A estas alturas do calendário eleitoral, um prognóstico parece inapelável: Lula, mesmo isolado e incomunicável no cárcere político, venceu a Globo e a Lava Jato, e criou um impasse monumental para a ditadura jurídico-midiática.
Roubar a eleição do Lula, tida como certa de ocorrer já no primeiro turno, agrava a ilegitimidade do regime de exceção e aumenta sobremaneira o custo político e social de manutenção da ditadura.
A posição da ONU endereçada ao Estado brasileiro, que exige respeito ao direito do Lula votar e ser votado, estreita muito a margem de manobra do bloco golpista.
A Lava Jato preparou à feição da Globo o álibi judicial para banir Lula e suas propostas eleitorais das entrevistas eleitorais e do noticiário da emissora e de toda a mídia cúmplice do regime. Este abuso, claramente discriminatório, evidencia a dimensão da brutal fraude que é a cobertura jornalística da eleição de 2018 no Brasil.
Essa violência contra Lula está sendo, porém, inócua e contraproducente. Apesar de banido do noticiário político e da crônica eleitoral e somente ser citado pejorativamente na imprensa como “preso por corrupção”, Lula é, contudo, onipresente na memória e na consciência de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras que querem elegê-lo outra vez presidente do país.
O arbítrio fascista contra Lula produziu o efeito contrário ao planejado – tanto no Brasil como no estrangeiro. O establishment não só fracassou na tentativa de assassinar política e simbolicamente o Lula, como acabou por provocar a consumação da trajetória épica que o converteu, em plena vida, no maior mito heróico do povo brasileiro.
Lula resiste à dor imposta na masmorra de Curitiba porque “já não é um humano”, mas uma ideia de igualdade, esperança e justiça que se dissemina nas vozes e nos corações da maioria do povo.
A Globo e a Lava Jato conseguiram o feito extraordinário de recuperar a influência do Lula e do PT na sociedade brasileira aos patamares historicamente mais elevados – Lula com aprovação popular superior a 60%, e o PT voltando a ser, de longe, o Partido preferido por mais de 25% da população.
Lula derrotou a vilania e o fascismo da ditadura Globo-Lava Jato. Com sua dignidade, Lula venceu os indignos.
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