terça-feira, 24 de maio de 2022

Tratores, caminhões de lixo e outras mutretas

Charge: Clayton
Por Altamiro Borges

A corrupção avança celeremente no laranjal de Jair Bolsonaro. O jornal Estadão revelou na segunda-feira (23) um esquema de compra de caminhões de lixo com suspeita de sobrepreço de R$ 109 milhões. Já a Folha publicou que o Ministério da Cidadania comprou tratores usando indevidamente verbas para o amparo de famílias carentes na pandemia da Covid-19. E o “capetão” ainda tem a caradura de afirmar que não há roubalheira no seu governo. Relembrando o patético general Augusto Heleno, “se gritar pega centrão, não fica um meu irmão”!

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Eleição colombiana é marcada por violência

Milícias invadem a floresta

Charge: Nando Motta
Por Cristina Serra, em seu blog:

Este 25 de maio assinala os trinta anos da homologação da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Sob forte pressão internacional e às vésperas da realização da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, a Eco-92, no Rio de Janeiro, o então presidente Collor garantiu o território aos yanomamis, acossados por uma “corrida do ouro”, nos anos 1980, que quase os levou ao extermínio.

A data deveria ser motivo de comemoração porque foi também um marco na mudança da relação do Estado brasileiro com os povos indígenas, a partir da Constituição de 1988. Mas não há o que celebrar diante da violência que a etnia volta a enfrentar, em inédita intensidade.

Em honra a Alexandre Teixeira

Criador do Lula Gigante, Alexandre Teixeira
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Naquela quadra da história, tinha início a caminhada do Brasil rumo às trevas. Corria o ano da graça de 2012.

Os conservadores, com amplo respaldo da mídia comercial, resolveram fazer do Judiciário instrumento de manipulação e disputa política.

Reacionários de todos os matizes não suportavam mais as seguidas derrotas eleitorais para o PT e a disseminação do projeto político popular e democrático.

Sacam, então, da algibeira, o “mensalão”.

Eram tempos difíceis. Mesmo muitos dos nossos embarcaram nessa. Era muito comum ouvir a frase “alguma coisa eles fizeram.”

Deltan e Lacerda, duas faces do fascismo

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Millôr Fernandes dizia que o Brasil tem um enorme passado pela frente. A ação da gangue da Lava Jato confirma tanto a validade como a atualidade desta constatação bem humorada; porém, trágica.

No dia 14 de setembro de 2016, numa solenidade espalhafatosa transmitida ao vivo pelas redes de rádio e TV do país, Deltan Dallagnol sentenciou: “um conjunto de evidências e de contextos que nos fazem concluir, para além de qualquer dúvida razoável, que Lula foi o comandante do esquema criminoso descoberto pela Lava Jato”.

Na pantomima de apresentação do powerpoint, o convicto Deltan sustentou que “provas demonstram que Lula era o grande general que comandou a realização e a continuidade da prática dos crimes”.

O pastor-procurador disse ainda ter “evidências que apontam para Lula como peça central da Lava Jato”, como pode ser revisto neste trecho de 45 segundos de transmissão da TV Migalhas:

A guerra particular das Forças Armadas

Charge: Rafael Costa
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Foram 21 anos de ditadura (1964-1985) e outros 21 anos até o golpe de Estado seguinte (1985-2016). Ao todo, 42 anos é tempo suficiente para constatar que as Forças Armadas que saíram da ditadura foram tão impregnadas pelos serviços de repressão e inteligência que deixaram de ser simplesmente Forças Armadas. São forças letais de inteligência e um assustador aparelho de ideologia de extrema-direita.

Elas têm um grande contingente armado (e muito bem armado) altamente doutrinado contra a população civil, contra a democracia e contra qualquer tipo de obstáculo que enfrente para ampliar os seus poderes para além dos quartéis. Imaginar que o clã Bolsonaro e suas milícias operam apesar das Forças Armadas, nessas alturas do campeonato, seria de uma ingenuidade comovente. Eles são parte de um único projeto e estão em operação de guerra.

Musk, Bolsonaro e a privatização

Charge: Fraga
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


É impressionante a capacidade que o Presidente Bolsonaro carrega consigo de surpreender a sociedade brasileira a cada novo dia que passa. Desde o início de janeiro de 2019, o ex-capitão mantém permanentemente em sua agenda política declarações, inciativas, reuniões, documentos e viagens marcadas por sua natureza polêmica e inusitada. A postura negacionista e irresponsável perante a pandemia da covid 19. A mentira oficializada a respeito do desmatamento e do desrespeito completo frente aos direitos dos povos indígenas. As falas homofóbicas e machistas em situações diversas, inclusive contra a ex primeira dama francesa, Brigite Macron. A postura submissa e vergonhosa frente ao ex presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e a sua insistência em manter o Brasil na condição de um pária no cenário das relações internacionais. Enfim, são inúmeras as manifestações comprometedoras daquele que defende a ditadura, a tortura e a pena de morte.