terça-feira, 21 de maio de 2019

Mídia já descarta Bolsonaro, o disfuncional

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, um setor expressivo da mídia monopolista reforçou a artilharia contra Jair Bolsonaro. Em editorial, o Estadão tratou o governante como “uma ameaça à nação”; já O Globo decretou que “assim não se governa”. A Folha voltou a criticar sua postura ditatorial. Após ajudar a chocar o ovo da serpente fascista que levou o “capetão” à presidência da República, vários veículos agora temem a postura truculenta do novo governante.

Temendo fiasco, Bolsonaro desiste de ir a ato

Por Altamiro Borges

A agência de notícias Reuters confirmou na tarde desta terça-feira (21) que o “valentão” Jair Bolsonaro, que adora posar de arminha na mão, desistiu de participar do ato convocado por organizações neofascistas para o próximo domingo. Em postagens terroristas nas redes sociais, o próprio presidente vinha impulsionando a manifestação – que passou a ser tratada pelos bolsonaristas como um ato pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, contra setores da mídia e como contraponto aos movimentos sociais que realizaram o “tsunami da educação” na semana passada.

Mídia torce pela "reforma" da Previdência

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As perversidades e as mentiras da reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro precisam ser expostas com urgência caso a sociedade brasileira pretenda manter um sistema de Seguridade Social. Esta foi a síntese do Seminário O golpe da Previdência e a batalha da comunicação, realizado no dia 17 de maio, em São Paulo, pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Bolsonaro convoca sua marcha sobre Roma

Por Gilberto Maringoni

A Roma agora fica no Planalto Central, para onde são convocadas as hordas do fanatismo paubrasil. Os alvos visíveis são o STF, o Congresso, as “corporações” e a “classe política”. Há sofisticação adicional nesse angu.

Analogias históricas são sempre arriscadas. Diferentemente de Mussolini, em sua jornada de 28 de outubro de 1922, o brasileiro já está no poder. A Marcha – à qual o futuro Duce não esteve presente – foi um gigantesco blefe – ou aposta – que os partidários do Partido Nacional Fascista fizeram sobre a monarquia e outros setores da direita. A meta era obter a nomeação Benito Mussolini – que se elegera para o Parlamento em 1921 – como primeiro-ministro. No final daquele 1922, o rei Vittorio Emanuele III o indicaria como chefe do gabinete, que formaria um governo com crescentes poderes.

A cruzada bolsonarista contra a ciência

Por Bruna Pastro Zagatto, Charbel El-Hani, José Geraldo Aquino Assis, Luiz Enrique Vieira de Souza, Rafael Azize e Ricardo Dobrovolski, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Os cortes e contingenciamentos de recursos no ensino superior foram anunciados pelo governo Bolsonaro como parte das medidas supostamente necessárias para a garantia do ajuste fiscal e do saneamento das contas públicas. Ao promover a asfixia financeira das universidades, o presidente colocou em prática uma estratégia que tem dois objetivos centrais. Além de ganhar terreno em sua guerrilha cultural contra todas as formas de pensamento crítico e pesquisas empíricas rigorosas (sempre um contraponto aos malabarismos verbais do Executivo), o governo busca legitimar a reforma da Previdência, sugerindo que os cortes orçamentários eventualmente não seriam necessários se houvesse consenso quanto ao endurecimento das regras para a aposentadoria.

Fukuyama e o avanço da extrema direita

Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:

Em entrevista à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) no Chile, Francis Fukuyama, que ficou famoso após a publicação da obra O fim da história e o último homem, na década de 1990, comenta seu novo livro, Identidades: a exigência de dignidade e a política do ressentimento. Ele diz que que vê com preocupação o avanço da ultra direita, do nacionalismo e dos “populismos”, uma ameaça à democracia liberal, acompanhada do livre mercado. Em seu livro anterior, Fukuyama disse, para justificar a sua tese, que, com o colapso do "socialismo real", o mundo havia encontrado sua forma mais razoável de organização social.

