quarta-feira, 4 de maio de 2022
Lula tem que ampliar seu discurso
Foto: Ricardo Stuckert |
Lula precisa mudar sua estratégia de comunicação. Falar em eventos organizados por correligionários, para aqueles que nunca deixaram de ser lulistas, é como se estivesse falando com o espelho. Esse moimento não amplia o campo de sua atuação e, em realidade, acaba que por acirrar um efeito nocivo nos tempos atuais, que é a polarização, onde o resultado já foi visto nas últimas eleições.
Fato é que, neste momento, alguns eventos estão dentro do contexto da formação das alianças; no entanto, Lula precisa ampliar o discurso para os diversos segmentos da sociedade, tratar de temas palpáveis, do dia a dia da imensa maioria dos brasileiros e recolocar-se como um moderador social, capaz de apaziguar o país dividido e governar para todos os brasileiros.
As diferenças do 1º de Maio
Tirinhas do Armandinho/Alexandre Beck |
Duas datas importantes nessa semana serviram para refletir sobre as mazelas a que o Brasil e os brasileiros estão submetidos nesses últimos anos: o 1º de Maio e o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3/5).
No Dia Internacional dos Trabalhadores, enquanto o movimento sindical fazia manifestações contra os retrocessos na legislação trabalhista, por empregos e democracia, o presidente participava de outras pedindo a volta da ditadura, afrontando o STF e criando confusão para desacreditar o processo eleitoral. Isso, porque ele sabe que vai perder e tenta preparar o terreno para suas manobras golpistas, exatamente como fez Donald Trump, nas últimas eleições americanas.
No Dia Internacional dos Trabalhadores, enquanto o movimento sindical fazia manifestações contra os retrocessos na legislação trabalhista, por empregos e democracia, o presidente participava de outras pedindo a volta da ditadura, afrontando o STF e criando confusão para desacreditar o processo eleitoral. Isso, porque ele sabe que vai perder e tenta preparar o terreno para suas manobras golpistas, exatamente como fez Donald Trump, nas últimas eleições americanas.
ComunicaSul e a integração latino-americana
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Há 10 anos na ativa, a ComunicaSul acumula larga experiência na cobertura de processos eleitorais e eventos políticos relevantes no continente. Com viagem marcada para cobrir a eleição colombiana, neste mês de maio de 2022, o grupo tem o propósito de fazer trabalho de campo e produzir jornalismo contra-hegemônico, refletindo as perspectivas das maiorias e dos movimentos sociais, utilizando o colaborativismo e solidariedade como formas de financiamento e sustentabilidade.
Um perigo solto no ar
Charge: Duke |
Bem, na verdade não há um: são milhares e milhares de perigos que não flutuam no ar, se alastram na vida real do processo de destruição que se instalou em todo o país.
Mas há um em especial que vem me preocupando mais e mais a cada dia: que Jair Messias tente um golpe antes das eleições.
Mas há um em especial que vem me preocupando mais e mais a cada dia: que Jair Messias tente um golpe antes das eleições.
Que vai tentar um depois da sua esperada derrota pode ser considerado favas contadas.
Mas do jeito que ele vai aumentando a tensão pelo menos duas vezes por dia, que vai manipulando impunemente as Forças Armadas, especialmente a mais poderosa delas – o Exército – que, aliás, se deixam mansamente manipular, que vai confrontando a Constituição na certeza de que Arthur Lira, presidente da Câmara, irá continuar guardando na gaveta um sem-fim de pedidos de impeachment, que vai destroçando as relações institucionais – enfim, continuar esse jeito de Jair Messias ser cada vez mais Jair Messias, não seria surpresa se ele tentar o tal golpe antes das eleições.
'Meio' bolsonarismo? Há 'meia ditadura'?
Charge: Miguel Paiva |
Carregando uma rejeição que oscila entre 50 e 60% dos brasileiros, que o acham ruim ou péssimo, uma conta de mais de 660 mil mortos da pandemia, uma inflação que só se equipara aos números de quase 30 anos atrás, Jair Bolsonaro não se acanha em atropelar as regras da democracia, agitar suas hordas pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e a volta do AI-5.
É pouco ou alguém quer mais para entender que uma improvável, mas possível, recondução do atual presidente não é a porta aberta, mas escancarada, para a implantação de um regime cujo níveis de autoritarismo faça o que temos hoje parecer uma Suécia?
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