domingo, 1 de abril de 2012

"Sequestro" da CartaCapital em Goiânia

Por Gabriel Bonis, na CartaCapital:

“A fotocópia da matéria custa cinco reais, quer que eu reserve? Não tenho mais como tirar outra, porque a tinta da máquina acabou”, oferece, por telefone, a vendedora de uma revistaria de Goiânia. CartaCapital ligava para saber se o estabelecimento ainda tinha em estoque a edição 691, que traz em sua capa reportagem sobre os laços dos negócios ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres e o governador de Goiás, Marconi Perillo, identificados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

Sob pressão, Cloaca encerra atividades

Do blog Cloaca News:

Foram três anos e meio de muitas noites viradas. Pensando bem, até que foi bom enquanto durou. Neste curto período, conseguimos o que parecia impensável até pouco tempo atrás. Tiramos o sossego dos Al Capones da notícia e revelamos algumas das torpezas da máfia midiática que infesta nosso país.

Índios são vítimas da imprensa

Foto: Carlo Zacquini - www.socioambiental.org
Por Dalmo de Abreu Dallari, no Observatório da Imprensa:

Os índios brasileiros nunca aparecem na grande imprensa com imagem positiva. Quando se publica algo fazendo referência aos índios e às comunidades indígenas o que se tem, num misto de ignorância e má fé, são afirmações e insinuações sobre os inconvenientes e mesmo o risco de serem assegurados aos índios os direitos relacionados com a terra. Essa tem sido a tônica.

Blogueiro da Veja perde no DCE da USP

Por Renato Rovai, em seu blog:

O blogueiro da Veja, Reinaldo Azevedo, era o candidato oculto de uma chapa de direita (o nome já diz tudo, Reação) que disputou o DCE da USP em eleição que se encerrou ontem. A chapa, inflada por seus posts, numa ação que mostra em que nível a Veja chegou, o de ficar disputando eleição em DCE, teve apenas 2.660 votos de um conjunto de 13.134. Todas as outras chapas eram vinculadas a movimentos de esquerda, sendo que a vencedora, “Não vou me adaptar”, recebeu 6.964 votos.

1964 e o golpe da informação

Por Mauro Santayana, na Revista do Brasil:

Há 48 anos, quando o Brasil vislumbrava reformas constitucionais necessárias a seu desenvolvimento, os Estados Unidos financiaram e orientaram o golpe militar. E interromperam uma vez mais um projeto nacional proposto em 1930 por Vargas. Os acadêmicos podem construir teses sofisticadas sobre a superioridade dos países nórdicos para explicar o desenvolvimento cultural e econômico da Europa e dos norte-americanos e as dificuldades dos demais povos em acompanhá-los, mas a razão é outra. Com superioridade bélica, desde sempre, impuseram-se como conquistadores do espaço e saqueadores dos bens alheios, os quais lhes permitiram o grande desenvolvimento científico e militar nos séculos 19 e 20 e sua supremacia sobre o resto do mundo.

O levante popular contra a tortura

Esqueçam Policarpo: o chefe é Civita

Por Luis Nassif, em seu blog:

Veja se antecipou aos críticos e divulgou um dos grampos da Policia Federal em que o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o araponga Jairo falam sobre Policarpo. Pinça uma frase – “o Policarpo nunca vai ser nosso” – para mostrar a suposta isenção do diretor da Veja em relação ao grupo.

É uma obviedade que em nada refresca a situação da Veja. Policarpo realmente não era de Carlinhos Cachoeira. Ele respondia ao comando de Roberto Civita. E, nessa condição, estabeleceu o elo de uma associação criminosa entre Cachoeira e a Veja.

Uma infausta data: 48 anos depois

Por Caio Navarro de Toledo:

Aos que partiram sem poder dizer adeus.

Na data em que o imaginário popular consagra como o “dia da mentira,– 48 anos atrás – foi rompida a legalidade democrática instituída no Brasil com a Constituição de 1946. Hoje, a quase totalidade das entidades que conspirou, apoiou e promoveu a derrubada do governo democrático de João Goulart (1961-1964) não festejará o golpe civil-militar de 1964. A observar, por exemplo, que neste 1º. de abril de 2012 nenhum dos três maiores jornais da imprensa brasileira (Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo) – que apoiaram o golpe de 1964 – se referiram, em seus editoriais, ao evento ocorrido 48 anos atrás. Sintomático e revelador silêncio.

Brics: A agenda positiva de Dilma

Editorial do sítio Vermelho:

A viagem de Dilma Rousseff à Índia, onde participou da 4ª reunião de cúpula do Brics – que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – é mais uma demonstração da projeção internacional alcançada pelo Brasil depois que sua política externa abandonou o alinhamento automático e a subserviência aos EUA e países ricos e passou a fortalecer a parceria soberana com nações de idêntico nível de desenvolvimento.

Merval tenta salvar Demóstenes

Por Antônio Mello, em seu blog:

Depois que a casa cai, aparecem os engenheiros de obras fracassadas. É divertido observar o comportamento acuado, quase infantil, da mídia corporativa diante da queda do senador Demóstenes Torres.

Completamente aturdido, Merval, o Imortal, Pereira foi ao psicanalista Joel Birman para tentar entender como aquele homem tão puro, defensor da ética, rolou cachoeira abaixo [o destaque em negrito é meu]:

A batata do Agripino está assando

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu no Estadão, na pág. A8: “MP pede que José Agripino seja investigado”.

O MP do Rio Grande do Norte enviou ao brindeiro Gurgel (isso é um perigo !) pedido para investigar o presidente, líder e coronel do DEMO, Agripino Maia, o Varão de Plutarco do Rio Grande do Norte.

Agripino teria – teria – recebido R$ 1 milhão da máfia da inspeção veicular no Estado.

As heranças malditas da ditadura

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

Um regime brutal como a ditadura militar, que tratou de erradicar da sociedade e do Estado brasileiros tudo o que lhe parecesse vinculado à democracia, que se constituiu em uma ditadura de classe contra os trabalhadores e suas organizações, que tratou de ser um subimperiaismo, aliado privilegiado dos EUA na região – não poderia desaparecer sem deixar vestígios. Ainda mais que a ditadura militar brasileira não foi derrotada, como aconteceu nos países vizinhos.