quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Embraer-Boeing: crime de lesa-pátria!

Por Altamiro Borges

O jornal ianque 'Wall Street Journal' revelou nesta quinta-feira (21) que Boeing e Embraer “negociam a fusão”. De imediato, a mídia nativa, com seu complexo de vira-lata, festejou o anúncio, afirmando que “as ações da empresa brasileira dispararam cerca de 40% na Bolsa de Valores” – registrou o G1, “o portal de notícias da Globo”. Na prática, não é uma fusão que está em curso, mas sim a venda de uma empresa nacional de tecnologia de ponta – que tem uma receita de 1,3 bilhão de dólares e na qual o governo brasileiro tem poder de veto – para uma poderosa multinacional dos EUA, cuja receita é US$ 24,3 bilhões.

O presente de Natal para o agronegócio

Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

Depois de muitas idas e vindas, 14 de dezembro foi enfim um dia de decisão em Brasília: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmou que a votação da reforma da Previdência ficou para fevereiro de 2018, o que praticamente decretou o fim das atividades no Legislativo. Neste mesmo dia 14, no entanto, o Senado aprovou um belo presente de Natal para o agronegócio: o Programa de Regularização Tributária Rural (PRR). O projeto de lei, que aguarda a sanção do presidente Michel Temer nos próximos dias, concede uma isenção bilionária a devedores do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural), um imposto aplicado sobre o comércio da produção agrícola.

A economia global à espera de outra crise

Por Martin Khor, no site Outras Palavras:

A crise financeira asiática começou há 20 anos, enquanto a crise financeira global e a recessão estouraram nove anos atrás, em 2008. Quando uma nova crise financeira global sobrevier, os países em desenvolvimento serão ainda mais prejudicados do que na última, pois tornaram-se menos resistentes e mais vulneráveis. Eles precisam, portanto, se preparar para o que inevitavelmente virá.

O debate agora é sobre quando a nova crise explodirá. A maioria dos economistas e comentaristas, entretanto, não raciocina nesses termos; para eles, estamos em meio a uma recuperação econômica, apesar de reconhecidamente fraca, nas economias desenvolvidas.

Mundo estará de olho no julgamento de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O julgamento do ex-presidente Lula está marcado para as 8h30min do dia 24 de janeiro de 2018 na Sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, na rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 300, no Centro Administrativo Federal, no bairro de Praia de Belas, em Porto Alegre.

A 8ª turma desse tribunal é composta pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus. Além desses três, o presidente do TRF4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lens, tem tido um papel em todo esse processo apesar de não fazer parte da turma que irá julgar Lula.

Aprovação de Lula supera a de Sergio Moro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Agora entendi porque o Estadão escondeu, em seu portal da internet, o infográfico completo dos números do Ipsos para aprovação e rejeição dos principais agentes políticos do país.

A informação ficou restrita aos assinantes, ou seja, a uma ínfima minoria dos internautas que visitam o site do jornal.

É que Lula ultrapassou Sergio Moro na relação aprovação/rejeição.

Crise que atinge sindicatos ameaça o Dieese

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A dois dias de completar 62 anos, o Dieese enfrenta aquela que, na avaliação de seu diretor técnico, Clemente Ganz Lúcio, é a mais severa crise entre as muitas de sua existência, sob impacto da situação difícil do próprio movimento sindical, que o sustenta, e do próprio Estado, parceiro do instituto em vários projetos. Há risco de fechamento, inclusive, e para evitar isso o Dieese lançou uma campanha de apoio institucional.

Direita produz caos para impor sua política

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Faz alguns anos, a escritora canadense Naomi Klein publicou um livro de grande interesse para entendermos o tempo em que vivemos. Chama-se A Doutrina do Choque. O livro mostra em detalhes várias situações em que um mesmo modo de operar foi utilizado por forças reacionárias para impor “ajustes” que os cidadãos rejeitariam em condições normais. O modo de operar é aproveitar ou criar um clima de choque.

Ela diz que esse é o “método preferencial para promover os objetivos das corporações: aproveitar os momentos de trauma coletivo e implementar uma engenharia social e econômica radical.”

A "Juventude Caldeirão" de Luciano Huck

Por Daniel Vargas, na revista CartaCapital:

O mais "novo" fenômeno da política brasileira é a "juventude caldeirão". Formada por legião de "jovens", entre 35 e 50 anos, adeptos ao bom-mocismo, ela é a nova aposta dos bilionários e da ala mais conservadora da mídia. Seu líder e garoto-propaganda é Luciano Huck. Sua marca principal é superar as polarizações. De “novo”, na verdade, não possui nada: nem a idade, nem as ideias, muito menos o coração.

Temer, Parente e o feirão da Petrobras

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer e Pedro Parente anunciam nesta quinta-feira, no Planalto, o “Plano de Negócios e Gestão” da Petrobrás para o período 2018-2022. A palavra “investimentos” não aparece no título mas a área de refino segue crítica, com obras de novas refinarias paradas e o risco real de desabastecimento de derivados dentro de poucos anos, numa situação que não exclui o racionamento. Pelo andar da carruagem, vão dizer que a grande feira continua, com a venda de mais ativos da empresa.

Cerco a Lula lembra JK

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

No regime militar, quando o general-presidente Ernesto Geisel anunciou que iria fazer “abertura lenta, gradual e segura”, ele queria dizer que poderia haver democracia, mas não tanto. Era preciso evitar, por exemplo, que lideranças democráticas ressurgissem com força. A lupa estava em Juscelino Kubitschek, que passou a ser ainda mais cercado, até sua morte, em agosto de 1976.

Aliás, veio em bom momento a coluna “Quem Matou JK?”, de Urariano Mota, aqui no Vermelho, sobre o assassinato do ex-presidente Juscelino Kubitschek. É um relevante aspecto da história recente do Brasil, que merece ser lembrado pela sua própria relevância e pela coincidência com o momento atual.