domingo, 26 de maio de 2019

O primeiro grande erro tático de Bolsonaro

Por Gilberto Maringoni

Aparentemente, Bolsonaro cometeu seu primeiro grande erro tático. Percebeu isso ao longo da semana – baseado nos serviços de informação, ao que tudo indica – e tentou se afastar das manifestações. Estas foram de médias a fracas nas 56 cidades listadas pela Globo News. Nas condições atuais de comparação com o 15M, representam um fracasso completo.

Bolsonaro não passa de um fascista tardio

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

No debate político é importante dar nome às coisas. E dar-lhes o nome correto. Afirmar que Bolsonaro é fascista é ir além de dizer que se trata de um conservador, um reacionário ou um governante de direita. Isso ele é, mas é perfeitamente possível ser direitista e não ter afinidade com o fascismo. Muitos políticos de direita foram e são antifascistas. Tampouco significa que é um autoritário no plano ideológico e capaz de atitudes e comportamentos violentos. Sempre foi assim, como demonstrou ao longo da vida, por meio de palavras e gestos, mas não se trata desse aspecto aqui.

'Centrão' e o monstro que ajudou a criar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não foram tantas nem tão imensas quanto as do dia 15, mas foram muitas e, várias delas, grandes as manifestações do bolsonarismo, hoje. Menores e menos espalhadas que as do dia 15, mas isso não não as faz irrelevantes.

Infelizmente para toda a sociedade, o fascismo despertou, espalhou-se e consolidou-se numa força real, poderosa e doentia da vida política brasileira.

Não são os “maluquinhos úteis”.

Estudantes disparam rejeição a Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A mais nova pesquisa XP/Ipespe sobre o governo Bolsonaro não revelou, apenas, que a popularidade do governo federal e a de seu titular continuam caindo; devido à disparada das avaliações ruim/péssimo e de várias respostas dos entrevistados, agora se sabe que a manifestação dos estudantes, em 15 de maio, DESMORALIZOU de vez a imagem de Bolsonaro.

As eleições na Europa das desigualdades

Por Roberta Carlini, no site Carta Maior:

Poucos dias antes das eleições para o Parlamento Europeu acaba de ser divulgado um exaustivo trabalho sobre as desigualdades no continente, e que nos diz algo mais sobre o estado atual da Europa do que apenas pesquisar e analisar parâmetros financeiros ou avaliar o risco de governos e instituições comunitárias.

Trata-se de um estudo de longo prazo, esse período de tempo que é desconhecido para a política. Ele vem do banco de dados de desigualdades mundiais (WID), uma rede de centenas de pesquisadores coordenados pelo grupo liderado por Thomas Piketty, autor do best-seller de alguns anos atrás, Capital no século XXI, o qual reúne dados de inquéritos por amostragem, contabilidade nacional e fiscal.

Bolsonaro e a lógica do 'governo sitiado'

Por Rodrigo Vianna, na revista Fórum:

Pesquisa da XP, ligada ao mercado financeiro, indica que a desaprovação a Bolsonaro pela primeira vez ultrapassou a aprovação. O índice de Ruim/Péssimo cresceu quase vinte pontos, passando de 17% para 36% em apenas três meses. No mesmo período, o índice de Ótimo/Bom recuou de 40% para 31%.


Atos por Bolsonaro fracassam no país


Os atos a favor do governo Bolsonaro neste domingo (26) ficaram aquém das expectativas dos apoiadores do governo e foram menores do que os atos de 15 de maio, contra o contingenciamento de verbas na educação pública federal.

Segundo balanço do Portal G1 às 17h de hoje, os atos em favor de Bolsonaro somaram 122 cidades de 21 estados, mais o Distrito Federal. No dia 15, com medição também às 17h, os protestos alcançaram 162 cidades dos 26 estados do país, mais o Distrito Federal, sendo que o dia terminou com atos em 222 cidades.

A agenda econômica e a balbúrdia política

Editorial do site Vermelho:

As controvérsias no campo que apoia o governo Bolsonaro são uma clara demonstração das causas que corroem a sua sustentação política. Em cinco meses, ele conseguiu a façanha de desagradar mais do que agradar aos seus aliados de campanha. Óbvio, é preciso considerar que boa parte da base que sustentou a sua candidatura, sobretudo no segundo turno, o fez por razões conjunturais. Havia um clima de pressão política e uma atmosfera criada pelos ventos do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff de 2016 que favoreceram a sua vitória.