quarta-feira, 30 de junho de 2021

Desemprego mantém marca recorde de 14,7%

Por Altamiro Borges


Enquanto Arthur Lira, presidente da Câmara Federal e cacique do Centrão, não destrava o processo de impeachment do facínora Jair Bolsonaro, o desemprego segue em alta no Brasil. Dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad-Contínua) do IBGE divulgados nesta quarta-feira (30) mostram que a taxa se manteve no patamar recorde do período anterior, registrando 14,7% no trimestre encerrado em abril.

Wizard é acusado de charlatanismo na CPI

Do Jornal GGN

O bilionário bolsonarista Carlos Wizard foi acusado de charlatanismo e crime contra a humanidade pelos senadores de oposição ao governo Bolsonaro durante a oitiva da CPI da Covid no Senado, na manhã desta quarta (30), ao defender o tratamento precoce com cloroquina para pacientes com coronavírus.

Wizard, por orientação de advogados e amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, permaneceu em silêncio durante toda a intervenção do relator da CPI, Renan Calheiros.

O empresário se recusou a responder todas as perguntas, exceto uma: negou que suas empresas tivessem envolvimento direto no negócio das vacinas contra o coronavírus.

Vacina, só com propina

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Nunca me convenci de que foi por um misto de incompetência com negacionismo, vale dizer, ignorância, que o governo Bolsonaro deixou de comprar vacinas na hora certa, quando todos os países faziam suas encomendas, evitando milhares de mortes.

O que fomos descobrindo a partir da instalação da CPI ontem foi escancarado: eles só topavam comprar vacinas de fabricantes que aceitavam pagar propina.

Duas bombas estouraram na noite de ontem, mais um dia de São Pedro sem fogueira por causa da infindável pandemia, e o estrépito produzirá uma quarta-feira turbulenta.

Conforme revelou à Folha de São Paulo o executivo Luiz Paulo Domingueti, que representava a fabricante Davati Medical, para comprar 400 milhões de doses do imunizante Astrazeneca, "o grupo" que operava a corrupção no Ministério da Saúde exigia que US$ 1 fosse acrescido ao preço de cada dose e repassado ao esquema. Isso representava uma propina de R$ 2 bilhões.

A caçada a Lázaro e o projeto de Bolsonaro

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

A direita sabe tirar proveito de episódios como esse do cerco que resultou na execução de Lázaro Barbosa.

A direita (e não só a extrema direita) faz bem mais do que comemorar.

A Internet e as redes de Whats estão cheias de textos com notas fakes atribuídas a políticos da esquerda, principalmente os que têm os nomes vinculados à luta pelos direitos humanos.

São caluniados com a informação de que estariam dispostos até a contratar advogados para defender a família de Lázaro.

Outros são apontados como autores de mensagens em que lamentam a morte do bandido.

Não vou citar nenhum dos difamados, não porque possa achar que corro o risco de contribuir para a disseminação de bobagens e injúrias. Não imagino que meus textos sejam lidos por imbecis. Não divulgo porque a tática toda é muito nojenta.

O trabalho em agências de comunicação

A mobilização pelo impeachment de Bolsonaro

Dados e privacidade na rede: seus direitos

O que está acontecendo na Colômbia?

Corrupção: Bolsonaro está nu!

A entrega superpedido de impeachment

O mercado da morte do "Centrão"

terça-feira, 29 de junho de 2021

Sikêra Junior será punido por homofobia?

Charge: Khalid Cherradi/Marrocos
Por Altamiro Borges


Sikêra Junior, o bolsonarista que recentemente garfou R$ 120 mil de “jabá” para bajular o governo federal, talvez precise de mais grana para pagar as suas dívidas. Haja cachê, propinas e outras maracutaias! Nesta segunda-feira (28), o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação civil pública contra o apresentador por seus comentários homofóbicos na RedeTV! e solicitou que a Justiça obrigue o fascista e a emissora que transmite o “Alerta Nacional” a pagarem uma indenização milionária de R$ 10 milhões por “danos morais coletivos”.

