quarta-feira, 29 de agosto de 2018
O povo, o papa, a ONU e a mídia
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Em poucas semanas a candidatura de Lula ganhou uma impensável força, mesmo com os ataques desferidos sem trégua. Além do incansável esforço para impedir o debate sobre a injustiça de seu julgamento, conforme avaliação de especialistas em todo o mundo. A primeira constatação foi a ampliação da margem de preferência popular em todas as pesquisas, mesmo com o candidato preso e sem autorização para falar à nação. Não há dúvida de que o eleitor brasileiro, em sua maioria, quer Lula na eleição.
As eleições e o debate sobre os bancos
Editorial do site Vermelho:
O ponto divisor dos dois campos em disputa na sucessão presidencial é o papel do Estado. À direita, as propostas são de um conservadorismo duro, ultraliberal e neocolonial, que exacerba a lógica do sistema financeiro regendo a sociedade e exclui a imensa maioria dos brasileiros. À esquerda, o projeto de governo preconiza o desenvolvimento socialmente inclusivo, soberano e democrático. Trocando em miúdos: a direita preconiza um Estado eletrizado para tratar dos interesses do mundo das finanças e fragilizado para planejar e induzir o desenvolvimento e o progresso social, enquanto a esquerda defende um projeto de desenvolvimento que valorize o setor público.
O ponto divisor dos dois campos em disputa na sucessão presidencial é o papel do Estado. À direita, as propostas são de um conservadorismo duro, ultraliberal e neocolonial, que exacerba a lógica do sistema financeiro regendo a sociedade e exclui a imensa maioria dos brasileiros. À esquerda, o projeto de governo preconiza o desenvolvimento socialmente inclusivo, soberano e democrático. Trocando em miúdos: a direita preconiza um Estado eletrizado para tratar dos interesses do mundo das finanças e fragilizado para planejar e induzir o desenvolvimento e o progresso social, enquanto a esquerda defende um projeto de desenvolvimento que valorize o setor público.
Eleições 2018: A nuvem, o jabuti
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
O STF não concluiu ontem o julgamento que ainda pode transformar o candidato Jair Bolsonaro em réu mais uma vez.
Já o candidato a vice na chapa de Lula, e seu provável substituto, o ex-prefeito Fernando Haddad, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, que o acusa de enriquecimento ilícito e prática de caixa dois em 2012.
Réus não são impedidos de disputar eleições mas há um jabuti por aí, rondando a árvore, desde que dois ministros do STF colocaram em dúvida se réu eleito pode assumir a Presidência da República.
O STF não concluiu ontem o julgamento que ainda pode transformar o candidato Jair Bolsonaro em réu mais uma vez.
Já o candidato a vice na chapa de Lula, e seu provável substituto, o ex-prefeito Fernando Haddad, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, que o acusa de enriquecimento ilícito e prática de caixa dois em 2012.
Réus não são impedidos de disputar eleições mas há um jabuti por aí, rondando a árvore, desde que dois ministros do STF colocaram em dúvida se réu eleito pode assumir a Presidência da República.
Fux: “o charlatão togado”
Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:
Charlatão, nos ensina Houaiss, é “que ou aquele que se apresenta nas praças ou nas feiras para vender drogas e elixires reputados milagrosos, seduzindo o público e iludindo-o com discursos e trejeitos espalhafatosos (diz-se de mercador ambulante)”. Ou, por extensão, no sentido pejorativo: “diz-se de ou pessoa muito esperta que, ostentando qualidades que realmente não possui, procura auferir prestígio e lucros pela exploração da credulidade alheia; mistificador, trapaceiro, impostor”.
Por que Zé Dirceu assim qualifica Luiz Fux, em Zé Dirceu: Memórias?
Por que Zé Dirceu assim qualifica Luiz Fux, em Zé Dirceu: Memórias?
Lula e a prudência na análise
Por Geraldo Galindo
A grande maioria dos articulistas a serviço da mídia empresarial escreve seus textos tendo como referência o objetivo político dos patrões (e deles próprios), não levando em consideração a realidade objetiva. Quantas vezes eles decretaram o fim de Luiz Inácio? Quantas vezes previram o sucesso do governo Temer, com a derrubada da Dilma? Quantas vezes anunciaram a retomada do crescimento econômico? Nestes três casos citados, os escribas conservadores produziram milhares de artigos, reportagens, vídeos, para fazer crer que suas previsões eram corretas, quando na verdade eram apenas o desejo das classes dominantes. Neste momento, estão todos a exaltar a suposta dificuldade de Lula para transferir votos a Haddad/Manuela, quando, na verdade, é a própria vontade de que não haja a transferência que os move.
Lula venceu os indignos
A estas alturas do calendário eleitoral, um prognóstico parece inapelável: Lula, mesmo isolado e incomunicável no cárcere político, venceu a Globo e a Lava Jato, e criou um impasse monumental para a ditadura jurídico-midiática.
