Por Dayane Santos, no site Vermelho:
Somente a mobilização popular será capaz de frear a ofensiva da direita ultraliberal que ameaça os direito. é o que afirma a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA), em entrevista ao Portal Vermelho.
Com uma trajetória política forjada nas lutas, a deputada assumiu a liderança do PCdoB na Câmara, sucedendo o deputado Daniel Almeida (BA). Aos 57 anos, com quatro mandatos federais, Alice Portugal é farmacêutica, funcionária do Hospital das Clínicas, ex-sindicalista e duas vezes deputada estadual.
Segundo a parlamentar, o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff ainda está em curso, tendo como objetivo a aplicação de uma agenda conservadora.
"A retirada abrupta de uma presidenta eleita tinha como motivação não só o deslocamento de uma força política, mas a intervenção em relação a direitos conquistados com muita luta. E ao mesmo tempo, a imposição de uma agenda ultraliberal, conservadora. E é contra essa que nós temos que nos insurgir", frisa a parlamentar.
Como parte desta agenda, segundo Alice, está a reforma da Previdência que ela considera como o preâmbulo da não aposentação da maioria do povo brasileiro. "Considerando que a maior parte dos trabalhadores pagam 5 meses de contribuição ao ano, jamais concluirão 25 anos de contribuição, como estabelece a proposta do governo Temer. É uma perversidade contra esse direito que é uma caixa geracional solidária. O maior fio condutor de renda mínima no país", ressalta a deputada comunista.
Para Alice Portugal, "a Previdência foi atingida de morte por essa agenda neoliberal" de Temer, assim como a proposta de reforma trabalhista. "Nós, como o partido do mundo do trabalho, que tem a digital impressa em todas as lutas dos trabalhadores brasileiros, sabemos que substituir o legislado pelo negociado significará a desproteção de uma parcela imensa dos trabalhadores brasileiros", argumenta ela, salientando que o governo aplica a sua agenda em outras áreas, como a venda de terras, a desnacionalização de empresas, para impedir empresas nacionais de participem da licitação dos campos do pré-sal e acabar com a engenharia nacional.
"Nossa estratégia é enfrentar isso com conteúdo, radicalidade e amplitude. Com uma ampla aliança nacional em defesa dos interesses da soberania nacional e do Estado Democrático de Direito", asseverou.
Alice afirmou ainda que a aprovação da PEC 55 - que congela os investimentos públicos por 20 anos, afetando principalmente os orçamentos da saúde e educação - "pavimentou o caminho para essas atrocidades contra os direitos dos trabalhadores e do povo".
Com comissões montadas em ritmo acelerado para garantir manobras que garantissem a aprovação dos projetos. "Na comissão da Previdência, por exemplo, foi colocado um aliado de Eduardo Cunha e contumaz agressor dos direitos trabalhistas. Hoje, o mesmo relator da terceirização é o relator da reforma da Previdência e acredito que vão tentar acelerar para aprovar até o fim de março as duas reformas, trabalhista e Previdenciária", disse Alice, referindo-se ao deputado Arthur Maia (PPS-BA).
"O grande chamado é a mobilização popular, pois sem as ruas nós não teremos um freio de mão. É preciso que as ruas gritem e, por isso, é fundamental o dia nacional de lutas marcado para o dia 15 de março, puxado principalmente pelos professores brasileiros e, agora, por todas as centrais sindicais do campo combativo. A nossa caixa de ressonância funcionará através do parlamento para dizer isso à sociedade. Será a grande possibilitadora de frear essas reformas", reforçou.
A liderança
Sobre o desafio de assumir a liderança do PCdoB, Alice Portugal disse que "é uma grande responsabilidade".
"Tenho noção da grande responsabilidade de fazer com que as ideias do partido sejam resignificadas em linguagem e nas ações, do ponto de vista do Parlamento. Que possam reverberar positivamente para o partido e para a sociedade brasileira a partir da tribuna da Câmara. É um desafio. Me sinto pronta, mas sempre buscando ajuda e solidariedade dos mais experientes", declarou.