Flávio Rachadinha, a Precisa e o BNDES

Por Altamiro Borges


O senador Flávio Bolsonaro, também apelidado carinhosamente de “Flávio Rachadinha”, está metido em mais um rolo. Segundo a revista Veja, o filhote 01 do presidente da República se reuniu com o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos – a empresa que intermediou a sinistra compra da vacina indiana Covaxin – e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.

Irmão do “apóstolo” charlatão morre de Covid

Por Altamiro Borges

Da trágica série “A vida é irônica e cruel”. A imprensa informa que o bispo Vanderley Santiago, de 53 anos, morreu de Covid-19 nesta segunda-feira (28), em São Carlos, no interior de São Paulo. Ele era irmão do apóstolo Valdemiro Santiago, o chefão da Igreja Mundial do Poder de Deus que vendia sementes de feijão sob a bravata de que elas teriam eficácia para a cura da doença.

Segundo informações da prefeitura da cidade, o religioso procurou atendimento no Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho e, posteriormente, foi transferido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Santa Felícia, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ele havia testado positivo para a Covid-19 e já havia tomado a primeira dose da vacina.

Superpedido de impeachment: Fora Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


A apresentação do chamado superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30), pode deflagrar uma fase decisiva da luta para conter a marcha da extrema direita. A ação reúne mais de 100 pedidos de organizações do movimento popular, partidos políticos e personalidades de um amplo espectro político e social.

Há muitas razões para justificar o afastamento de Bolsonaro, a começar pelas que estão mais relacionados à conduta irresponsável do governo quanto à pandemia da Covid-19. Depois de atacar a vacina e menosprezador sua importância, protelou a aquisição do imunizante. Enquanto isso, foi o único governante no mundo a estimular o uso de Cloroquina e a pôr a máquina governamental para produzir e adquirir o medicamento desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por fim, surgiram as denúncias de corrupção para a aquisição da vacina indiana Covaxin.

O banqueiro e o sem-terra

Por Frei Betto, em seu site:

Terça, 10 de maio de 2005, São Paulo, capital. A pedido de Olavo Setúbal que, com frequência, me convidava para almoçar na sede do banco Itaú, no Jabaquara, daquela vez levei João Pedro Stédile, dirigente do MST. Homem culto e aberto, o banqueiro já me havia dito que preferia conversar com quem não pensava como ele.

No pequeno recinto improvisado em bistrô, Setúbal indagou de Stédile: “O que pensa do presidente Lula?” João Pedro enumerou os avanços do governo do PT e admitiu o atraso na reforma agrária. E devolveu a pergunta: “E o senhor, o que pensa de Lula?” “Uma decepção” – disse o banqueiro – “para quem esperava algo dele. Como eu não esperava nada, considero-o um gênio, um gênio!”, repetiu enfático.

CPI começa a revirar o ‘Ricardo de Lama”

Por Fernando Brito, em seu blog:

“Eu sei me defender” diz, desafiador, o deputado Ricardo de Barros, de quem o Estadão afirma ser o senhor do “feudo das vacinas” que teria o PP no Ministério da Saúde.

Vai precisar saber defender-se, mesmo, porque há fartíssimo material que aponta a influência política do “Centrão” – e do próprio presidente da Câmara nas compras milionárias do Ministério da Saúde, desde o governo Temer.

Na Folha, informa-se que seu advogado particular, Flavio Pasieri, participou de pelo menos uma reunião com a Anvisa para liberar a importação da Covaxin indiana.

No mesmo jornal, Cristina Serra recorda que a turma de Barros articulou a compra de um medicamento ineficaz para leucemia infantil em 2017, que resultou numa denúncia por improbidade administrativa contra vários servidores do Ministério da Saúde feita pelo Ministério Público Federal, entre eles Marco Antonio Fireman, protegido de Arthur Lira, o hoje presidente da Câmara.

A questão militar no Brasil

E a eleição de Lula e o povo na rua

Campanha de solidariedade à Venezuela

Misógino, Bolsonaro agride outra jornalista

Por Altamiro Borges


Jair Bolsonaro precisa urgentemente de uma focinheira. Cada vez mais isolado e rejeitado – como apontam as pesquisas –, ele não tem mais qualquer controle emocional. Na sexta-feira (25), em mais um evento eleitoral, desta vez em Sorocaba (SP), o fascista voltou a atacar a imprensa. Típico dos misóginos, o alvo da agressão foi novamente uma jornalista.

