terça-feira, 21 de agosto de 2018

A tragédia da reforma trabalhista

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) revelam: a taxa de subutilização da força de trabalho, conceito que agrega os trabalhadores desocupados, os subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais) e a força de trabalho potencial, foi de 24,6% no segundo trimestre de 2018. Em números absolutos, isso significa 27,6 milhões de pessoas na subutilização e 1,3 milhão de pessoas a mais nessa estatística desde o segundo trimestre de 2017.

O Brasil entre democracia e golpismo

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Ao mesmo tempo em que a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, contesta a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a vez de, nada mais, nada menos, que o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro fazer o mesmo.

Isso confirma simplesmente o temor de segmentos políticos ao líder de todas as pesquisas eleitorais e o fato de não quererem correr o risco de enfrentar Lula nas urnas.

Cai rejeição a Lula, explode a de Bolsonaro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Ibope liberou o relatório completo da pesquisa nacional divulgada ontem, o que nos permite fazer algumas comparações com o relatório de junho.

Em comentários anteriores, eu havia alertado para a rejeição gigante de Lula entre alguns segmentos influentes do eleitorado, como aqueles com ensino superior e com renda familiar acima de 5 salários.

Em junho, o percentual de entrevistados que responderiam que não votariam “de jeito nenhum” em Lula entre eleitores com ensino superior era de 45%, e o de Bolsonaro, de 38%.

Golpe é "ficha suja" mundial

Por Marcelo Zero

O golpe não cansa de encher de vergonha o Brasil. Desde a sessão de Câmara que autorizou o impeachment, descrita como uma “assembleia de bandidos, presidida por um bandido”, que o golpe distribui generosas doses de espetáculos lamentáveis de autoritarismo e violações de direitos ao planeta.

A comunidade mundial desconfiava, há bastante tempo, que o golpe foi dado por uma turma de bandidos, que apeou a presidenta honesta para se apossar e pilhar o país. No mundo todo, se sabia que havia algo de profundamente errado na atual “democracia” brasileira e que estava se instituindo um Estado de exceção que atropelava direitos e garantias individuais. Também era voz corrente, na esfera internacional, que Lula vinha sofrendo uma perseguição judicial, uma verdadeira lawfare destinada a afastá-lo das próximas eleições. Por isso, ninguém, no cenário mundial, queria ou quer muita conversa com Temer. Somos párias internacionais há tempos.

A violência xenófoba contra os venezuelanos

Do blog Resistência:

Entidade que defende a paz, solidária com os povos e anti-imperialista, o Cebrapaz se pronuncia sobre a violência xenófoba contra os venezuelanos no Brasil, praticada por grupos extremados insuflados pela direita. Leia a íntegra da nota assinada por seu presidente, Antônio Barreto:

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) repudia a violência contra imigrantes venezuelanos em Roraima, no norte do Brasil, que já teria levado mais de mil pessoas a deixar o país. Trata-se de uma manifestação xenófoba que não cabe numa nação tão rica por sua diversidade como é o Brasil.

Em atenção à ONU, debates devem ter Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A memória dos lances truculentos da campanha de 2018 já está marcada por uma cena lamentável, no debate da Rede TV. Foi aquele instante no qual, referindo-se a Lula como "bandido", Jair Bolsonaro exigiu que a tribuna que fora reservada ao candidato do PT fosse retirada dos estúdios. Bolsonaro não só obteve a concordância interesseira dos demais concorrentes - apenas Guilherme Boulos discordou - mas garantiu uma segunda punição ao candidato que lidera as pesquisas presidenciais. Se Lula já fora impedido de comparecer ao debate, o público ficou privado de um símbolo - a tribuna vazia - que serviria para recordar, a todo momento, que o mais popular presidente do Brasil encontra-se na prisão.

