quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cultura está fora dos planos de Temer

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A extinção do Ministério da Cultura pelo governo provisório de Michel Temer é um sinal claro: a Cultura não faz parte do projeto que tem como prioridade alimentar o setor financeiro. A colocação é de João Brant, ex-secretário executivo da pasta. Segundo ele, o fato de Temer voltar atrás em sua decisão tem apenas um motivo: “É óbvio que a compreensão deles sobre o tema não mudou, apenas tornou-se politicamente insustentável”.

A censura bate à porta…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um golpe não é, ele vai sendo. Tenho batido nesta tecla há algum tempo porque num certo ponto do processo político, diferentes grupos se alinharam para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff.

E aos poucos foram construindo as condições políticas para derrubá-la, sem que houvesse motivos legais para isso. Ou seja, esse golpe foi ganhando formas no processo.

E não foi em 2013 que isso aconteceu, como insistem alguns. Pode-se até concordar que algumas tecnologias de mobilização foram criadas lá. Isso é um fato. Mas o golpe começou a ganhar forma no primeiro semestre de 2014, quando a Lava Jato já estava mostrando boa parte dos seus dentes e as ruas passaram a pedir o impeachment.

Temer prepara a regressão trabalhista

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Revelada na terça-feira, 31, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios rea­lizada pelo IBGE entre fevereiro, março e abril deste ano apontou que 11,4 milhões de brasileiros estavam à procura de emprego no período. No dia seguinte à divulgação, cerca de 10 mil metalúrgicos do ABC Paulista foram às ruas protestar para não engrossar a estatística.

A categoria, uma das mais organizadas no País, teme uma provável rodada de demissões nas principais montadoras de São Paulo, capaz de atingir mais de 4 mil trabalhadores nos próximos meses.

As razões do STF contra Janot

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma coisa é quase certa: o STF não deve autorizar as prisões pedidas pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Pelo menos não todas.

Outra coisa é bem certa: se eventualmente forem autorizadas as prisões de Renan e Jucá, o Senado não vai repetir o que boa parte do senadores chamam de “submissão no caso Delcídio Amaral”. A autorização da casa deve ser negada. O arrependimento pela concordância com a prisão de Delcídio perpassa todos os partidos, fortalecendo a crença de que isso abriu uma brecha para a tentativa de prender mais senadores.

Os desafios da cultura brasileira em debate

"Japonês da Federal" e o bode da Lava-Jato

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

O agente da Polícia Federal Newton Ishii é um corrupto. Ele não foi julgado nem condenado, mas, pelos critérios da mídia e do seu chefe, o juiz Sérgio Moro, as denúncias bastam para classificá-lo como um fora da lei. Ishii foi apontado como responsável pelo tráfico de informações da Operação Lava Jato, vendendo dados sigilosos para as revistas Veja e Época. “É o japonês. Se for alguém, é o japonês”, disse Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, preso pela Lava Jato. O Chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral, outro preso, também acusou Ishii de traficar as informações da operação.

Jandira Feghali rebate mentiras de O Globo

Do blog de Renato Rabelo:

Ás vésperas de oficializar a campanha eleitoral de 2016, a deputada federal Jandira Feghali foi surpreendida nesta quarta-feira (8) com a denúncia do colunista de O Globo. Enquanto deputada, ela foi uma liderança na luta pelo fim do financiamento de campanha por empresas e contra as manobras do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para impedir essa proibição.

Governo Temer manobrou para salvar Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que era suspeita virou acusação.

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo,  disse que o governo Michel Temer tenta impedir a cassação de Eduardo Cunha.

É o que ele diz, com todas as letras, à Rádio Estadão.

“Não é certo o jogo de cartas marcadas. Senti naquele momento que governo entrou no jogo e decidia a favor de Eduardo Cunha. Eu tinha que dar um tempo para que o governo e a deputada repensassem. Esse não é assunto do governo. Esse é assunto da Câmara dos Deputados. Um problema de ética e decoro. Governo não tem que se envolver”, disse o presidente do Conselho de Ética.

Ruralistas e empresários dominam o Senado

Por Étore Medeiros e Bruno Fonseca, na Agência Pública:

“Quanto dá essa minoria dos pobretões?”, pergunta, bem-humorada, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “É… Minoria mesmo”, responde, ao ser informada de que as bancadas temáticas nas quais milita – direitos humanos (14), sindicalista (11) e saúde (8) – não reúnem, juntas, nem a metade dos 81 parlamentares do Senado. Entre os grupos com maior representação na Casa estão o da agropecuária (32) e o empresarial (36). Os números fazem parte de um levantamento da Agência Pública sobre as bancadas em que atuam os senadores. A partir dele, é possível entender melhor o resultado da votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e também antecipar qual deverá ser a receptividade da Casa aos projetos do interino Michel Temer (PMDB).

