sexta-feira, 15 de abril de 2016

Não dá pra confiar no Congresso. Às ruas!

Por Altamiro Borges

Na manhã desta sexta-feira (15), quando o correntista suíço Eduardo Cunha deu início à vergonhosa sessão pelo impeachment da presidenta Dilma, os movimentos sociais foram às ruas contra o "golpe dos corruptos". Trabalhadores rurais bloquearam estradas em vários Estados; lideranças populares ocuparam ruas e praças nas capitais; teve até greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Salvador (BA). Tudo indica que estas ações vão crescer ainda mais até domingo, data prevista para a votação na Câmara Federal. Os movimentos sociais sabem que não podem confiar nos "nobres deputados" - alvos da sedução da mídia e do balcão de negócios da quadrilha que deseja assaltar o Palácio do Planalto.

Lula: "Vamos derrotar o impeachment"

STF se tornou um par perfeito para Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O STF é uma espécie de par perfeito para Eduardo Cunha, como se viu ontem nos julgamentos finais de liminares do governo antes da votação de domingo.

Cunha está promovendo um golpe por vingança. Queria que o governo o ajudasse a escapar das consequências de seus múltiplos atos corruptos.

Os suíços documentaram suas contas secretas, que ele negara nesta mesma Câmara que quer desalojar Dilma.

Só para lembrar: Cunha comanda o show

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lamentável sob qualquer ponto de vista, a mudança de cadeiras na Comissão de Ética da Câmara, que tem em mãos o destino do suíço Eduardo Cunha, é um episódio revelador sobre os verdadeiros interesses em jogo neste domingo, quando 513 deputados irão tomar a decisão política mais importante de sua geração, ao examinar um absurdo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Como se pode verificar pela simples leitura dos jornais, Cunha é o verdadeiro maestro do espetáculo. Marcou datas, definiu regras e ritos.

Mídia golpista faz guerra psicológica

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

Uma guerra psicológica orquestrada para desmobilizar quem é contra o golpe. É assim que o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Lalo Leal Filho, define o comportamento da mídia na veiculação de matérias sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Temer e a legião dos traidores

Por Alceu Luís Castilho, no site Outras Palavras:

A frase de Júlio César a Brutus provavelmente nunca foi dita: “Até tu, meu filho?” Hoje, na cena brasileira, seria impensável. Pois a presidente traída precisa comunicar à imprensa a reação ao vice-presidente traidor, que, por sua vez, terá exposto pela imprensa a própria traição. Sem diálogo direto entre os protagonistas. Vivemos em tempos de traição mediada, onde os meios de comunicação são utilizados como instrumento político. A própria mídia, que gosta de se apresentar como defensora da democracia, aparece como Judas central dessa história.

"Lula 2018" assombra a Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Seja qual for o resultado da votação no domingo (dia 17), um fantasma já assombra a direita brasileira – que, conduzida pela Globo/Cunha/Temer/Moro/Serra/FHC levou o país a um transe antidemocrático.

Esse fantasma aparece não só nas conversas de bastidor. Mas ganha as redes, e agora os muros: “Lula 2018!”

Pelo menos duas inscrições surgiram durante esta madrugada, na região central de São Paulo.

O poder econômico no jogo do impeachment

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Por oito votos a três, o STF decidiu no ano passado que as doações de empresas às campanhas eleitorais são inconstitucionais. Representam, disseram alguns dos oito que votaram na tese da OAB, uma indevida interferência do poder econômico no funcionamento da democracia. E o que dizer então da poderosa campanha do empresariado organizado a favor da derrubada da presidente Dilma Rousseff através de um processo golpista travestido de impeachment?

A crise e a caça às bruxas

Por Rosana Pinheiro-Machado, na revista CartaCapital:

Eu tinha oito anos de idade quando algumas crianças apontaram para mim e gritaram “demônio, filha de comunista”.

Eu fui crescendo, a democratização foi se consolidando e as acusações pararam de acontecer. Tornei-me adolescente com o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. Todo mundo queria fazer fila para comer no McDonalds recém-inaugurado.

Conforme os ares da ditadura iam ficando para trás, meu pai comunista se transformava mais em folclore do que uma ameaça. Eu me tornei adulta acreditando que eu podia ser bizarra de esquerda, mas ainda sim eu desfrutaria de uma liberdade que meus pais e meus tios nunca desfrutaram.

Golpistas, a guerra vos espera!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 49 Antes de Cristo (ac), o ditador romano Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separava a Gália Cisalpina da Itália. O Senado Romano proibira que o exército do Império transpusesse a fronteira. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou frase em dialeto local traduzida em latim popular como “Alea jacta est” (A sorte está lançada).

Os dois lados do mapa do impeachment

Por Jeferson Miola

O mapa do impeachment está desenhado. Ele tem dois lados:

- num lado, Michel Temer, personagem sorumbático e traidor que passa as horas vagas de vice “decorativo” conspirando para derrubar a Presidente que lhe fez vice-presidente sem que ele tenha recebido um único voto popular; e

- noutro lado, Dilma, Presidente eleita com 54.501.118 votos que jamais participou de conspiração ou traição, mesmo quando foi torturada pelos fascistas que deram o golpe de 1964.

Dilma/Lula ou Temer/Cunha?

Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:

A argumentação de quem quer o impeachment de Dilma em geral se centra nas críticas à presidenta mas praticamente ignora o assunto de quem assumirá o cargo de presidente caso Dilma seja afastada. Entretanto, só é possível ter uma opinião minimamente coerente sobre a questão se levar-se em conta quem substituiria Dilma, que no caso é Michel Temer, e quem assumiria o lugar atual de Temer, que no caso é Eduardo Cunha. Como conclusão, fica claro que a escolha que os(as) deputados(as) farão no domingo é se governarão Dilma e Lula – respectivamente a primeira e a segunda figura do governo (se o STF permitir que Lula seja ministro da Casa Civil) – ou Temer e Cunha, respectivamente a primeira e a segunda figura de um eventual governo Temer.

O mundo rejeita "o golpe dos corruptos"


Por Marcelo Zero

A comunidade mundial está perplexa. Não consegue entender direito o que se passa no Brasil. Sobretudo, não consegue entender como uma presidenta sabidamente honesta pode ser afastada por adversários que são sabidamente corruptos e desonestos.

A comunidade internacional simplesmente não consegue entender a farsa monumental daquilo que alguns já chamam de “o golpe dos corruptos”.

O morro mandou avisar: não passarão!