segunda-feira, 22 de julho de 2019

Terrorismo da ‘Veja’ atiça ódio bolsonarista

Por Altamiro Borges

Totalmente identificada com a agenda ultraneoliberal da dupla Bolsonaro-Guedes, como demonstrou em sua militância ativa pela aprovação do golpe da Previdência, a ‘Veja’ vinha se distanciando do governo no tocante à pauta política. Parecia temer o avanço do autoritarismo. Tanto que virou parceira do site The Intercept na difusão das mensagens dos jagunços da Lava-Jato – que antes eram tratados como heróis pela revista. Esta mudança na linha editorial até nutriu algumas ilusões sobre o semanário. Mas não durou muito tempo.

Diretor do Inpe detona Bolsonaro, o covarde

Mapa da Amazônia feito pelo Prodes, projeto do Inpe
que monitora a Amazônia desde 1988
Por Altamiro Borges

Com a intenção de esconder o aumento do desmatamento no campo, visando beneficiar os latifundiários e sua corrompida bancada ruralista, o “capetão” Jair Bolsonaro disparou sua verborragia na sexta-feira (19) contra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um café da manhã com a imprensa estrangeira, ele vomitou que dará uma bronca no diretor do órgão, Ricardo Galvão. “É lógico que eu vou conversar com o chefe do Inpe. Matérias repetidas apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto lá fora”.

De olho na mídia: A régua do Jornal Nacional

Falando sem parar Bolsonaro tenta calar o país

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O governo Bolsonaro é um discurso sem silêncios nem pausas. Não há intervalo para contraponto nem para questionamentos. Muitos menos para a construção de um ponto de vista alternativo, que implicaria em admitir democraticamente que o espaço público é um local de eterna disputa, onde cabe aos brasileiros e brasileiras a palavra final para seus problemas e soluções. 

A agenda do "embaixador" Bolsonaro nos EUA

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos EUA não deveria causar surpresa por dois motivos. O primeiro é que distribuir cargos para parentes no serviço público é uma das marcas da vida política da família Bolsonaro. Flávio Bolsonaro, por exemplo, estreou carreira política aos 19 anos como funcionário-fantasma. Ele era assistente técnico de gabinete do partido do seu pai na Câmara, mas nunca apareceu para pegar no batente. Há muitos outros casos de parentes de Bolsonaro que ganharam empregos públicos, fantasmas ou não.

Os latifúndios dos Dallagnol na Amazônia

Por Leonardo Fuhrmann e Alceu Luís Castilho, no site De olho nos ruralistas:

A revista CartaCapital que circulou na sexta-feira adiantou algumas informações sobre os latifúndios da família Dallagnol no Mato Grosso, em plena floresta Amazônica, em reportagem feita pelo De Olho nos Ruralistas. O observatório detalha agora, em uma série de textos, uma versão mais completa dessa saga. Do desmatamento aos conflitos agrários (numa região onde protagonistas da disputa foram assassinados), do histórico fundiário peculiar ao atual litígio com o Incra descortina-se um país bem diferente daquele do imaginário da Operação Lava Jato.

Moro e diretor do INPE: questão de dignidade

'Brasil de Fato" entrevista Flávio Dino

O nepotismo confesso de Bolsonaro

Cresce número de pessoas famintas no mundo

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Após anos de declínio, volta a aumentar o número de pessoas famintas no mundo a partir de 2015, colocando em risco o compromisso assumido pela comunidade internacional de acabar com a fome até 2030. É o que discute relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em português), disponível no site da organização.

Se em 2015 o percentual de pessoas famintas no mundo esteve em 11%, o número de pessoas famintas no mundo tem crescido, alcançando 820 milhões em 2018. Apesar de a África ser o continente com os maiores percentuais de população desnutrida, na América Latina e no Caribe a fome também tem crescido, em especial pelo seu aumento na Venezuela. Na América Latina e no Caribe como um todo, em 2018, 6,5% da população estava desnutrida (ou 42,5 milhões de pessoas) e na América do Sul especificamente 5,7% da população estava desnutrida (23,7 milhões de pessoas), segundo a publicação.

Bolsonaro é um líder de turba

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Helena Chagas, n’Os Divergentes, indaga a razão de Bolsonaro não se calar e seguir produzindo declarações que lhe arranjam adversários em quase tudo.

Bernardo Mello Franco, em O Globo, escreve sobre a compulsão bolsonariana pela mentira, à moda de seu guru Donald Trump.

Ótimos artigos, à altura do vigor corajoso de seus autores.

Mas, modestamente, acho que não “chegaram ao ponto”.

Bolsonaro funciona de outra maneira e é isso o que explica porque age assim e fala asneiras às catadupas.

Globo teme ser 'próxima vítima' da Vaza-Jato

A falsa defesa do Nordeste

Por Manuel Domingos Neto

Sempre que os nordestinos são injuriados ocorrem pungentes demonstrações de amor ao torrão natal e de o quanto somos valorosos.

Correm listas de grandes poetas, escritores e artistas mostrando “nossa contribuição” à cultura brasileira.

Nas listagens, mistura-se de um tudo. Conservadores e reacionários cujos corações nunca palpitaram com o dos pobres marcam presença ao lado de gente que sonhou com a superação das iniquidades legadas do tempo colonial.

Políticos de todos os matizes ganham uma só cor na falsa defesa do “Nordeste ultrajado”. Fatura melhor quem afaga mais habilmente o amor próprio dos injuriados. Vale até a demagogia patética do “Nordeste independente”.

O que a prisão de Prestes pode ensinar a Lula

Por Carlos D'Incao

Há 82 anos Luis Carlos Prestes, o maior líder popular do Brasil naquela época, apelidado de “Cavaleiro da Esperança” por Jorge Amado, era preso pela polícia política de Getúlio Vargas.

Junto com Prestes também era presa sua esposa Olga Benário. E Olga estava grávida. Mas como Olga era estrangeira, Getúlio decidiu por sua extradição. Mas ela não era qualquer estrangeira, ela era alemã, judia e comunista.

Sua extradição era uma sentença de morte.

Os advogados de defesa lutaram por todas as vias para evitar sua extradição, mas no fim o STF negou os pedidos de clemência, ignorou as leis brasileiras e ordenou sua expulsão do país. Olga morreu em uma câmara de gás em um campo de concentração Nazista.