quinta-feira, 2 de maio de 2019

Governo amplia ataques às universidades

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

O governo federal anunciou corte de verbas para universidades federais, em especial a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade Federal Fluminense (UFF), sob a justificativa de que estas estariam promovendo "balbúrdia" ao invés de se preocupar com as atividades acadêmicas.

Fabricando desemprego, atraso e dependência

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

É fato mais que comprovado que vêm da indústria a independência econômica estratégica, o avanço tecnológico e da ciência aplicada e os empregos de melhor remuneração, diretos e ao longo de uma extensa cadeia a montante e a jusante.

A opção suicida pela desindustrialização precoce – caminho que o Brasil vem trilhando desde a invasão rentista dos bárbaros de Collor – consome reservas cambiais; nos condena ao atraso produtivo; exige voracidade na extração de pedra e óleo cru, na engorda de bichos e no embarque de grãos in natura; desemprega e paga salários cada vez mais vis.

Império não desistirá na Venezuela

Charge: Tasos Anastasiou/Rebelión
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

A segunda tentativa de golpe do moleque da CIA na Venezuela, Juán Guaidó, fracassou de forma monumental, para tristeza do moleque de Trump no Brasil e, sobretudo, para desconsolo da nossa imprensa conservadora, que torceu descaradamente pelo sucesso da empreitada ilegal, inconstitucional e criminosa.

Não há dúvida de que Maduro saiu fortalecido do episódio e de que Guaidó, peça patética e descartável na briga geopolítica que envolve a Venezuela, poderá ser substituído por outro títere um pouco menos ridículo.

É hora de parar Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O país ainda não se refez do trauma do impeachment de Dilma. O desmonte institucional, induzido por Aécio Neves e convalidado pelo Supremo Tribunal Federal, produziu um caos geral. Assim, há sempre o prurido de reincidir e banalizar o impeachment como saída para as crises institucionais.

Mas o caso Bolsonaro é diferente de tudo o que se viu no país antes e depois da democratização. O país está entregue a um celerado, com ligações diretas com as milícias do Rio de Janeiro, comandando um bando de alucinados que assumiram posição de destaque no Ministério e que tem como único objetivo a destruição de todo sistema formal construído ao longo da história.

Cadê os empregos da 'reforma' trabalhista?

Por Daniel Almeida, no Blog do Renato:

Faz dois anos que o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Reforma Trabalhista, mudando mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E onde estão os empregos que supostamente seriam gerados em menos de um ano da vigência da nova lei?

Fica cada vez mais claro o que a Bancada do PCdoB no Congresso já denunciava na época da aprovação da Lei 13.467/17. O discurso do governo Michel Temer, efetivamente, era mentiroso ao sustentar que a proposta iria modernizar as relações trabalhistas, gerar empregos e garantir o crescimento da economia.

Blackwater recruta mercenários contra Maduro

Do blog Nocaute:

De acordo com a agência Reuters, Erik Prince, fundador da empresa de mercenários Blackwater, apresentou um plano para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, utilizando uma força de 5 mil paramilitares postos à disposição do líder golpista Juan Guaidó.

O fundador do grupo paramilitar Blackwater, Erik Prince, quer enviar cinco mil homens à Venezuela a fim de ajudar o líder golpista, Juan Guaidó, a tomar o poder, informou a agência Reuters News em uma reportagem exclusiva veiculada nesta quarta-feira.

Financiamento da educação: o que vem por aí?

Charge: Bruno Aziz
Por Christian Lindberg, no site da Fundação Maurício Grabois:

Os últimos dias não estão sendo fáceis para a universidade pública em nosso país. Já não bastasse a campanha histórica de que ela abriga somente os filhos dos ricos e de que o conhecimento produzido nela não impacta na vida das pessoas, agora ela é acusada de ser um reduto de militantes esquerdistas e dominada por um suposto marxismo cultural.

Esta campanha contra a universidade pública encontra respaldo nas constantes falas do presidente Jair Bolsonaro, do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, e nas ações tomadas pelo Ministério da Economia, a exemplo do contingenciamento de 5,8 bilhões de reais anunciado recentemente, que implicou no corte linear de 30% do orçamento das universidades federais.

A vida está difícil. Lide com isso

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Reuni resumos da literatura recente de não-ficção, postadas no meu blog Cidadania & Cultura, em um livro eletrônico para download gratuito: Fernando Nogueira da Costa – A Vida está Difícil. Lide com Isso. São narrativas da crise mundial na atual transição histórica.

Li e resumi 43 livros de autores estrangeiros, em geral publicados nos últimos anos, exceto os de Metodologia. Apresento as narrativas na ordem clássica da “jornada do herói” (era uma vez – todos os dias – até que em um dia – por causa disso – finalmente) as explicações sobre crise financeira, metodologia econômica, transição histórica devido à revolução tecnológica, consequências políticas vivenciadas e propostas políticas para evitar a atual polarização destrutiva.

Ataque à participação popular é retrocesso

Por Raimundo Bonfim. na Rede Brasil Atual:

Em mais uma medida autoritária, o governo Bolsonaro deu um duro golpe na democracia direta, propondo o fim dos espaços de participação popular. Já durante a campanha eleitoral, o capitão reformado afirmou que iria acabar com o ativismo social, passando a ideia que a participação das pessoas na vida política do país é algo negativo. Quando na verdade é exatamente ao contrário.

No momento em que finalizo esse texto recebo a notícia que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu pedido de liminar impetrado pelo PT questionando a constitucionalidade do decreto. Agora, essa decisão será submetida ao plenário da Corte. Ou seja, a batalha não está ganha.

Trabalhadores se unem contra a catástrofe

Editorial do site Vermelho:

O cenário de calamidades que emergiu com a guinada do Brasil à extrema direita, um processo iniciado com a homogeneidade das forças do golpismo em torno da ideia do impeachment fraudulento da ex-presidenta Dilma Rousseff, impulsionou as entidades sindicais à unidade do 1º de maio, um fenômeno da mais alta relevância. Essa unidade foi além com as articulações para uma greve geral em 14 de junho para enfrentar a “reforma” da Previdência Social e o crescimento vertiginoso do desemprego.