Composição das bancadas do Senado


Michel Temer e o golpe dos Hunos

Por Marcelo Zero

Átila, Rei dos Hunos, Flagelo de Deus, dizia que, por onde passava seu cavalo, a grama não crescia nunca mais. De fato, as hordas dos hunos deixavam sempre um rastro de pilhagem, destruição e crueldade.

Átila não construiu nada. Não deixou nenhum legado. Sua especialidade era a destruição do legado dos outros.

O golpe brasileiro parece seguir o mesmo caminho.

O primeiro legado destruído foi o da democracia.

A encruzilhada política de Michel Temer

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Michel Temer está numa encruzilhada. Para seu governo interino ganhar um mínimo de credibilidade e conseguir sair da crise em que está três semanas após a posse, ele teria de se livrar das lideranças políticas envolvidas em denúncias, como as relacionadas aos vazamentos de conversas envolvendo o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Todos são acusados de conspirar para conter a Operação Lava Jato.

Mídia e governo tentam silenciar os blogs

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os blogs políticos independentes, que não fazem parte de portais corporativos, são um mistério.

De que se alimentam, como vivem, onde moram?

Como fazem os brasileiros, os blogs se viram: prestam serviços de consultoria, ganham com publicidade, dão palestras, vendem assinaturas, pagam do próprio bolso.

Para a grande mídia, porém, os blogs precisam ser exterminados, para que a narrativa golpista possa reinar solitária na opinião pública.

As saídas da crise passam por Dilma

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A coreografia ensaiada pelo PGR Rodrigo Janot em torno do vazamento do pedido de prisão de Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá não é um passo qualquer. Constitui uma forma de terrorismo típica de um período político delicado, no qual se utiliza a Justiça do Espetáculo para ameaçar garantias democráticas, em movimentos típicos de um Estado Policial.

Numa época em que ações necessárias contra a corrupção se transformam em ataques a democracia, o difícil é encontrar quem não tenha sua parcela de responsabilidade na corrosão das instituições, mantidas em situação de insustentável irracionalidade.

Pesquisa CNT/MDA é mortal para Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Leitores do DCM correram para desqualificar a pesquisa CNT/MDA que acabou de sair.

Com toda a maquiagem que possa ter sido feita, ela é extraordinariamente reveladora no que diz respeito a Temer.

Apenas 11,3% dos ouvidos aprovam Temer. A mídia está tentando mitigar o efeito explosivo deste número comparando-o com o de Dilma nos últimos dias antes do impeachment.

Mas é uma falácia.

Chora coxinha: 'Japonês da Federal' é preso

Por Altamiro Borges

Os "midiotas" que endeusaram alguns falsos justiceiros nas marchas golpistas do ano passado devem estar de luto. Na manhã desta terça-feira (7), o agente Newton Ishii, o bajulado "Japonês da Federal" que ganhou os holofotes da mídia ao conduzir os presos da Lava-Jato, foi preso em Curitiba. Segundo relato do repórter Fernando Garcel, do Paraná Portal, "o mandado de prisão foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A Polícia Federal ainda não informou o motivo da prisão".

Temer sabe, de fato, lidar com bandidos

Por Altamiro Borges

Duas semanas após tomar de assalto o Palácio do Planalto, o Judas Michel Temer mostrou-se irritado com as críticas ao seu governo interino. Segundo o noticiário, durante uma reunião com os deputados golpistas, em 24 de maio, ele deu um "tapa na mesa", jurou que sabe governar e disse que "já tratou com bandidos". Nesta semana, depois de uma enxurrada de denúncias de corrupção contra vários dos seus ministros, Michel Temer mostrou que, de fato, sabe lidar com os mafiosos, Ele manteve no seu governo todos os metidos em escândalos. Até a mídia chapa-branca, que apostava em mudanças para tentar embelezar a imagem do "golpe dos corruptos", ficou desconcertada com a postura do interino.

Mafiosos aparelham o governo. Cadê a mídia?

Por Altamiro Borges

A mídia privada, que orquestrou o "golpe dos corruptos", é descarada. Ela tem feito um baita esforço para limpar a barra do governo interino do Judas Michel Temer. Nesta semana, ela noticiou com certo estardalhaço a decisão do Palácio do Planalto de "paralisar as nomeações políticas nas estatais e nos fundos de pensão". Só não informou que a medida foi tomada para conter a gula dos mafiosos, que já ocuparam vastos espaços do governo. Logo após o afastamento da presidenta Dilma, em 12 de maio, os velhos patrimonialistas - com o seu senso de oportunidade, para não dizer oportunismo - correram para obter os cargos mais influentes e melhor remunerados. O apetite foi tão descontrolado que levou o chefe do assalto ao poder a dar um freio de arrumação. Afinal, ele precisa barganhar apoios e votos!