Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:
A argumentação de quem quer o impeachment de Dilma em geral se centra nas críticas à presidenta mas praticamente ignora o assunto de quem assumirá o cargo de presidente caso Dilma seja afastada. Entretanto, só é possível ter uma opinião minimamente coerente sobre a questão se levar-se em conta quem substituiria Dilma, que no caso é Michel Temer, e quem assumiria o lugar atual de Temer, que no caso é Eduardo Cunha. Como conclusão, fica claro que a escolha que os(as) deputados(as) farão no domingo é se governarão Dilma e Lula – respectivamente a primeira e a segunda figura do governo (se o STF permitir que Lula seja ministro da Casa Civil) – ou Temer e Cunha, respectivamente a primeira e a segunda figura de um eventual governo Temer.
Independentemente dos números divulgados sobre as perspectivas da votação, a disputa tem um alto grau de indefinição. A regra definida por Eduardo Cunha e aceita pela maioria dos(as) ministros(as) do STF sobre a ordem de votação por Estados também pode influenciar favoravelmente ao impeachment. Está bastante claro que o argumento jurídico para pedir o afastamento de Dilma, que são as operações contábeis com os bancos estatais, não só é desproporcional como deveria então ser defendido também para as ações da maioria dos(as) governadores(as) e vários ex-presidentes. Enfim, a questão que move a disputa, no fundo, é política, entre progressismo e conservadorismo.
A argumentação de quem quer o impeachment de Dilma em geral se centra nas críticas à presidenta mas praticamente ignora o assunto de quem assumirá o cargo de presidente caso Dilma seja afastada. Entretanto, só é possível ter uma opinião minimamente coerente sobre a questão se levar-se em conta quem substituiria Dilma, que no caso é Michel Temer, e quem assumiria o lugar atual de Temer, que no caso é Eduardo Cunha. Como conclusão, fica claro que a escolha que os(as) deputados(as) farão no domingo é se governarão Dilma e Lula – respectivamente a primeira e a segunda figura do governo (se o STF permitir que Lula seja ministro da Casa Civil) – ou Temer e Cunha, respectivamente a primeira e a segunda figura de um eventual governo Temer.
Independentemente dos números divulgados sobre as perspectivas da votação, a disputa tem um alto grau de indefinição. A regra definida por Eduardo Cunha e aceita pela maioria dos(as) ministros(as) do STF sobre a ordem de votação por Estados também pode influenciar favoravelmente ao impeachment. Está bastante claro que o argumento jurídico para pedir o afastamento de Dilma, que são as operações contábeis com os bancos estatais, não só é desproporcional como deveria então ser defendido também para as ações da maioria dos(as) governadores(as) e vários ex-presidentes. Enfim, a questão que move a disputa, no fundo, é política, entre progressismo e conservadorismo.
Com a indicação de Lula para a Casa Civil, Dilma terá condições de alcançar resultados bastante positivos no balanço de seus 8 anos de governo. No caso de um governo Temer/Cunha, o conservadorismo mais profundo tomará conta do governo federal, e o Brasil interromperá sua trajetória relativamente rápida para deixar de ser um país pobre e se tornar um país de classe média, nem que seja de classe média baixa. Com Temer/Cunha, esse Brasil de classe média vai ter que esperar mais algumas décadas.
Porém, independentemente do resultado da votação, o progressismo brasileiro tem uma tarefa para as eleições de 2018: realizar primárias abertas em dois turnos para a definição do(a) seu(sua) candidato(a) presidencial. Assim, todos(as) os(as) eleitores(as) do Brasil, filiados ou não a algum partido político, poderiam votar para escolher a candidatura progressista presidencial para 2018. Nesse caso, o PT poderia apresentar um(a) candidato(a), o PCdoB outro(a), o PDT outro(a), quem sabe o PSOL outro(a), e por que não outros partidos também? A política brasileira vai mudar bastante após este domingo, mas o campo progressista tem nas primárias abertas a melhor perspectiva de futuro.
Porém, independentemente do resultado da votação, o progressismo brasileiro tem uma tarefa para as eleições de 2018: realizar primárias abertas em dois turnos para a definição do(a) seu(sua) candidato(a) presidencial. Assim, todos(as) os(as) eleitores(as) do Brasil, filiados ou não a algum partido político, poderiam votar para escolher a candidatura progressista presidencial para 2018. Nesse caso, o PT poderia apresentar um(a) candidato(a), o PCdoB outro(a), o PDT outro(a), quem sabe o PSOL outro(a), e por que não outros partidos também? A política brasileira vai mudar bastante após este domingo, mas o campo progressista tem nas primárias abertas a melhor perspectiva de futuro.
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