Questionado pela repórter Victoria Abel, da rádio CBN, sobre a suspeita de corrupção na compra da vacina Covaxin, o “capetão” esbravejou: “Para de fazer pergunta idiota, pelo amor de Deus, nasça de novo... Ridículo, tá empregada onde? Vamos fazer pergunta inteligente, pessoal”. O imbecil falando em inteligência. Patético!

A notícia-crime contra Bolsonaro

Por Altamiro Borges


O cerco se fecha contra Jair Bolsonaro, que tende a radicalizar cada vez mais as suas atitudes. Nesta segunda-feira (28), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é vice-presidente da CPI do Genocídio, Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-Goiás) ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma notícia-crime contra o fascista.

A ação é por suposto "crime de prevaricação" no caso da Covaxin e baseia-se nas denúncias apresentadas na semana passada na CPI do Genocídio. Ela pede que o “capetão” seja intimado e responda em 48 horas se foi comunicado das irregularidades na compra de vacina indiana. A ministra Rosa Weber já foi sorteada como relatora do processo no STF.

Rara chance de reflexão sobre os militares

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Neste país onde generais ocuparam o centro do poder político através de um governo eleito pelo voto, é fácil reconhecer a urgência de se debater o papel dos militares na vida pública - passo indispensável para uma correta compreensão de seu papel numa democracia.

Mais difícil é ter a oportunidade de encontrar um debate qualificado sobre o assunto, com a presença de professores e autoridades que conhecem o tema de perto, seja pela convivência direta, seja por décadas de reflexão - ou pelas duas atividades combinadas.

Preparado pelo professor Manoel Domingos Neto, hoje a principal referência naquele universo intelectual em que a atividade acadêmica se encontra com o debate político, a partir de terça-feira, 6 de julho, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé inicia um ambicioso curso remoto, que tenta responder a este desafio.

Quase uma revolução

Foto: Antônio David/Secom-PB
Por Gilberto Maringoni, no Jornal GGN:
 

Um Brasil miserável e primário exportador é funcional para os ricos destas terras e seus sócios externos.

Podemos ter surtos de crescimento do PIB e nos tornarmos um caso de sucesso global com uma população faminta.

É o modelo perseguido desde os anos 1990, quando o papel absolutamente central do Estado como planejador e indutor da economia foi abandonado em favor de um modelo que pede o fortalecimento de uma burguesia compradora e intermediária de interesses externos.

O Estado foi demonizado desde então, não para que deixasse a economia funcionar, mas para que sua agenda fosse mudada.

Para uma economia extrativista e primário exportadora, poderíamos transformar uma empresa sofisticada e atuante em diversos ramos industriais, como a Vale, em uma mineradora.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

A picada da corrupção na vacina de Bolsonaro

A visibilidade da população LGBTQIPA+

CPI investigará Bolsonaro: omissão ou ato?

Dois meses de manifestações na Colômbia

A nova configuração de poder em Israel

Campos de concentração na China?

Acuado por CPI, Bolsonaro reage!

Caso Lázaro, apagão e prevaricação

Lava-Jato entregou o Brasil a Ricardo Barros

Até Ivete Sangalo adere ao “Fora Bolsonaro”

Por Altamiro Borges

O isolamento do “capetão” Jair Bolsonaro cresce em todos os setores da sociedade e produz até algumas surpresas. Após passar longo tempo posando de “isentona”, a cantora baiana Ivete Sangalo finalmente desceu do muro e postou em suas redes sociais uma mensagem contra o presidente genocida. Antes tarde do que mais tarde!

"Meus zamuris, entendo o quão necessário é nesse momento não estabelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir. E isso vamos resolver quando unirmos forças nas próximas eleições, através do poder do voto", disparou na terça-feira passada (22).

Lula, 49%; Bolsonaro, 23%. Risco de golpe?

