sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Lula deu um baile em Bonner e Renata

Charge: Aroeira
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Do Oiapoque ao Chuí, o Brasil parou para ver e ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Jornal Nacional.

Nas principais cidades e capitais brasileiras, janelas e varandas, desde o final da tarde, estavam fartamente iluminadas, indicando esperança, enquanto importantes influenciadores usavam suas redes sociais, para anunciar voto em Lula no primeiro turno.

Para muitos, Lula deu um show. Outros preferiram definir sua atuação nesta entrevista como aula sobre bem governar o Brasil.

Ele não respondeu apenas como um ex-presidente que deixou o cargo com consagradores 87% de aprovação popular. Respondeu com a clareza de um líder que sobreviveu e deu a volta por cima em todo tipo de provocação e perseguição.

Lula troca o genocida pelo bobo da corte

Foto: Facebook Lula
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Os mais alarmistas temiam que Lula fosse cercado por William Bonner e Renata Vasconcellos e obrigado a dizer se iria continuar chamando Bolsonaro de genocida.

Se dissesse que sim, poderia parecer arrogância e agressividade. Se saltasse fora e desse uma volta, poderia sugerir recuo e acovardamento.

Nada perguntaram. E Lula teve a chance de trocar o genocida, que para o povo pouco significa, pelo bobo da corte que não manda em mais nada.

O TSE não deverá recomendar à Globo e ao YouTube que retirem a citação dos seus arquivos. Não há o que tirar ou botar da entrevista de Lula ao Jornal Nacional.

Não há como fazer reparos nem mesmo à postura dos entrevistadores. Bonner e Renata se renderam à grandeza de Lula.

Lula venceu o JN

Foto: Facebook Lula
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Ufa! A palavra não foi pronunciada, mas estava estampada na fisionomia não só de Luiz Inácio da Silva, mas também nas de William Bonner e Renata Vasconcellos ao final dos 40 minutos de entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta.

O semblante tenso do ex-presidente no início do programa, que começou com uma ofensiva de Bonner sobre corrupção, foi substituído, ao final, por um meio sorriso e o oferecimento do ex-presidente de, se eleito, ir "todo mês" ao JN.

Talvez Lula nunca tenha falado tanto sobre corrupção, petrolão, mensalão e Lava Jato, mas apresentou uma narrativa coerente, em que não negou a existência da corrupção mas lembrou que tudo isso foi descoberto graças a leis e mecanismos de apuração criados nos governos do PT.

A sombra de Getúlio no Brasil de 2022

Getúlio Vargas em campanha eleitoral (1950)/FGV CPDOC
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

“Por volta das sete e meia, oito horas da manhã, ouviu-se o estampido seco (...) Subimos apressadamente para o quarto (...) Encontramos o presidente de pijama, com meio corpo para fora da cama, o coração ferido e dele saindo sangue aos borbotões. Alzira de um lado, eu do outro, ajeitamos o presidente no leito, procuramos estancar o sangue, sem conseguir. Ele ainda estava vivo. Havia mais pessoas no quarto quando ele lançou um olhar circunvagante e deteve os olhos na Alzira. Parou, deu a impressão de experimentar uma grande emoção. Neste momento, ele morre. Foi uma cena desoladora.”

Governo volta a boicotar servidores públicos

Charge: Gomez
Por André Cintra, no site Vermelho:

Após deixar os funcionários públicos federais sem nenhum aumento salarial sequer em quatro anos, a gestão Jair Bolsonaro quer sabotar a própria promessa de reajuste para os servidores no próximo ano. É o que indica a “peça orçamentária” que o governo deve enviar ao Congresso Nacional até 31 de agosto, com toda a previsão de despesas do Orçamento 2023.

Em abril, na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), Bolsonaro previa uma reserva de R$ 11,7 bilhões no ano que vem para o reajuste do funcionalismo. Nesta terça-feira (23), porém, fontes do Planalto afirmam que o valor já sofreu um corte de 10,3% e caiu para R$ 10,5 bilhões. Não haverá indicações de percentuais de aumento salarial – a reserva seria uma espécie de “carta de intenção”.

Depois de Lula no JN, nada será como antes

Charge: Latuff
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Antes de sua performance segura, envolvente, propositiva e espirituosa, na entrevista ao Jornal Nacional, Lula deparou como uma frase surpreendente de William Bonner, logo na introdução à primeira pergunta:

“O senhor não deve nada à justiça”.

Este reconhecimento não só foi o divisor de águas da entrevista, como também têm enorme potencial para influenciar a campanha daqui para frente.

Isso não é pouca coisa.

Líder da caçada ao ex-presidente, o Grupo Globo acabou se curvando às evidências escancaradas pela suspeição de Moro e a inocência de Lula atestada em 21 processos pelo Judiciário.

Fórum derrota censura de Dallagnol

As entrevistas dos candidatos ao JN da Globo

A luta pelo piso salarial na enfermagem