quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Venda da Embraer e a soberania nacional

Por Renata Belzunces, no site Mídia Ninja:

Não é exagero afirmar que a compra de parte da Embraer pela americana Boeing, caso volte a ser liberada pela Justiça, ameaça à soberania nacional e pode resultar no fim da história da fabricação de aeronaves no país. O acerto comercial, que envolve bilhões e deixa a produção de aviões comerciais nas mãos de uma nova empresa a ser criada, torna difícil a sobrevivência do que restaria da Embraer. É real o risco de uma empresa tão estratégica para o país se transformar, em alguns anos, em uma mera fornecedora de peças para os Estados Unidos.

Lula, Sigmaringa e um Judiciário insensível

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Pela letra fria da lei, Lula não teria direito de se despedir do amigo Luiz Carlos Sigmaringa Seixas - que será sepultado hoje -,com quem mantinha relações que iam além da amizade.

Eram irmãos de luta, uma luta que começou a ser travada nos tempos sombrios da ditadura militar.

Mas a Lei de Execuções Penais diz, em seu artigo 120, que os presos poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, pai, mãe, filhos ou irmãos.

A perversa cordialidade e o caos destrutivo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Dizem notáveis cosmólogos que tudo começou com um imenso caos, o big bang. Matéria e antimatéria se chocaram. Sobrou ínfima porção de matéria que deu origem ao atual universo. O caos foi generativo. Este ano conhecemos também grande caos em todas as instâncias. Irrompeu o lado perverso da cordialidade brasileira. Segundo Sergio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil, 5.capitulo), “a inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, visto que uma e outra nascem do coração” (p.107).

As contradições do futuro governo

Por Luiz Alberto Gómez de Souza, no site Carta Maior:

Em texto anterior sobre o México eu assinalava que, tanto ali como aqui, os vencedores brandiam aparentemente as mesmas propostas: contra a corrupção e pela segurança. Elas correspondem a uma demanda real da sociedade e assumi-las tem uma forte resposta eleitoral. López Obrador soube captá-las e isso o levou à vitória. Aqui também a candidatura Bolsonaro partiu delas e isso o fez, em parte, crescer nas semanas que antecederam o primeiro turno. Por outro lado, a esquerda e o centro, do PT ao PSDB, não souberam avaliar sua importância, presos a uma posição negativa de defender-se da pecha de corruptos ou o primeiro a esgotar suas energias na liberdade de Lula. Ora, isso os colocou em desvantagem, frente a uma posição positiva e agressiva.

Jornalistas temem a posse de Bolsonaro

Por Viviane Ávila, no site Jornalistas Livres:

Conforme publicamos no Jornalistas Livres no último 18 de dezembro sobre a posse “presidencial” de Jair Bolsonaro, o medo venceu a esperança. A cinco dias do evento em Brasília, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJP-DF) recebeu inúmeras reclamações de trabalhadores do Jornalismo do Brasil todo, que irão cobrir a posse, sobre restrições das entradas deles nas áreas das cerimônias e desfile com equipamentos de trabalho indispensáveis para a produção e edição de conteúdos. E emitiu nota exigindo garantias à liberdade de imprensa e segurança dos jornalistas durante toda a cobertura do evento, no dia 1 de janeiro.