Por Altamiro Borges
Até parece que não aprendemos com os erros do passado. Na véspera do golpe de 1964, muita gente boa apostou no tal “dispositivo militar” de Jango para salvar a democracia. No golpe do impeachment de 2016, muitos acreditaram em um ilusório “espírito democrático” dos generais – expresso principalmente na figura “civilizada” de Eduardo Villas Bôas.
No livro acrítico "General Villas Bôas: conversa com o comandante", escrito por Celso Castro e publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o próprio se jacta da interferência direta dos militares na conspiração golpista contra Dilma Rousseff. Até o famoso tuíte de ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma ação orquestrada pela cúpula das Forças Armadas.
terça-feira, 16 de março de 2021
Por que a EBC não deve ser privatizada
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Manifesto do Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública
O Ministério das Comunicações anunciou nesta semana o envio da Empresa Brasil de Comunicação ao Programa Nacional de Desestatização (PND). A decisão parece ser uma resposta a setores da imprensa ligados ao sistema financeiro, reproduzindo a lógica de dependência dos “mercados” da própria comunicação privada. Embora o movimento ainda envolva estudos sobre possíveis formas de privatização da empresa, foi um passo perigoso rumo à destruição da estatal. Neste sentido, trabalhadores que atuam nos setores da companhia vêm dialogar com a sociedade sobre sua natureza e importância.
O Ministério das Comunicações anunciou nesta semana o envio da Empresa Brasil de Comunicação ao Programa Nacional de Desestatização (PND). A decisão parece ser uma resposta a setores da imprensa ligados ao sistema financeiro, reproduzindo a lógica de dependência dos “mercados” da própria comunicação privada. Embora o movimento ainda envolva estudos sobre possíveis formas de privatização da empresa, foi um passo perigoso rumo à destruição da estatal. Neste sentido, trabalhadores que atuam nos setores da companhia vêm dialogar com a sociedade sobre sua natureza e importância.
O cartão de visitas de Queiroga
Por Fernando Brito, em seu blog:
O painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conass, já indica um número assustador: 2.340 mortes nas últimas 24 horas.
O número, porém, é muito maior, porque não lega em conta os dados do Rio Grande do Sul que só fecharam às 17:29h mais tarde para a rotina do Conselho (até 16 horas) e foram à apavorante cifra de 502 mortos.
Foram, portanto, 2.842 óbitos. que jogaram a média móvel para 1.966 e o número total de mortes de Covid no Brasil para 282.128.
O número, porém, é muito maior, porque não lega em conta os dados do Rio Grande do Sul que só fecharam às 17:29h mais tarde para a rotina do Conselho (até 16 horas) e foram à apavorante cifra de 502 mortos.
Foram, portanto, 2.842 óbitos. que jogaram a média móvel para 1.966 e o número total de mortes de Covid no Brasil para 282.128.
Bolsonaro detona Ludhmila e sabota o Centrão
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
O candidato do peito de Bolsonaro para o ministério da Saúde sempre foi Marcelo Queiroga, um Pazuello com diploma, que pode mudar a aparência da política sanitária mantendo sua essência negacionista.
Para não dizer não ao Centrão, que havia indicado a cardiologista Ludhmila Hajjaar, chamou-a para a conversar mas soltou os cães malditos do bolsonarismo em cima dela.
Inviabilizada a escolha, confirmou Queiroga.
A patifaria cometida contra a médica merece repúdio, especialmente da classe médica, e também das mulheres, porque não deixa de haver um traço misógino no episódio.
Bolsonaro acha-se muito esperto mas no Centrão ninguém é sonso. A turma entendeu a manobra, ficou irada e tem dito até que, se o novo ministro também fracassar, a discussão será sobre a troca de presidente, não de ministro.
O candidato do peito de Bolsonaro para o ministério da Saúde sempre foi Marcelo Queiroga, um Pazuello com diploma, que pode mudar a aparência da política sanitária mantendo sua essência negacionista.
Para não dizer não ao Centrão, que havia indicado a cardiologista Ludhmila Hajjaar, chamou-a para a conversar mas soltou os cães malditos do bolsonarismo em cima dela.
Inviabilizada a escolha, confirmou Queiroga.
A patifaria cometida contra a médica merece repúdio, especialmente da classe médica, e também das mulheres, porque não deixa de haver um traço misógino no episódio.
Bolsonaro acha-se muito esperto mas no Centrão ninguém é sonso. A turma entendeu a manobra, ficou irada e tem dito até que, se o novo ministro também fracassar, a discussão será sobre a troca de presidente, não de ministro.
Marcelo Queiroga, o novo capacho da Saúde?
Por Altamiro Borges
Após longa fritura, o capitão Bolsonaro chutou o general Pazuello. O Brasil finalmente se livrou de “Eduardo Pesadelo”, o tal "craque em logística", o incompetente cúmplice de milhares de mortes por Covid. No seu lugar, como quarto capacho no Ministério da Saúde, entra Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A mídia ainda tenta traçar o perfil do desconhecido ministro. Um ponto, porém, já é consensual. O médico formado pela Universidade Federal da Paraíba é um bolsonarista convicto. Fez campanha para o neofascista em 2018 e integrou sua equipe de transição. Ele tem tudo para ser tão servil como o milico humilhado e defenestrado – “o presidente manda e eu obedeço”, balbuciava o general.
Após longa fritura, o capitão Bolsonaro chutou o general Pazuello. O Brasil finalmente se livrou de “Eduardo Pesadelo”, o tal "craque em logística", o incompetente cúmplice de milhares de mortes por Covid. No seu lugar, como quarto capacho no Ministério da Saúde, entra Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A mídia ainda tenta traçar o perfil do desconhecido ministro. Um ponto, porém, já é consensual. O médico formado pela Universidade Federal da Paraíba é um bolsonarista convicto. Fez campanha para o neofascista em 2018 e integrou sua equipe de transição. Ele tem tudo para ser tão servil como o milico humilhado e defenestrado – “o presidente manda e eu obedeço”, balbuciava o general.
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