Por Altamiro Borges


Pesquisa não é eleição. É só um retrato do momento. Mas o retrato trazido pelo Ipec – instituto criado por ex-diretores do Ibope Inteligência – na sexta-feira (25) talvez ajude a explicar os chiliques e a agressividade crescentes do "capetão". Ela mostra que o ex-presidente Lula tem mais que o dobro das intenções de voto de Jair Bolsonaro – 49% a 23%.

Se a eleição fosse hoje, o candidato das forças democráticas venceria o fascista já no primeiro turno. Na sondagem, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar, com 7%; João Doria (PSDB) tem 5%; e Luiz Henrique Mandetta (DEM) marca 3% das intenções de voto. Outros 10% disseram preferir votar em branco ou nulo – 3% não responderam.

domingo, 27 de junho de 2021

A entrega do "superpedido" de impeachment

Por Altamiro Borges

Na próxima quarta-feira (30), um “superpedido” de impeachment contra Jair Bolsonaro será protocolado no Congresso Nacional, em Brasília. Ele reúne mais de 100 requerimentos apresentados por partidos de oposição e também por ex-aliados do presidente fascista – como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).

A entrega do superpedido terá ainda um ato político das entidades do movimento "Fora Bolsonaro", como as centrais sindicais, União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Sem-Terra (MST). O objetivo da iniciativa é aumentar a pressão sobre Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, cacique do “Centrão” e o aliado de ocasião do genocida.

Endividado, Grupo Madero pode fechar

Por Altamiro Borges


O arrogante empresário bolsonarista Junior Durski, que minimizou a pandemia da Covid-19, mordeu a língua – e quem vai sofrer são novamente os trabalhadores da empresa. Com dívidas que somavam R$ 2,4 bilhões até o final de março, o Grupo Madero pode fechar suas portas. Segundo a Folha, a rede "tem dúvidas sobre a continuidade do negócio".

"O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incertezas sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado nessa quinta-feira (24)", relata o jornal.

Operários da foto com Bolsonaro são ameaçados

Por Altamiro Borges


Com sua mania de perseguição, Jair Bolsonaro deve ter ficado intrigado com os operários que posaram para uma foto ao seu lado em Jucurutu (RN). Alguns fizeram o "L" com os dedos – um símbolo associado ao ex-presidente Lula. De imediato, o Ministério do Desenvolvimento Regional, que armou o palanque eleitoral, retirou a foto do seu perfil no Instagram.

Os capachos da comitiva presidencial também fizeram questão de divulgar que, “na verdade”, os trabalhadores estavam apontando para Deus a pedido do próprio “capetão”. Outros falaram que seria o símbolo da “arminha” do fascista. Ninguém sabe ao certo qual foi a motivação do gesto. Mas já há informações de que os operários passaram a ser perseguidos.

Bolsonaro avança na militarização do país

Por Altamiro Borges


Apesar do crescente desgaste de Jair Bolsonaro – já atestado em várias pesquisas –, o processo de fascistização do Brasil segue em curso. Agora, o laranjal propõe que os civis sejam julgados pela Justiça Militar por eventuais ofensas às Forças Armadas. É a volta da ditadura. Só falta legalizar também a tortura e os assassinatos de opositores.

A proposta fascistizante consta de um parecer assinado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e já protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a tese, civis seriam julgados por crimes militares, o que incluiria delitos contra a honra de instituições fardadas. A ideia maluca visa, acima de tudo, calar os jornalistas.

O objetivo de Bolsonaro é extinguir a EBC

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão da Itararé:

Na segunda-feira (28), a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) da Câmara dos Deputados promove audiência pública, às 14h30, para discutir a proposta de inclusão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no plano de desestatização do governo.

Convidada para a audiência, a coordenadora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, avalia que a atividade será mais uma trincheira de luta em defesa da EBC: “O que está em jogo não é a privatização, mas sim a extinção da EBC”, diz. “A EBC foi criada por uma lei aprovada pelo Congresso. Qualquer iniciativa que objetive acabar com a EBC precisa também passar pelo Congresso”.

É cedo demais para dizer “adeus Bolsonaro”?