Como o ódio viralizou no Brasil

Por Fernanda Pugliero, na revista CartaCapital:

Nos últimos 11 anos, quase 4 milhões de denúncias relacionadas a crimes de ódio na internet foram recebidas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Isso significa que, por dia, pelo menos 2,5 mil páginas contendo evidências de crimes como racismo, neonazismo, intolerância religiosa, homofobia, incitação de crimes contra a vida, maus tratos a animais e pedofilia foram denunciadas no Brasil.

A presença militar dos EUA na América Latina

Por Mariana Serafini, no site Vermelho:

Recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que 2018 é o “ano das Américas” e deixou claro seu interesse em ampliar a influência norte-americana nos países latinos. Só este ano já passaram pelo continente sul-americano o vice-presidente Mike Pence, os secretários de Estado, e de Defesa, Rex Tillerson e James Mattis, respectivamente, e o representante do Departamento de Estado, Thomas Shannon.

FHC: despeito, vilania e carapuça

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A vaidade e a vilania fazem com que Fernando Henrique Cardoso perca, além do pudor, também as qualidades que deveria conservar como sociólogo.

No fundo, o que motivou a escrever o artigo que publica hoje no “Financial Times” foi o fato de que, em texto publicado por Lula no The New York Times o petista ter afirmado que, ao final do Governo FHC “o Brasil estava em crise” e parecia que a esperança de que poderíamos “desfrutar dos padrões de vida confortáveis ​​de nossos colegas na Europa ou em outras democracias ocidentais parecia estar desaparecendo”.

Desrespeitar a ONU é chancelar o golpe

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Foi “criminosa” a cobertura da imprensa sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que, na última sexta-feira (17 de agosto), determinou ao Brasil “tomar todas as medidas necessárias para assegurar que Lula possa exercer, mesmo enquanto estiver preso, seus direitos políticos como candidato, na eleição presidencial de 2018”.

Desde 1985, o Brasil é signatário do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP), um dos documentos fundamentais da Organização das Nações Unidas. Daí não se tratar de uma simples “recomendação” da ONU, mas de uma determinação que deve ser obedecida por todos os Estados que ratificaram esse acordo, como fez o Brasil em 1992, quando o Pacto foi aprovado pelo Congresso Nacional.

"Centrão" que apoia Alckmin é "direitão"

Por Marina Lacerda, no blog Socialista Morena:

Em todas as quatro acepções históricas –Centrão na Constituinte, Blocão de oposição a Dilma, Centrão de apoio a Temer ou o Centrão de apoio a Alckmin–, o “centrão”, como a mídia insiste em chamar o grupo político em torno do tucano, com o objetivo de torná-lo palatável aos eleitores “nem de esquerda nem de direita”, na verdade nunca foi de centro: trata-se de um grupo suprapartidário de direita, que atuou em momentos de instabilidade institucional.

Mídia segue ocultando Lula, mas sem sucesso

Debates na TV sem Lula são inúteis

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

As pesquisas CNT/MDA mostram fundamentalmente que os os dois debates realizados até agora, um na Band e outra na RedeTV, não serviram para mudar o quadro eleitoral. Pelo contrário, acentuaram a diferença entre Lula e os demais.

Isso significa que a memória que os eleitores têm do governo Lula é muito mais forte do que qualquer coisa que os candidatos possam dizer na televisão.

Some-se a isso a percepção de que o ex-presidente tem sido alvo de uma perseguição judicial, apoiada em um noticiário desonesto da velha imprensa, que inclui as principais emissora de TV e, principalmente, a Globo.

Globo sabota agenda do PT nas eleições

Da Rede Brasil Atual:

Ao dar início à cobertura das atividades eleitorais dos candidatos a presidência da República, o apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner, anunciou nesta segunda-feira (20) que "obviamente, não vai haver cobertura de campanha" do candidato do PT. A justificativa é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba. Segundo Bonner, o jornal eletrônico vai se dedicar a cobrir os eventos de campanha "dos candidatos a presidente registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mais bem posicionados na pesquisa do Ibope e do Datafolha".