domingo, 17 de maio de 2020
O pior dos pesadelos vai virando realidade
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os números, hoje e amanhã, talvez não assustem, porque nossos registros de casos e mortes do novo coronavírus já solidificaram a rotina de serem ainda mais subnotificados aos finais de semana.
Mas, na próxima, tenha a certeza, já seremos o país com o terceiro maior número de casos da doença e atrás apenas dos EUA e da Rússia, assim mesmo porque esta última tem mais casos registrados porque testa 12 vezes mais que nós.
Estas comparações não são, é claro, uma espécie de campeonato mórbidos, mas devem servir para que possamos avaliar o que estamos fazendo frente ao que outras nações fizeram e o que isso representou em redução dos danos causados pela pandemia.
Mas, na próxima, tenha a certeza, já seremos o país com o terceiro maior número de casos da doença e atrás apenas dos EUA e da Rússia, assim mesmo porque esta última tem mais casos registrados porque testa 12 vezes mais que nós.
Estas comparações não são, é claro, uma espécie de campeonato mórbidos, mas devem servir para que possamos avaliar o que estamos fazendo frente ao que outras nações fizeram e o que isso representou em redução dos danos causados pela pandemia.
Mortes no Brasil. A culpa é do Bolsonaro
Manaus, 15/5/20, sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida Foto: Alex Pazuello/Semcom |
É um caso patológico. No quebra-queixo com os jornalistas na manhã desta quinta-feira 14, na porta do Palácio do Alvorada, bem ao lado do curral onde estão confinados seus apoiadores, Jair Bolsonaro voltou a tratar da pandemia como se não tivesse nada a ver com o assunto. Aliás, desde a madrugada ele estava (ou se sentia) provisoriamente autorizado a agir de forma irresponsável. Uma MP em proveito próprio e em favor do ministro Paulo Guedes, editada na penumbra da noite, exime autoridades de futuros processos cíveis e administrativos quando comprovadas falhas no combate ao coronarívus, exceto se comprovados dolo ou erro grosseiro.
Bolsonaro sabota esforços contra a pandemia
Carreata contra quarentena, Av. Paulista, São Paulo, 17/5/20 Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas |
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificou como “atitude sabotadora” a insistência do presidente Jair Bolsonaro de acabar com qualquer estratégia de isolamento social contra o contágio pelo novo coronavírus. “Estamos vendo uma atitude de sabotagem objetivamente liderada pelo próprio Bolsonaro. É possível que nossos esforços no sentido de maior prevenção, para salvar vidas, em larga medida se percam”, disse hoje (16).
Coronavírus ampliará desigualdades sociais
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Muito se alardeou por aí que a pandemia do coronavírus seria, relativamente democrática, na medida em que crises sanitárias dessa natureza não destingiriam classe social, raça ou gênero.
De fato, o vírus não escolhe o encubado, todos estão sujeitos à sua contração. No entanto, as consequências de tipo de infecção são diferentes em realidades socioeconômicas distintas.
A pandemia do coronavírus tende a alargar o fosso das desigualdades sociais e econômicas em, pelo menos, duas dimensões. A primeira delas é entre os territórios nacionais. Ainda que inicialmente propagada nos países mais ricos, as consequências do contágio sob a saúde e os impactos econômicos são deveras distintos entre as nações.
De fato, o vírus não escolhe o encubado, todos estão sujeitos à sua contração. No entanto, as consequências de tipo de infecção são diferentes em realidades socioeconômicas distintas.
A pandemia do coronavírus tende a alargar o fosso das desigualdades sociais e econômicas em, pelo menos, duas dimensões. A primeira delas é entre os territórios nacionais. Ainda que inicialmente propagada nos países mais ricos, as consequências do contágio sob a saúde e os impactos econômicos são deveras distintos entre as nações.
A democracia das redes em tempos de milícias
Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:
Ao ser demitido, o ex-ministro, ex-juiz e integrante do governo Sérgio Moro foi convertido em inimigo de Estado e, ao ser colocado na posição de antagonista, passou também para o ataque. Dessa feita, o embate entre Moro e Bolsonaro revela estratégias diferentes de atuação política e, mais interessante, usos diferentes da rede social: enquanto Moro desenvolve o método de guerra híbrida, Bolsonaro faz das suas milícias digitais uma atuação de rede com base no engajamento de guerrilhas.
