sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Computadores do Planalto são apagados. Medo?

Charge: Nate Beeler
Por Altamiro Borges


O site Metrópoles revelou com exclusividade nesta sexta-feira (11) que os computadores do Palácio do Planalto foram reformatados e apagados depois do segundo turno. “Medida causa estranheza por ter sido adotada logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições”, registra a coluna de Rodrigo Rangel. A reportagem reforça a suspeita de que o fascista rejeitado nas urnas tenta esconder os crimes do seu desgoverno, temendo o fim do sigilo de 100 anos imposto para várias mutretas.

Deus-mercado e mídia rentista pressionam Lula

Charge publicada no site Adital
Por Altamiro Borges


As manchetes dos jornalões desta sexta-feira (11) mostram que o terrorismo midiático para impor a agenda neoliberal do deus-mercado será violento. Folha: “Discurso de Lula sobre teto de gasto derruba mercados”. Estadão: “Bolsa cai e dólar dispara após Lula fazer críticas à ‘tal estabilidade fiscal’”. O Globo: “Lula critica a ‘tal estabilidade fiscal’; Bolsa cai, e dólar dispara. Valor Econômico: “Dólar dispara e bolsa derrete após fala de Lula sobre gastos”. Nas TVs, o estardalhaço da midiazona rentista também foi estridente.

Alemanha rechaça saudação nazista em SC

Cúpulas militares alimentam caos e baderna

Charge: Geuvar
Por Jeferson Miola, em seu blog:

As cúpulas partidarizadas das Forças Armadas são a principal fonte de alimentação da tentativa fascista-bolsonarista de desestabilizar o país e gerar – artificialmente – caos e uma profunda crise política e institucional.

A conduta irresponsável a respeito da eleição é apenas mais um capítulo deplorável da atuação antiprofissional, inconstitucional e conspirativa das Forças Armadas. Atuação irregular, aliás, que vem de longe; pelo menos desde a Comissão Nacional da Verdade, em 2011.

Tivessem o mínimo de vergonha, dignidade e lealdade institucional, as cúpulas militares não teriam propiciado este teatro patético com o relatório sobre o funcionamento das urnas eletrônicas.

Optaram, ao invés disso, em atuar diretamente e/ou em se associar à baderna promovida pela escória fascista na torpe ilusão de que, com o “clamor das ruas”, poderão intervir para “salvar o Brasil”.

Mercado pressiona por ministro da Fazenda

Fotomontagem do site Delyagin
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Integrantes daquela entidade denominada mercado estão cansados de saber que Lula não é um irresponsável do ponto de vista fiscal.

Sob qualquer ótica, os atos de um sujeito nos oito anos em que foi presidente da República deveriam pesar mais do que palavras mal-encaixadas como a crítica do petista à "tal estabilidade fiscal" nessa quinta.

Ainda mais depois das "n" vezes em que o presidente eleito disse ter aprendido com D.Lindu a não gastar mais do que ganhava. E do espaço que ele vem dando ao vice, Geraldo Alckmin, e a seus indicados de perfil centrista na transição.

Não é exatamente pelos temores em torno da trajetória da dívida pública, portanto, que as bolsas rugiram, o dólar trovejou e economistas e comentaristas que já andavam loucos para bater no petista soltaram o verbo.

Houve claro exagero nessa reação, e o que está por trás dela é uma espécie de queda-de-braço entre Lula e o mercado.

Lula não venceu para tudo ser igual

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

É curiosa a reação do “mercado financeiro” às declarações de Lula de que a austeridade fiscal não pode ser obtida à custa de que os brasileiros passem fome.

Afinal de contas, é algo tão óbvio que milhões de pessoas todos os dias o fazem, sacrificando tudo e mais um pouco para dar de comer aos seus filhos e duvido que qualquer um dos bem-educados senhores que administram fortunas, se precisassem, fariam em suas próprias casas.

Tudo, aliás, é investimento quando se trata de cuidar dos seus: a escola cara, o carro luxuoso, o apartamento espaçoso, a roupa de grife…

O que de absurdo disse Lula, para estarem agitados como formigas? Veja só:

Lula e o Brasil fragmentado

Charge: Santiago
Por Roberto Amaral, em seu blog:

A afirmação do presidente Lula de que não existem dois Brasis deve ser lida menos como análise da realidade do que como generoso e republicano projeto de reconstrução nacional ao qual dedicará seu governo, por cujo sucesso todos torcemos, porque desafiará sua conhecida capacidade conciliatória, e porá em xeque muitos dos apoios que contribuíram para a escalada eleitoral.

O fato objetivo é que estamos em face de uma sociedade dilacerada povoando diversos Brasis. A clivagem é política, tanto quanto econômica e ideológica, e a polarização que adjetiva o pleito presidencial é seu retrato presente, talvez o mais agudo, embora não encerre todo o drama. Essa clivagem, porém, não é fenômeno de nossos dias: ela apenas exacerba, pondo-os a nu, os vícios de nossa formação histórica e os crimes de nossa organização político-social, cujos sinais de esgarçamento, de velha data, nos recusamos a reconhecer. Para além dos aspectos mais clamorosos, presentes no Brasil de hoje, sua superação será obra de longo prazo na esteira da construção, coletiva, de um projeto nacional de sociedade democrática caminhando para a superação das desigualdades econômicas e sociais.

A quem interessa minimizar o terror fascista?

Elza Monnerat e a Guerrilha do Araguaia

O relatório da Defesa e a honra militar