O jornalista Ricardo Noblat, blogueiro de estimação da famiglia Marinho, até que se entusiasmou com o Judas Michel Temer e, principalmente, com Marcela Temer – a “primeira-dama recatada e do lar”. Na patética entrevista coletiva com o golpista, realizada em novembro passado, a pergunta mais crítica e incisiva que ele conseguiu fazer foi: “Temer, como você conheceu Marcela?”. Haja subserviência e chapa-branquismo! Agora, porém, ele parece angustiado. Em artigo postado nesta sexta-feira (24) em seu blog, hospedado no site do jornal O Globo, ele lamentou: “O governo Temer subiu no telhado”.
Segundo a sua lamúria, “para o presidente Michel Temer, a quarta-feira de cinzas chegou antes do carnaval. A Igreja Católica trata a quarta-feira de cinzas como um dia para lembrar a fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Temer está em ótima forma física. Quanto à saúde do seu governo, ela passou a inspirar sérios cuidados desde que o advogado José Yunes depôs à PGR no último dia 14, em Brasília. Amigo de Temer há mais de 40 anos, assessor especial dele na presidência da República, Yunes pediu demissão do cargo em dezembro depois de ter seu nome citado na delação de executivos da Odebrecht”.
No inflamável depoimento, o “quase-irmão” do golpista relatou que serviu de “mula” do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, recebendo um “pacote” que poderia conter parte dos R$ 10 milhões em propina da Odebrecht. Para Ricardo Noblat, o que José Yunes contou na Procuradoria-Geral da República “deixa Temer muito mal”. O serviçal do Grupo Globo cita a entrevista concedida à edição desta semana da revista Veja. “Fui mula involuntária”, declarou Yunes, apresentando-se como um inocente útil nas mãos de Padilha”. Diante desta bomba, que antecipa a quarta-feira de cinzas, o porta-voz informal da famiglia Marinho concluiu:
“O estrago que a entrevista causará na imagem do governo será muito grande. Por mais que Temer tenha dito que só afastará do cargo o ministro que tenha sido denunciado pela PGR ao Supremo Tribunal Federal, a situação de Padilha se tornará insustentável. Se ele não agir com rapidez livrando-se desde logo de Padilha, sua própria situação deverá ser duramente afetada. Afinal, segundo Yunes, Temer foi informado por ele há mais de dois anos sobre como tudo se passou, não procurou Padilha para tratar do assunto e o nomeou ministro depois que assumiu a vaga da ex-presidente Dilma Rousseff”.
A conclusão de Ricardo Noblat, que só fala o que os donos autorizam, pode indicar que a Rede Globo, principal protagonista do “golpe dos corruptos”, prepara-se para desembarcar do covil de Michel Temer. Bem informada, inclusive pelo compadre Sergio Moro – tão premiado pelo império global devido aos serviços prestados na seletiva e midiática Lava-Jato –, a famiglia Marinho talvez até já tenha obtido acesso a outros vazamentos sobre as relações sinistras entre José Yunes, Eliseu Padilha e o chefão da quadrilha, o presidente ilegítimo. Daí a conclusão de que “o governo Temer subiu no telhado”.
Em tempo: Na semana passada, o covil golpista obteve duas vitórias na sua missão para “estancar a sangria” das investigações sobre corrupção. Emplacou o nome do “guarda-costas” Alexandre de Moraes como ministro do Supremo Tribunal Federal e nomeou Osmar Serraglio, fiel aliado do correntista suíço Eduardo Cunha, para a função de ministro da Justiça. Tudo parecia uma festa na semana de abertura do Carnaval. As confissões do “ingênuo” José Yunes, porém, estragaram a “suruba”. Para complicar ainda mais o cenário, antecipando a quarta-feira de cinzas, nesta sexta-feira (24), a Interpol prendeu em Miami, na Flórida, os dois principais operadores do PMDB em contas no exterior – os ricaços Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho. Eles já chegaram ao Brasil e podem atazanar de vez a vida da quadrilha que assaltou o poder. A conferir!
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