sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

GloboNews põe suas tropas pela intervenção

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A GloboNews colocou seus batalhões na avenida e está repercutindo desde a manhã desta sexta a intervenção militar no Rio de Janeiro decretada por Michel Temer.

O tom é escancaradamente elogioso.

A apresentadora Maria Beltrão, do programa Estúdio I, mais conhecida pelo doutor Cuca Beludo, estava radiante.

Brasil acordou mais perto de uma ditadura

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um carnaval ensurdecedor em que fica clara que a correlação de forças no país mudou a favor do campo progressista. E de forma avassaladora no Rio de Janeiro, cartão postal do país. Um governador do mesmo partido do presidente da República fazendo o jogo de que perdeu o controle das forças de segurança em combinação perfeita com a Rede Globo de Televisão. E puft: numa certa manhã você acorda com uma intervenção militar.

Mas aí algum sabichão vai te dizer, ela foi só no estado do Rio de Janeiro e o PT também colocou o Exército nas ruas. Ignore-o, porque como dizia o Cristo, eles não sabem o que falam. Ou na outra hipótese, sabem tanto que estão fazendo o jogo da direita mais truculenta do país.

Globo fomentou intervenção militar no RJ

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Sabendo dessa súbita decisão de se intervir militarmente no Rio, temos que dar o devido crédito à Globo, que fomentou, através de seus veículos, esse clima de horror e insegurança na população do Rio de Janeiro, onde não parece que houve carnaval. Só crimes.

No último mês todos os telejornais da emissora iniciaram com crianças mortas em tiroteios no Rio. Todos. E flagrantes de assaltos. Três ou quatro imagens de celulares, que eles repetiam à exaustão. Carnaval do Recife só tinha frevo. Da Bahia, só axé. Do Rio, só destacaram violência, o carnaval vinha depois. Vergonha. Como os jornalistas da emissora se prestam a isso? Vão arder no mármore do inferno dos comunicadores.

Intervenção no RJ é o AI-5 dos desesperados

O jogo de Huck é faturar!

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Nunca um não-candidato foi tão falado e ganhou tantas manchetes.

Desde novembro passado, quando publicou um artigo na Folha para comunicar ao mercado que não seria candidato a presidente da República, o global Luciano Huck não passou um dia fora do noticiário político.

Até então, só o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso levava a candidatura dele a sério.

Das duas uma: ou as pessoas não acreditam no que ele fala e escreve ou o rapaz é muito indeciso.

Raquel Dodge adota a bula inquisitorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Os argumentos sustentados por Raquel Dodge no despacho contrário à concessão de habeas corpus ao ex-presidente Lula não são encontráveis na Constituição brasileira, mas sim nas bulas inquisitoriais da idade média.

A escolhida por Michel Temer para chefiar a procuradoria da república incorreu, além disso, em tremenda contradição.

Ela reconheceu a ausência de prova cabal de culpa para condenar Lula, mas ainda assim recomendou o castigo extremo da prisão: “a execução provisória da pena de prisão não é desproporcional nem levará injustamente à prisão réu cuja culpa ainda não esteja satisfatoriamente demonstrada”.

Intervenção no Rio leva golpe a novo patamar

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Muito importante esse movimento do governo Temer, de intervir na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Na prática, é uma intervenção militar. A crise política assume assim novos contornos.

Por partes…

1) A intervenção federal, por lei, impede que nesse período seja votada qualquer alteração na Constituição. Com isso, Temer assume a derrota na Previdência, que não poderá mais ser votada. Mas já oferece outra cenoura na frente do burro para o mercado e a direita: o discurso da ordem.

2) O fato do governador Pezão ter dado declarações estapafúrdias (mostrando-se incapaz publicamente de deter escalada de violência) pode ter sido parte de uma estratégia combinada. Ele foi à reunião no Palácio que decidiu pela intervenção. E aceitou sem nenhum gesto de resistência. Estranho, no mínimo.

As razões da intervenção militar no Rio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O governo Michel Temer faz saber que fará intervenção federal na área de segurança pública.