Roubar a eleição do Lula, tida como certa de ocorrer já no primeiro turno, agrava a ilegitimidade do regime de exceção e aumenta sobremaneira o custo político e social de manutenção da ditadura.
Vivemos na ditadura dos bancos, diz Harvey
Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:
“O papel dos bancos mudou. Adam Smith pensava que os bancos existiam para servir as pessoas, mas agora é o oposto. Hoje em dia, as pessoas trabalham para servir aos bancos. Por causa de suas dívidas. Isso vai produzir raiva e as pessoas vão se dar conta de que vivem na ditadura dos bancos centrais do mundo. Talvez seja melhor viver sob a ditadura do proletariado.”.
“O papel dos bancos mudou. Adam Smith pensava que os bancos existiam para servir as pessoas, mas agora é o oposto. Hoje em dia, as pessoas trabalham para servir aos bancos. Por causa de suas dívidas. Isso vai produzir raiva e as pessoas vão se dar conta de que vivem na ditadura dos bancos centrais do mundo. Talvez seja melhor viver sob a ditadura do proletariado.”.
Palavras de David Harvey ao Tutaméia na noite de quinta-feira, 23.08. Em nosso estúdio caseiro, o geógrafo britânico marxista falou das crises do capitalismo, da ascensão conservadora na América Latina, do avanço do autoritarismo após o crash de 2008, de seu apoio à campanha pela libertação de Lula:
Chegou a hora da polarização real
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
Foi um circo de horrores a entrevista do Jornal Nacional desta terça-feira (28), um enfrentamento entre a direita e a extrema direita. Nada teve de original. Apenas sinalizou uma das táticas em cogitação pelo núcleo duro das classes dominantes.
A Rede Globo, de ligações notórias com todo tipo de golpismo, mola propulsora do impeachment que afastou do governo uma presidenta legítima e democraticamente eleita, cérebro, alma e voz da prisão do presidente Lula e do empenho por sua interdição na campanha eleitoral, afetou ares de democratismo e porta-voz de críticas ao reacionarismo jurássico do entrevistado. Ninguém se engane.
Foi um circo de horrores a entrevista do Jornal Nacional desta terça-feira (28), um enfrentamento entre a direita e a extrema direita. Nada teve de original. Apenas sinalizou uma das táticas em cogitação pelo núcleo duro das classes dominantes.
A Rede Globo, de ligações notórias com todo tipo de golpismo, mola propulsora do impeachment que afastou do governo uma presidenta legítima e democraticamente eleita, cérebro, alma e voz da prisão do presidente Lula e do empenho por sua interdição na campanha eleitoral, afetou ares de democratismo e porta-voz de críticas ao reacionarismo jurássico do entrevistado. Ninguém se engane.
Os dois candidatos aloprados
Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:
O desfile dos candidatos pela TV, nos debates, é algo fantasmagórico. Tudo ali parece fake, conversa fiada, porque o que realmente conta fica de fora. Nos temas e nas pessoas. Não se fala de nada que faça diferença. Nem está ali o candidato que faz a diferença. Um pouco do fora do tom de vez em quando sobrevoa a fala do Boulos, com a imagem que carrega, ou a de Ciro, quando apela ao endividamento das famílias. Mas é pouco, bem pouco.
O desfile dos candidatos pela TV, nos debates, é algo fantasmagórico. Tudo ali parece fake, conversa fiada, porque o que realmente conta fica de fora. Nos temas e nas pessoas. Não se fala de nada que faça diferença. Nem está ali o candidato que faz a diferença. Um pouco do fora do tom de vez em quando sobrevoa a fala do Boulos, com a imagem que carrega, ou a de Ciro, quando apela ao endividamento das famílias. Mas é pouco, bem pouco.
Quem quer sabotar a Lei de Dados Pessoais
Por Rafael A. F. Zanatta, no site Outras Palavras:
A aprovação da Lei de Dados Pessoais foi uma das maiores vitórias da sociedade brasileira nesse conturbado ano de 2018. No entanto, como resumiu Ronaldo Lemos, na Folha de S.Paulo, “a Lei de Dados Pessoais já nasceu desgovernada”.
A proposta original, construída com esforço coletivo de acadêmicos, ativistas, empreendedores e parlamentares, foi bruscamente impactada pela remoção de um dos pontos centrais da legislação: a criação de uma autoridade independente capaz defender os direitos dos cidadãos perante violações cometidas por empresas privadas e pelo próprio poder público.
A aprovação da Lei de Dados Pessoais foi uma das maiores vitórias da sociedade brasileira nesse conturbado ano de 2018. No entanto, como resumiu Ronaldo Lemos, na Folha de S.Paulo, “a Lei de Dados Pessoais já nasceu desgovernada”.