Deforma da previdência e a nossa juventude

Por José Raimundo Trindade, no site Carta Maior:

Na ultima semana fui convidado para debater a PEC 06/19 (Reforma da Previdência) com um grupo de estudantes de ensino fundamental. A grande maioria deles tinha em torno de 17 anos, sendo que tratar com a juventude um tema que sempre remete a outra etapa da vida, aos trabalhadores idosos, constitui um desafio. Por outro geralmente o entendimento do “tempo que passa” é sempre bastante difícil de ser apreendido principalmente nesta fase ainda juvenil da vida, em que tudo parece ser imediato, porém temos que estabelecer o diálogo sobre tema tão importante com aqueles que serão os mais atingidos pela barbárie que quer se impor no país.

Bolsonaro menospreza a crise econômica

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Há algo de muito errado com a economia brasileira.

De 2014 a 2019, o ritmo médio de nosso crescimento econômico foi de tristes 0,6% ao ano, supondo que a economia cresça 1,7% este ano numa projeção otimista. Como a população brasileira aumenta a uma taxa superior a essa, a renda per capita do país tem encolhido desde então.

Em termos objetivos: o brasileiro médio de 2013 era mais rico do que o brasileiro médio de 2019. Já são seis anos que o país empobrece. A possibilidade de que tenhamos uma nova “década perdida” em termos de crescimento econômico é cada vez mais real.


Jair Bolsonaro, um idiota inútil

Por Daniel Ribeiro, no site Pensar Piauí:

Grandes momentos da história mundial foram protagonizados por movimentos estudantis. Delimitando-se ao nosso Brasil destaca-se, na década de 80, a luta por Diretas Já, em busca da redemocratização do país. Em seguida, com “os caras pintadas” na década de 90, que culminou com o afastamento do então presidente Fernando Collor.

Será Bolsonaro um novo Geisel?

Por Paulo Cannabrava Filho, no site Diálogos do Sul:

“Bolsonaro criminalizou o Parlamento”, dizia título de primeira página do Estadão, ao utilizar expressões como “velha” e “nova política”. Este é um fato, mas é apenas a ponta de um iceberg. O Judiciário já havia criminalizado a política, o que é muito mais grave. E tem mais.

Agora temos um governo de ocupação - com oito generais, um almirante e um brigadeiro e outros 100 de diferentes hierarquias nos mais diversos postos do governo - que criminalizou todos os que lhe são contrários. Está exacerbando o clima de enfrentamento da campanha eleitoral, só que no exercício do mandato.

Habeas Corpus de ofício para Lula: urgente!

Ilustração digital sobre fotografia de Ricardo Stuckert/Gladson Targa
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

As instituições de Justiça de nosso país, especialmente a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, continuam ignorando as provas cabais que surgiram neste ano de 2019 sobre as ilegalidades e abusos de poder que fizeram de Lula um preso político.

Sempre se soube que a condenação e a prisão desse cidadão brasileiro não observaram o devido processo legal e nem qualquer princípio de isonomia ou de razoabilidade, mas as provas disso nunca haviam sido tão explicitadas. Se a cúpula da Justiça tem dificuldade de ordenar e ligar os pontos, eu posso fazer esse trabalho e divulgar aqui. Fiquem à vontade para utilizá-lo, mas não aleguem que o fato não é problema do STF.

Acuado, Bolsonaro parte para o confronto

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A leitura dos jornais e portais desta segunda-feira, além de uma rápida olhada nas redes sociais, deixa claro que o governo Jair Bolsonaro é finito. Virou pó.

Com a base parlamentar esfacelada, depois de perder o apoio no mercado e na mídia, o capitão reformado resolveu partir para o confronto com as instituições e o povo que saiu às ruas na semana passada.

No desespero, publica seguidas mensagens para insuflar seus seguidores contra o Congresso e o Supremo no ato marcado para o próximo domingo pelas milícias do zap-zap.

Me lembra muito o que Fernando Collor fez em 1992, pouco antes de ser impichado, ao convocar a população para ir às ruas de verde amarelo em defesa do seu governo.