domingo, 14 de novembro de 2021

Deforma trabalhista completa quatro anos

Lula volta ao palco mundial

Moro não tira voto de Lula e afeta a direita

Charge: Schröder
Por Bepe Damasco, em seu blog:


“Um escárnio, um deboche, um acinte, um verdadeiro atentado ao estado democrático de direito.” Assino embaixo da avaliação que o bravo jornalista Ricardo Kotscho faz do lançamento da candidatura do ex-juiz Sérgio Moro à presidência da República.

Embora a imprensa comercial tente naturalizar a ambição presidencial do juiz declarado parcial e, portanto, corrupto, pelo Supremo Tribunal Federal, Moro terá que explicar muita coisa na campanha eleitoral, quando encontrará dificuldade para sair da defensiva.

Sem Bolsonaro, votos anti-Lula despencariam

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Na última pesquisa de opinião [11/11] o instituto Vox Populi simulou cenários de 1º turno com e sem Bolsonaro. Esta simulação permite analisar quais candidaturas poderiam se beneficiar com a migração dos 21% do eleitorado bolsonarista.
 
No cenário com todos candidatos anti-Lula da oligarquia dominante – que inclui Bolsonaro, Moro, Ciro, Datena, Dória, Mandetta e Pacheco –, Lula tem 44%. A soma das intenções de votos em todos seus oponentes alcança 33%, correspondentes aos 21% de Bolsonaro + os 12% de todos demais candidatos da direita e extrema-direita.

Bolsonaro já retaliou 18 delegados da PF

Charge: Erasmo
Por Caique Lima, no Diário do Centro do Mundo

O governo Bolsonaro já puniu 18 delegados da Polícia Federal em retaliação. Silvia Amélia foi a 18ª punida por fazer seu trabalho. Então chefe da Diretoria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ela foi responsável por formalizar o pedido de extradição de Allan dos Santos aos Estados Unidos. Foi removida da função.

Além dela, outros 17 delegados já receberam punições similares ao longo da atual gestão.

Bolsonaro e Moro: o canibalismo da direita

Charge: Duke
Por Fernando Brito, em seu blog:


A reação de Jair Bolsonaro, hoje, dizendo que Sergio Moro, como ministro de seu governo, demonstrou que “não aprendeu nada” sobre governar é apenas um sinal de como as baterias bolsonaristas se voltarão contra a possibilidade de que o ex-juiz dispute a eleição presidencial, o que muitos creem que não fará, preferindo disputar, com muita chance, uma vaga de senador pelo Paraná ou até por São Paulo.

É que Moro, embora não tenha força para roubar a vantagem de Bolsonaro na eleição presidencial, com os dados de hoje, vai causar ao atual ocupante do Planalto um severo prejuízo em regiões onde o poderio do bolsonarismo ainda é forte, como o Sul e o Centro Oeste e em segmentos da sociedade onde ainda conserva apoio, como as camadas de renda alta.

Nicarágua votou contra o neoliberalismo

Foto: Reprodução do site El Mundo
Por Beto Almeida, no site Pátria Latina:


Passei 10 dias na Nicarágua, realizando a cobertura das eleições gerais, realizadas no dia 7 de novembro, para a Telesur, e pude comprovar a normalidade e a legalidade do processo eleitoral, com centenas de observadores eleitorais e de jornalistas de várias partes do mundo, inclusive dos EUA e Canadá, mas, sobretudo um povo consciente do significado histórico deste pleito, no qual o candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Daniel Ortega, alcançou 75 por cento dos votos válidos. Havia dois projetos em disputa: aprofundar e consolidar um modelo de desenvolvimento com inclusão social, em vigor desde que os sandinistas voltaram ao governo pelo voto, em 2006, ou o projeto dos 5 partidos políticos de oposição, a submissão ao neoliberalismo.

Memória de um capitão de milícias

Charge: Geuvar
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:


De todas as gafes acumuladas do Usurpador do Palácio do Planalto na Europa – de sua solidão auto-satisfeita à menção à Torre de Pizza – nenhuma me impressionou tanto quanto a do pisão no pé de Angela Merkel.

A frase dela – “só podia ser você” – foi um tapa que ele não ouviu; ou se ouviu, não escutou; se escutou, não avaliou. Porque, na sequência, veio a gafe maior.

Disse ele, de volta ao Brasil, que ficou impressionado com o bom humor de Merkel, e que gostaria de ter dançado com ela. Foi assim que ele interpretou o episódio do pisão no pé da projetada Dulcineia.

Na hora lembrei-me do romance de Manuel Antonio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias, publicado em 1852.

No romance, o protagonista, que alguns críticos consideram um pícaro, é filho de um meirinho, Leonardo Pataca, e de uma saloia, habitante dos arredores de Lisboa, Maria da Hortaliça, que vêm para o Rio de Janeiro, “no tempo do Rei”.

A reabilitação do Partido da Lava-Jato

Charge: Lafa
Por Jair de Souza

Como é bem sabido por todos os que analisam a política com alguma racionalidade, o capital não se move em função de questões sentimentais ou de moralidade. O que sempre prevalece nos momentos decisivos é a defesa intrínseca de seus interesses materiais de classe.

Por tal motivo, o apoio decisivo dado a Bolsonaro em 2018 não custou aos articuladores políticos do grande capital a perda de nenhuma noite de sono.

Evidentemente, todos eles conheciam muito bem o que significava a figura de Jair Bolsonaro, com seus quase trinta anos de intenso parasitismo no sistema político brasileiro.

No Brasil, pobre passa fome e rico ri à toa

Charge: Vasqs
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em meio à revolução tecnológica – alterando profundamente o caráter da sociedade moderna –, a humanidade vive a transição da hegemonia ocidental para a eurásia, anúncio do fim da atual ordem mundial. Se o desfecho é certo, o novo cenário é uma incógnita.

O Brasil, que perdeu a primeira revolução industrial (porque a casa-grande optou pela persistência de uma arcaica sociedade agrário-exportadora fundada no latifúndio e no escravismo), corre o risco de mais uma vez deixar passar vazio o bonde da história; quando o mundo avança tão celeremente no domínio de novas tecnologias, abrindo um leque inimaginável de transformações políticas e sociais, com a atividade econômica exigindo cada vez mais conhecimento científico e tecnológico, ou seja, mais escolaridade, o Brasil do capitão Bolsonaro, da burguesia financeira e dos engalanados que lhe dão sustento vira as costas para o ensino, a pesquisa e a inovação. Breve, o fosso tecnológico que já nos separa dos desenvolvidos – os países produtores de conhecimento – será intransponível, condenando as futuras gerações a novas formas de subdesenvolvimento, com seu contingente de fome e injustiça social.