domingo, 21 de abril de 2019

Racista do Santos pede afastamento

Adilson Durante Filho
Por Altamiro Borges

O jornal ‘A Tribuna’ confirmou neste sábado (20) que “Adilson Durante Filho entrou com pedido de renúncia do cargo de conselheiro do Santos Futebol Clube pelo triênio 2018 a 2020 e afastamento definitivo do quadro associativo do clube... Ele teve um áudio vazado na última quinta-feira, no qual faz comentários com teor racista. Após o áudio circular pelas redes sociais, torcedores do Santos pediram por sua expulsão do clube. Adilson também ocupava o cargo de secretário-adjunto de Turismo da cidade de Santos [no litoral de São Paulo]. Inicialmente, ele pediu licença não remunerada. No entanto, na sexta-feira, a administração municipal confirmou a sua exoneração’.

O sigilo em torno da PEC da Previdência

Por Jeferson Miola, em seu blog:             

A decretação de sigilo sobre os estudos e pareceres técnicos que embasaram a PEC 6/2019 tem duplo significado.

Por um lado, deixa cristalina a índole totalitária do governo militar. De outra parte, sinaliza que Bolsonaro e Guedes pretendem ocultar ao máximo as mentiras construídas para perpetrar toda sorte de barbárie contra os trabalhadores.

É fundamental o pleno esclarecimento sobre os pressupostos que levaram o governo a apresentar a PEC da Previdência. Esse esclarecimento é essencial, porque a PEC afetará diretamente – seja no presente, seja no futuro – a vida dos 210 milhões de brasileiros.

EUA, Bolsonaro e a destruição da Unasul

STF usou Lula para responder a hipócritas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A decisão do STF de suspender a censura a Lula durante a campanha eleitoral do ano passado ocorreu como resposta à gritaria hipócrita de órgãos de imprensa reclamando de censura ao site pró Bolsonaro O Antagonista. O STF meio que disse: “Gostam de liberdade de expressão? Então também vão ter que ouvir a liberdade de expressão de Lula!”

Em 28 de setembro do ano passado, o ministro do STF Luiz Fux cassou liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski permitindo que a Folha de SP entrevistasse o ex-presidente Lula. A eleição acabou sem que Lula tivesse podido dizer um A publicamente. A direita midiática temia que Fernando Haddad vencesse se o ex-presidente pedisse votos a ele.

A política de reajuste de preços da Petrobras

Por Rodrigo Leão, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Na última semana, a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na política de reajuste de preços da Petrobras ganhou destaque nas manchetes dos grandes jornais brasileiros. A ingerência criou um reboliço do mercado financeiro com os papeis da Petrobras apresentando uma queda de 7% na sexta-feira (12/04).

É impossível dissociar a apreensão do mercado com o prolongado período de contenção de preços da Petrobras, entre 2012 e 2014, quando o refino da companhia deixou de arrecadar entre US$ 40 bilhões e US$ 90 bilhões, a depender das estimativas realizadas pelas diferentes instituições que acompanham o mercado.

Argentina: ainda bem que há eleições…

Por Felipe Calabrez, no site Outras Palavras:

A crise que devasta a economia argentina passava relativamente despercebida pela velha mídia, que, como sabemos, costuma mensurar a gravidade dos dramas dos países vizinhos em função da orientação ideológica de seus governos. O galopante declínio das condições de vida dos argentinos e o aumento acelerado e concomitante nos preços e nos níveis de pobreza não ocupavam destaque nos grandes jornais.

Eis que ontem (17/04), o anúncio de um pacote de medidas do presidente Maurício Macri causou sobressalto. Diante da escalada de preços, o governo anunciou um amplo pacote que inclui acordo entre governo e empresas para manter estáveis os preços de itens da cesta básica, descontos em medicamentos para beneficiários de programas sociais e subsídios estatais a tarifas de energia.

Governo Bolsonaro tenta sufocar a cultura

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

Um dos maiores eventos do cinema mundial, o festival de Cannes, na França, selecionou para a competição Bacurau (2019), novo longa do pernambucano Kleber Mendonça Filho. Isso aconteceu na quinta-feira (17). Um dia depois, a Secretaria Especial da Cultura, do governo de Jair Bolsonaro (PSL), negou o último recurso do cineasta, que se defende de supostas irregularidades na captação de recursos para O Som ao Redor (2012). Kleber se posiciona abertamente na oposição do governo.

Sites bolsonaristas e liberdade de expressão

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Os dias não andam fáceis. Defensores da ditadura e do golpe se fazem agora de paladinos da liberdade de expressão. Em alguns casos, são os mesmos que mandam recados para ministros do Supremo: `Não ousem soltar Lula´” (Reinaldo Azevedo, na Folha).

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No Brasil virado de ponta cabeça, um dia nunca é igual ao outro, mas todos são esquizofrênicos.

O que valia num dia já não vale no outro, canalhas viram heróis, grandes defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão, as leis mudam de acordo com os interesses e o humor de quem julga, o que era proibido está liberado e vice-versa.

Entre a censura e a indignação seletiva

Por Luis Felipe Miguel, no Jornal GGN:

Não tenho, evidentemente, nenhuma simpatia pelos pasquins de direita que sofrem a censura imposta pelo STF. Mas se trata de uma grave restrição à liberdade de expressão – que, pelas repetidas declarações de Dias Toffoli nos últimos dias, está longe de ser um valor importante para nossa corte suprema.

A seletividade da indignação dos ministros do Supremo com a levianidade da mídia e o vazamento de informações judiciais é gritante. No processo de derrubada da presidente Dilma Rousseff e de perseguição ao ex-presidente Lula, foram cometidos abusos reais, de enorme gravidade, com a conivência menos ou mais ativa de todos eles. Agora, em episódio bem mais ambíguo, parte-se direto para a intimidação.

Ainda vivemos em uma democracia?

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Depois do que acompanhamos na seara política em 2018, da prisão política de Lula à vitória de Jair Messias Bolsonaro, será possível dizer que vivemos em plena democracia no Brasil?

Esta foi uma das questões discutidas pelos professores André Singer (USP-CENEDIC), Marcos Nobre (Unicamp-Cebrap) e Sebastião Velasco (Unicamp, Cedec, PPG San Tiago Dantas) no debate As eleições de 2018 e o futuro da democracia no Brasil, ocorrido em 12 de abril, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Sim, o lavajatismo quer o poder!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Insuspeito de simpatias ideológicas pelo petismo, Demétrio Magnoli, na Folha de hoje, faz excelente análise daquilo que cada vez mais pessoas percebem, embora há tempos seja óbvio: que o “Governo Bolsonaro é só uma escala técnica na rota do Partido dos Procuradores”, uma organização "que alastrou suas bases pelo Ministério Público, extravasou para setores da Polícia Federal e da Receita e se disseminou entre militares da reserva e políticos (tanto governistas como de oposição)".

Hoje, o projeto de poder tem seu próprio candidato presidencial, que atende pelo nome de Sergio Moro, e seu veículo oficioso de mídia, que é o site censurado pelo ato ilegal do STF.