Do ponto de vista de ação policial, não se chega a ver em que isso alteraria a situação de um estado que, há meses, está na prática debaixo de uma, pois as operações militares já se sucedem e não parecem ter produzido resultados positivos.

Também não há notícia pública de que as Forças Armadas estivessem enfrentando resistências do comando formal da Segurança Pública em assumir um papel de coordenação, exceto pela manifestação do cada vez mais decorativo Ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que comandantes de batalhões da PM era, “sócios do crime organizado”, algo que resultou em absolutamente coisa alguma.

Manifesto: Unidade para reconstruir o Brasil


O manifesto assinado pela Fundação Perseu Abramo, a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, a Fundação Maurício Grabois, a Fundação João Mangabeira e a Lauro Campos será divulgado às 15 horas do dia 20 de fevereiro (terça-feira), na Câmara dos Deputados, Plenário 4, Anexo II.

Além dos presidentes das referidas fundações também irão participar os(as) presidentes dos partidos aos quais elas estão vinculadas: PSOL, PDT, PSB, PT e PCdoB. E irão prestigiar o evento líderes das Bancadas e parlamentares dessas legendas, bem como lideranças dos movimentos e personalidades de vários setores da sociedade.

Trump deve sua eleição às “fake news”

HILLARY CLINTON COM "BEBÊ ADOTIVO ALIENÍGENA"
NO TABLOIDE WEEKLY WORLD NEWS EM 1993
Do blog Socialista Morena:

Apenas três notícias falsas podem ter sido substancialmente responsáveis pela desistência de parte dos eleitores de Barack Obama em 2012 em votar em Hillary Clinton em 2016. Ou seja, embora Donald Trump viva criticando as chamadas fake news (lançou inclusive uma premiação com os meios de comunicação “campeões” em fake news), sua eleição à presidência dos EUA se deve a elas. É o que sugere uma pesquisa pós-eleitoral coordenada pela Ohio University e divulgada pelo site The Conversation, colocando em uma perspectiva assustadora o papel que as notícias falsas podem jogar numa eleição.

Maduro busca votos; EUA preparam golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando faltam 66 dias para a eleição presidencial na Venezuela, é bom estar preparado para as novas tentativas de massacre contra um governo que, com todas os erros e limitações que se possa apontar, cumpre o papel de proteger os interesses dos mais humildes e defender a riqueza do país, numa posição cada vez mais raras nesses tempos de reação em toda linha. O ataque permanente é fácil de entender como os movimentos no tabuleiro de um jogo de War.

O bode na sala na 'reforma' da Previdência

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Em tentativa desesperada de reavivar a reforma da Previdência, o governo apresentou, na quarta-feira 7, uma nova versão do projeto, com mudanças cosméticas redigidas pelo relator da proposta de emenda à Constituição, Arthur Maia, do PPS baiano. O Planalto insiste em pautar a votação até 28 de fevereiro.

Caso não haja votos suficientes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, antecipou que nem sequer levará o texto ao plenário. Para seduzir os parlamentares da bancada da bala, foi incluído o pagamento integral da pensão para viúvos e viúvas de policiais mortos em serviço. Retirou-se ainda qualquer menção à aposentadoria de trabalhadores rurais, como anunciado no fim de 2017.

O poder do financismo no Brasil

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O período entre as festas do final do ano e a folia do Carnaval é normalmente marcado pela divulgação de informações que deveriam deixar envergonhados todos os que se preocupam com um mínimo de decência e justiça em termos da organização de nossa sociedade. Em especial, me refiro à forma como são apropriadas e distribuídas as diferentes formas de renda e riqueza entre nossos cidadãos.

Durante os meses de janeiro e fevereiro as instituições financeiras apuram seus balanços patrimoniais e contabilizam os lucros realizados ao longo do ano anterior. Um dos aspectos que mais impressiona nessa maratona de publicação de seus resultados é a aparente naturalidade com que esses números são tratados por aqueles que são os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação e também por parte da maioria de nossos dirigentes políticos.