Somente a mobilização popular será capaz de frear a ofensiva da direita ultraliberal que ameaça os direito. é o que afirma a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA), em entrevista ao Portal Vermelho.
Com uma trajetória política forjada nas lutas, a deputada assumiu a liderança do PCdoB na Câmara, sucedendo o deputado Daniel Almeida (BA). Aos 57 anos, com quatro mandatos federais, Alice Portugal é farmacêutica, funcionária do Hospital das Clínicas, ex-sindicalista e duas vezes deputada estadual.
Segundo a parlamentar, o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff ainda está em curso, tendo como objetivo a aplicação de uma agenda conservadora.
"A retirada abrupta de uma presidenta eleita tinha como motivação não só o deslocamento de uma força política, mas a intervenção em relação a direitos conquistados com muita luta. E ao mesmo tempo, a imposição de uma agenda ultraliberal, conservadora. E é contra essa que nós temos que nos insurgir", frisa a parlamentar.
Como parte desta agenda, segundo Alice, está a reforma da Previdência que ela considera como o preâmbulo da não aposentação da maioria do povo brasileiro. "Considerando que a maior parte dos trabalhadores pagam 5 meses de contribuição ao ano, jamais concluirão 25 anos de contribuição, como estabelece a proposta do governo Temer. É uma perversidade contra esse direito que é uma caixa geracional solidária. O maior fio condutor de renda mínima no país", ressalta a deputada comunista.
Para Alice Portugal, "a Previdência foi atingida de morte por essa agenda neoliberal" de Temer, assim como a proposta de reforma trabalhista. "Nós, como o partido do mundo do trabalho, que tem a digital impressa em todas as lutas dos trabalhadores brasileiros, sabemos que substituir o legislado pelo negociado significará a desproteção de uma parcela imensa dos trabalhadores brasileiros", argumenta ela, salientando que o governo aplica a sua agenda em outras áreas, como a venda de terras, a desnacionalização de empresas, para impedir empresas nacionais de participem da licitação dos campos do pré-sal e acabar com a engenharia nacional.
"Nossa estratégia é enfrentar isso com conteúdo, radicalidade e amplitude. Com uma ampla aliança nacional em defesa dos interesses da soberania nacional e do Estado Democrático de Direito", asseverou.
Alice afirmou ainda que a aprovação da PEC 55 - que congela os investimentos públicos por 20 anos, afetando principalmente os orçamentos da saúde e educação - "pavimentou o caminho para essas atrocidades contra os direitos dos trabalhadores e do povo".
Com comissões montadas em ritmo acelerado para garantir manobras que garantissem a aprovação dos projetos. "Na comissão da Previdência, por exemplo, foi colocado um aliado de Eduardo Cunha e contumaz agressor dos direitos trabalhistas. Hoje, o mesmo relator da terceirização é o relator da reforma da Previdência e acredito que vão tentar acelerar para aprovar até o fim de março as duas reformas, trabalhista e Previdenciária", disse Alice, referindo-se ao deputado Arthur Maia (PPS-BA).
"O grande chamado é a mobilização popular, pois sem as ruas nós não teremos um freio de mão. É preciso que as ruas gritem e, por isso, é fundamental o dia nacional de lutas marcado para o dia 15 de março, puxado principalmente pelos professores brasileiros e, agora, por todas as centrais sindicais do campo combativo. A nossa caixa de ressonância funcionará através do parlamento para dizer isso à sociedade. Será a grande possibilitadora de frear essas reformas", reforçou.
A liderança
Sobre o desafio de assumir a liderança do PCdoB, Alice Portugal disse que "é uma grande responsabilidade".
"Tenho noção da grande responsabilidade de fazer com que as ideias do partido sejam resignificadas em linguagem e nas ações, do ponto de vista do Parlamento. Que possam reverberar positivamente para o partido e para a sociedade brasileira a partir da tribuna da Câmara. É um desafio. Me sinto pronta, mas sempre buscando ajuda e solidariedade dos mais experientes", declarou.
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