A proposta original, construída com esforço coletivo de acadêmicos, ativistas, empreendedores e parlamentares, foi bruscamente impactada pela remoção de um dos pontos centrais da legislação: a criação de uma autoridade independente capaz defender os direitos dos cidadãos perante violações cometidas por empresas privadas e pelo próprio poder público.
Lula expõe o fracasso da política externa
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
O Brasil está sob pressão internacional para liberar a candidatura presidencial de Lula. Líderes políticos, personalidades e até um comitê da ONU defendem a autorização. Não é uma situação incômoda apenas para a Justiça mais cara do planeta. É sinal também de insucesso da política externa comandada pelo PSDB após a degola de Dilma Rousseff.
A primeira missão dos tucanos era convencer o mundo de que o impeachment não foi golpe. Em busca de ajuda, eles apelaram de cara ao Tio Sam. O senador Aloysio Nunes Ferreira, hoje ministro das Relações Exteriores, foi a Washington conversar com algumas autoridades e empresários assim que os deputados permitiram que o Senado julgasse Dilma.
A primeira missão dos tucanos era convencer o mundo de que o impeachment não foi golpe. Em busca de ajuda, eles apelaram de cara ao Tio Sam. O senador Aloysio Nunes Ferreira, hoje ministro das Relações Exteriores, foi a Washington conversar com algumas autoridades e empresários assim que os deputados permitiram que o Senado julgasse Dilma.
O errático debate com os presidenciáveis
Por Marcos Verlaine, no site do Diap:
A cada debate ou sabatina com os presidenciáveis fico ansioso para ver o candidato sendo “espremido” pelos jornalistas com perguntas inteligentes sobre os problemas relevantes do País. Mas não é o que tem acontecido. Nesta semana, a bancada do Jornal Nacional tem recebido os candidatos mais bem posicionados, segundo as pesquisas de intenção de voto, para sabatina.
A cada debate ou sabatina com os presidenciáveis fico ansioso para ver o candidato sendo “espremido” pelos jornalistas com perguntas inteligentes sobre os problemas relevantes do País. Mas não é o que tem acontecido. Nesta semana, a bancada do Jornal Nacional tem recebido os candidatos mais bem posicionados, segundo as pesquisas de intenção de voto, para sabatina.
Bolsonaro sapateou sobre Bonner no ‘JN’
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Errei, e errei feio, quando imaginei que Jair Bolsonaro ‘afinaria’ na entrevista de hoje no Jornal Nacional.
Foi o inverso: mesmo usando, de novo, uma grotesca “cola” escrita a caneta na mão, o candidato da extrema-direita colocou Willian Bonner no chão e sapateou impiedosamente sobre ele.
Não é o que desejo que importa, é o impacto que teve sobre o grande público, não sobre nossos círculos bem-informados e “politicamente corretos”.
Errei, e errei feio, quando imaginei que Jair Bolsonaro ‘afinaria’ na entrevista de hoje no Jornal Nacional.
Foi o inverso: mesmo usando, de novo, uma grotesca “cola” escrita a caneta na mão, o candidato da extrema-direita colocou Willian Bonner no chão e sapateou impiedosamente sobre ele.
Não é o que desejo que importa, é o impacto que teve sobre o grande público, não sobre nossos círculos bem-informados e “politicamente corretos”.
A vitória de Lula sobre Moro
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
A Operação Lava Jato, anunciou O Globo, está em seus momentos finais. É “consenso no gabinete de Raquel Dodge de que a Lava-Jato – em Curitiba – está naturalmente entrando em sua fase final”, afirmou Guilherme Amado neste domingo, 26 de agosto.
“Naturalmente”, afinal, qual serventia teria agora a Operação de Sérgio Moro? Se golpeada desde 2014, a Petrobras encontra-se esquartejada para fins de privatização, conforme sonhavam, desde os anos 1990, os neoliberais tupiniquins e principais financiadores do golpe. Essa casta capaz de roubar das gerações futuras o usufruto dos recursos provenientes do pré-sal que seria, todos sabem disso, o passaporte dos nossos filhos e netos para o século XXI.
A Operação Lava Jato, anunciou O Globo, está em seus momentos finais. É “consenso no gabinete de Raquel Dodge de que a Lava-Jato – em Curitiba – está naturalmente entrando em sua fase final”, afirmou Guilherme Amado neste domingo, 26 de agosto.
“Naturalmente”, afinal, qual serventia teria agora a Operação de Sérgio Moro? Se golpeada desde 2014, a Petrobras encontra-se esquartejada para fins de privatização, conforme sonhavam, desde os anos 1990, os neoliberais tupiniquins e principais financiadores do golpe. Essa casta capaz de roubar das gerações futuras o usufruto dos recursos provenientes do pré-sal que seria, todos sabem disso, o passaporte dos nossos filhos e netos para o século XXI.
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