Por Leonardo Avritzer, no site A terra é redonda:

Jair M. Bolsonaro formou a coalizão de apoio mais heterogênea e mais heterodoxa da história recente do Brasil. Me explico. É sabido que exército, centrão, corporações da área de segurança e mercado financeiro, além da legião de motociclistas incomíveis (de acordo com a camiseta que um deles vestia), têm pouco em comum quando pensamos em termos de projeto político.

Mas deve-se reconhecer que esses grupos constituíram uma base de apoio relativamente estável para um presidente que, ao que parece, ainda não se dedicou um dia inteiro à tentativa de governar o país. Pelo contrário, desde o início da pandemia tudo indica que ele entende o seu mandato como a arte de desfazer políticas públicas na área de saúde, boicotar a compra de vacinas e apostar em remédios sem eficácia. Surpreendentemente, até algumas semanas atrás, parte significativa da sua base de apoio demonstrava aderir a esse projeto político heterodoxo. Foi até possível encontrar um general que se divertia em desorganizar a política de saúde no país, em nome da logística e da legitimidade das Forças Armadas.

A tortura para além da tortura

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:

Em 26 de junho de 1997 a Organização das Nações Unidas, criou o Dia Internacional da Luta contra a Tortura com o fim de, não só combater a prática desta aberração, como oferecer amparo às suas vítimas.

Ao se falar em tortura o que primeiro nos vem à mente é a tortura praticada diretamente no corpo de uma pessoa. Quando com fins políticos e aplicada cientificamente, bem ensinada por especialistas, a marca que deixa nas vidas de suas vítimas, não se apagam. A tortura lhes torturará sempre, podendo levá-las, mesmo que tenha cessado há anos, ao suicídio, como foi o caso de Frei Tito de Alencar Lima, dominicano que se enforcou no Convento Sainte-Marie de La Tourette, em 1974, três anos depois de ter sido liberado e de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, a Dodora, que, libertada também em 1971, cinco anos depois atirou-se nos trilhos de um trem numa estação de metrô, em Berlim Ocidental. Carregaram a tortura até não poder mais conviver com ela.

Previsão furada de que o PIB salva Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Do alto de sua sabedoria, sagacidade e experiência, a economista Maria da Conceição Tavares, fiel ao seu estilo desabrido e contundente, disparou quando soube do resultado do PIB : “As pessoas não comem PIB. Comem alimentos.”

Além de confrontar o foguetório midiático que se seguiu ao anúncio do aumento do Produto Interno Bruto de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre de 2020, a decana dos economistas progressistas do país, provavelmente, também mirava em outro alvo.

É que não faltaram análises de economistas e jornalistas especializados do campo democrático e de esquerda prevendo que o fim da estagnação econômica e o crescimento acima do esperado do PIB projetam um cenário político-eleitoral mais favorável a Bolsonaro em 2022.

Rejeição a Bolsonaro e o desafio da oposição

Editorial do site Vermelho:


O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.

Generais num mar de corrupção e de mortes

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Depois da sessão realizada numa 6ª feira [25/6] que avançou no tempo e terminou somente às 22:52 horas, a CPI da Covid pode dar por encerrados seus trabalhos, pois os propósitos de instalação da Comissão podem ser considerados plenamente concretizados.

Além de já ter conseguido demonstrar a responsabilidade do governo no crime de morticínio de centenas de milhares de brasileiros, com o depoimento dos irmãos Miranda – o deputado Luis Cláudio e o servidor público Luis Roberto – a CPI desnudou o esquema bilionário de corrupção na negociata para aquisição da vacina Covaxin.

Coerente com sua índole homicida, o governo não estava efetivamente interessado na aquisição de vacinas para imunizar a população brasileira, mas sim em aproveitar a oportunidade para um negócio corrupto envolvendo pelo menos R$ 1,6 bilhão de reais.

Bolsonaro prevaricou: denúncia deve ir ao STF

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Um servidor público, acompanhado de um deputado federal, seu irmão, foi ao presidente da República denunciar um caso de corrupção.

O presidente demonstra saber da história e até diz: "É coisa do Ricardo Barros".

Ou seja, acobertou um crime, deixando de tomar providências. Prevaricou, e isso é crime.