Crime de Bolsonaro ultrapassa fronteiras
Charge: Marian Kamensky/Áustria |
As consequências do descaso do governo Bolsonaro com a propagação do coronavírus ultrapassam as fronteiras brasileiras. O presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, em visita à cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil em Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (13), disse que não vai reabrir a Linha Internacional entre os dois países porque o Brasil é uma grande ameaça.
A irresponsabilidade de Bolsonaro diminuiu o tamanho do Brasil na geopolítica local. O país poderia estar liderando uma ação conjunta regional, tanto no isolamento social quanto no suprimento das necessidades básicas para a sobrevivência das populações locais.
Bolsonaro quer modelo sueco contra Covid-19
Painel Covid-19, 17/5/20, Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Johns Hopkins University |
Na tenebrosa conversa com empresários onde anunciou que está preparando uma guerra aos governadores, Bolsonaro disse tem um modelo para enfrentara covid-19, inspirado na Suécia.
É uma afirmação terrível. Mostra que os erros, desvios e manobras desastrosas que Bolsonaro tem cometido desde que a pandemia chegou ao país não são fruto do desconhecimento nem de mal-entendidos. É caso pensado.
Conhecida por ter inventado o Estado de Bem-Estar Social, em 1920, ponto de partida para o nascimento de uma das sociedades mais prósperas e equilibradas do planeta, o desastre acumulado pela Suécia na luta contra o coronavírus é um caso antológico
Os apoiadores de Bolsonaro
Por André Singer, no site A terra é redonda:
A última pesquisa do instituto Datafolha, realizada no dia 27 de abril, mostrou um quadro novo, uma perda do apoio ao presidente Bolsonaro nos segmentos de renda mais alta.
Mais precisamente no setor de renda acima de 10 salários mínimos e, em parte, também no setor com renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos.
Esses dados confirmam o que se podia antever já em meados de março, quando começaram os panelaços contra o presidente.
A partir daquele momento o presidente começou a participar de manifestações que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
A última pesquisa do instituto Datafolha, realizada no dia 27 de abril, mostrou um quadro novo, uma perda do apoio ao presidente Bolsonaro nos segmentos de renda mais alta.
Mais precisamente no setor de renda acima de 10 salários mínimos e, em parte, também no setor com renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos.
Esses dados confirmam o que se podia antever já em meados de março, quando começaram os panelaços contra o presidente.
A partir daquele momento o presidente começou a participar de manifestações que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
Mentiras e covardia da Folha contra Cuba
Charge: http://www.cubadebate.cu/ |
Cuba é um país pequeno, pobre e há sessenta anos agredido militar e economicamente pelos Estados Unidos, a mais rica e poderosa potência militar que o mundo moderno conheceu.
Cuba enfrentou doze presidentes dos EUA – democratas e republicanos, pretos e brancos, insanos e sadios – e já enterrou seis deles, mas nunca se rendeu, nunca se vendeu, nunca se acocorou.
Uma das virtudes da Revolução Cubana reconhecida até por seus piores inimigos é a generosidade.
Desde 1960, dezenas de milhares de médicos cubanos socorrem populações em todo o mundo.
Da América Latina à Ásia, do sul da África à Europa.
Uma chance para a farda
Por Manuel Domingos Neto
Ao dizer que, apoiando Bolsonaro o militar brasileiro rumou para as Malvinas, Héctor Saint Pierre, dono de um portunhol irrepreensível, cunhou metáfora perfeita: não há artifício capaz de esconder a responsabilidade da farda na construção da tragédia brasileira.
O atento Jânio de Freitas observou que o vice-presidente, ao assinar o nome completo em seu último artigo no Estadão, talvez tenha pretendido insinuar uma impossível separação entre sua imagem pessoal e a do Exército.
Ao dizer que, apoiando Bolsonaro o militar brasileiro rumou para as Malvinas, Héctor Saint Pierre, dono de um portunhol irrepreensível, cunhou metáfora perfeita: não há artifício capaz de esconder a responsabilidade da farda na construção da tragédia brasileira.
O atento Jânio de Freitas observou que o vice-presidente, ao assinar o nome completo em seu último artigo no Estadão, talvez tenha pretendido insinuar uma impossível separação entre sua imagem pessoal e a do Exército.
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