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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Pedro Cardoso detona o ‘humorista’ Leo Lins

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


Na semana passada, o “humorista” Leo Lins – que ganhou fama no asqueroso programa de Danilo Gentile no SBT – foi condenado pela Justiça Federal a oito anos e três meses de prisão por obrar discursos preconceituosos contra diversos segmentos da sociedade. Ele ainda terá que pagar multa equivalente a 1.170 salários mínimos, em valores da época da gravação, e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

A dura punição se deu devido ao show “Perturbador”, exibido em 2022 e que teve 3 milhões de visualizações no YouTube, em que o “artista” ironizava temas como abuso sexual, zoofilia, racismo, pedofilia e gordofobia e fazia comentários jocosos sobre tragédias, como o incêndio na boate Kiss, no Rio Grande Sul. No show, o provocador admitiu o caráter preconceituoso das piadas, demonstrou descaso com a possível reação das vítimas e afirmou estar ciente de que poderia enfrentar problemas judiciais devido ao teor das falas.

domingo, 4 de maio de 2025

Muita maldade em um só pacote

Colonos atiram contra palestinos enquanto soldados israelenses
aguardam em Huwwara, em 13 de outubro de 2022 (AFP)
Por Jair de Souza

Ao assistir ao novo documentário do jornalista britânico Louis Theroux (https://odysee.com/Os-Colonos-Do-Presente-(Legendado):f) , tive a sensação de que estava diante de uma peça que, embora não ultrapassasse em muito uma hora de duração, nos apresentava de modo cristalino um repasso de alguns dos principais fenômenos da história da humanidade.

Tenho dúvidas se devo considerar-me feliz por havê-lo visto, ou triste por tê-lo feito. É que, infelizmente, a retrospectiva que nos vem à mente neste trabalho jornalístico nos traz de volta à memória algumas das fases mais tenebrosas pelas quais as sociedades humanas já trilharam ao longo dos séculos.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Parece que Vargas Llosa não leu seus romances

Vargas Llosa. Foto: Prefeitura de Madri
Por Carlos Azevedo, no site da Fundação Maurício Grabois:

"Parece que Vargas Llosa não leu seus próprios romances.”

O comentário, feito pelo escritor argentino Ricardo Piglia, dá uma indicação da aguda contradição entre a obra libertária e as posições políticas direitistas do autor peruano, falecido no último domingo (13).

Nem sempre foi assim. Até os 35 anos, Llosa foi um marxista vigoroso, entusiasta da revolução cubana e de Fidel Castro. Começou a se decepcionar quando se deu a intervenção da União Soviética na Tchecoslováquia, em 1968, e com a prisão de um escritor pelo governo cubano, em 1971. Passou a valorizar a democracia, a defender ideias liberais, a iniciativa privada, o livre mercado e foi tendendo cada vez mais para a direita.

domingo, 13 de abril de 2025

O boicote dos roqueiros bolsonaristas ao Ira

Nasi, vocalista da banda Ira/Divulgação
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Pelotas e Caxias do Sul estão entre as cidades que teriam shows do Ira e foram cancelados. Os ‘últimos acontecimentos’ são o motivo alegado pelos produtores.

Direita e extrema direita não gostaram da posição assumida pelo vocalista Nasi, em show em Minas, contra a anistia para manés e terroristas.

Nasi pediu que os bolsonaristas, que reagiram com vaias, fossem embora e nunca mais voltassem.

Vejam esse detalhe da nota da 3LM Entretenimento, produtora dos shows também em Jaraguá do Sul e Blumenau, ambos cancelados:

terça-feira, 26 de novembro de 2024

‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista

Divulgação
Por Altamiro Borges


Até a semana passada, o filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, já havia ultrapassado a marca de um milhão de espectadores e arrecadado R$ 23,5 milhões. O longa é ambientado nos anos de chumbo da ditadura militar e narra a saga heroica de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado, torturado e morto a mando dos generais. Além do êxito nas bilheterias, ele venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza e concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Só o diabo não quer que você raciocine

Charge: Latuff
Por Jair de Souza

Há muito tempo os seres humanos vêm se debatendo sobre a questão da existência ou não existência de um ser supremo espiritual, que seria o criador e regente do Universo e de tudo e todos nele inseridos. De minha parte, considero que, independentemente de ter ou não crença religiosa, o que de fato tem relevância são os propósitos e as ações com os quais as pessoas atuam em suas vidas.

O que me impulsa a ter o pensamento que acabei de expressar é a convicção de que Deus, para os que creem que ele de fato existe, deve necessariamente significar uma força (física, espiritual, mental, etc.) inteiramente comprometida com a prática e a busca do bem, da justiça, do amor e da solidariedade entre todos, sem discriminações. Portanto, seria totalmente inconcebível que Deus servisse de inspiração para a prática de maldades, como o racismo, o egoísmo, a opressão dos mais humildes e a priorização dos ricos e poderosos, em detrimento dos pobres e necessitados. Se permanecermos abordando o tema em termos de religião, a figura central que poderíamos associar a estas qualidades negativas é a do diabo.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A arte de demonizar inimigos do imperialismo

Ilustração do site Stock
Por Jair de Souza


Desde que a indústria do entretenimento cinematográfico surgiu nos Estados Unidos e Hollywood passou a simbolizar sua sede, sua utilização com propósitos de disputa geopolítica tem sido uma constante.

Muito além da efetividade exercida pelas obras literárias e pelas divulgações informativas através de suas várias ramificações (imprensa escrita, rádio e televisão) a formatação ideológica alcançada por meio das produções cinematográficas hollywoodianas é, comprovadamente, superior. Muito de sua eficácia se deve, provavelmente, por ser recebida por seus espectadores como material de entretenimento não engajado. Ou seja, ao não se apresentar como uma peça de disputa ideológica que busca fazer a cabeça das pessoas, ela consegue desarmar mais facilmente o esquema de resistência de quem a recebe.

Creio que todos os que já atingiram a casa dos 50 devem se lembrar que, desde nossa mais tenra idade, de maneira inadvertida e inconsciente, éramos alvos das mensagens subliminares que visavam sedimentar em nossa mente uma sólida identificação com os valores culturais e com os objetivos políticos e econômicos dos Estados Unidos e de seus parceiros no comando da hegemonia capitalista mundial.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Políticas públicas de cultura antifascistas

Charge: Antifa Revolucionario
Por Hamilton Pereira (Pedro Tierra), na revista Teoria e Debate:


(Uma contribuição ao debate sobre a relevância político-cultural da produção audiovisual no contexto da reconstrução democrática. Bonito-MS, XI/23).

Começo com uma breve consideração sobre o papel desempenhado pela literatura na formação e organização das “culturas nacionais”, ao longo dos séculos. Das epopeias clássicas, às novelas de cavalaria, ao romance do século XIX e XX, em grande medida, a literatura, ao lado das outras linguagens artísticas, forneceu os elementos básicos para definir o perfil das nacionalidades nascentes. Desenhou o rosto com que o mosaico de comunidades étnicas e territoriais se apresentava diante do mundo para afirmar suas identidades e suas diferenças.