está constitucionalmente impedido de concorrer a um novo mandato. Indicou como candidato pela legenda governista Aliança País seu vice, Lenin Moreno, que liderou as apurações no primeiro turno, encerrado nesta quinta-feira (23), onde obteve 39,3% dos votos.

Saídas de Serra e Padilha abalam Planalto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

As notícias da demissão do ministro das Relações Exteriores, o senador José Serra (PSDB-SP), por problemas na coluna, na noite de quarta-feira (22), e da licença do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, hoje (24), para fazer uma cirurgia na próstata, repercutiram amplamente nos três poderes. Principalmente, pelas versões desencontradas que envolvem estas informações e mostram mais uma grave crise no Executivo federal.

Padilha, que já teve problemas anteriores de pressão e estafa, anunciou a cirurgia na noite de ontem, pouco depois de ter tido seu nome envolvido em denúncias feitas pelo advogado José Yunes. A acusação de Yunes na Procuradoria-Geral da República (PGR) é que Padilha teria lhe pedido, em 2014, que recebesse um pacote de documentos no seu escritório, em São Paulo. Esse pacote, suspeito de ter dinheiro para pagamento de propinas, teria sido entregue pelo doleiro Lúcio Funaro, que, conforme o advogado, “teria sido usado como mula” pelo atual ministro da Casa Civil.

A bolinha de papel do Serra

Por Wadih Damous, no blog de Marcelo Auler:

Faz parte do consenso civilizatório o respeito ao sofrimento alheio. Ainda que a turba raivosa, que tomou conta das ruas, vomitou indignação e exigiu a deposição da Presidenta Dilma Rousseff, não tenha seguido essa regra e as redes sociais tenham virado parques de diversões de ensandecidos a desancarem sobre o luto de Lula, devemos nos compadecer da suposta indisposição de José Serra, que, pelo que contam as colunas entendidas da imprensa comercial, fartou-se de ser chanceler.