O senador Randolfe Rodrigues antecipa que a CPI da Covid poderá, antes mesmo da conclusão de seus trabalhos, denunciar Bolsonaro ao STF por crime de prevaricação com base no artigo 86 da Constituição.

Neste caso, a Câmara teria que autorizar o STF a processar o presidente pela maioria de 2/3 dos votos, ou 342, ocorrendo imediatamente o afastamento. Michel Temer barrou processos semelhantes, em duas oportunidades, com apoio do Centrão, a um preço elevado, em todos os sentidos.

Barros e Bolsonaro são os protagonistas

Por Conrado Ubner, no Diário do Centro do Mundo:


1- Ricardo Barros nomeou a servidora que autorizou o contrato irregular, quando ainda era Ministro da Saúde.

2- O Governo Bolsonaro recusou sistematicamente a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas e ainda acrescentou que “não iria atrás de nenhuma empresa para adquirir vacina; elas, as empresas, que viessem atrás”.

3- Ricardo Barros, líder do governo, incluiu emenda para permitir a compra da vacina indiana, que sequer havia sido aprovada pela Anvisa, em detrimento de vacinas já disponíveis.

4- Governo assina contrato de compra com a empresa indiana, por valor muito superior às demais e com eficácia bastante duvidosa até mesmo na Índia e recusada nos países mais desenvolvidos, mesmo alertado formalmente de tal fato pelo embaixador do Brasil na Índia.

5- A compra da vacina é intermediada por uma empresa nacional: a Precisa.

O preço de Arthur Lira subiu

Por Fernando Brito, em seu blog:


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tornou-se a peça chave no destino do país.

E sabe que tem quatro ou cinco meses para usufruir desta importância, porque ela desaparecerá assim que o calendário tornar impossível o que ele, adia neste momento: a abertura de um processo de crime de responsabilidade – o que a gente conhece como impeachment – contra Jair Bolsonaro.

Por que, claro, não dá para pensar em impeachment durante uma campanha eleitoral, quando o voto da população se substitui ao dos parlamentares para decidir pela continuidade ou pelo fim de governo.

Isso, certamente, não escapa a um matreiro representante das oligarquias políticas nordestinas.

Que sabe, também, que Bolsonaro precisa do parlamento para isso e para os “pacotes de bondades” com que pretende recuperar a situação eleitoral desastrosa em que se encontra.

sábado, 26 de junho de 2021

Bolsonaro está acuado por crises e corrupção

A censura na Fundação Palmares

Baixaria na CPI não salva Bolsonaro!

Indícios de corrupção na compra da Covaxin

O bloqueio dos EUA e a vacina cubana

X9 da vacina superfaturada na CPI da Covid

Irmãos Miranda: confusão e medo na CPI

Bolsonaro silenciou sobre a corrupção?

Escândalo Covaxin: CPI esbarra em Bolsonaro

Os últimos dias do bolsonarismo?

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Onde estão os resultados do teto de gastos?

Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Brasil Debate:

O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.

A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.

À beira de um ataque de nervos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Bolsonaro nunca foi equilibrado, mas está perdendo a noção. O chilique recente durante uma entrevista a uma jornalista não chega a espantar: o presidente foi autoritário, machista e grosseiro, como sempre. Mas o que parece ter ficado claro é que, desta vez, o comportamento era defensivo, covarde, amedrontado. Jair acusou o golpe. Anda com medo. E tem motivo para isso.

A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.

Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.

"Reforma" administrativa alimenta corrupção

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O primeiro impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 será o aumento da corrupção na administração pública, aponta nota técnica assinada por Vinícius Amaral, consultor legislativo no Senado. “Esse é um efeito extremamente preocupante, pois a corrupção é um fenômeno persistente e de graves dimensões no Brasil”, afirma. A PEC da “reforma” administrativa está sendo discutida por uma comissão especial na Câmara.

A conspiração para tirar Bolsonaro da eleição

Por Helio Doyle, no site Congresso em Foco:


A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.

O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.

Sete potências e um destino

Reprodução do Facebook
Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:


A China permanece sendo uma “civilização”
que finge ser um Estado-nação […]
e que nunca produziu temática religiosa
de espécie alguma, no sentido ocidental.
Os chineses jamais geraram um mito da criação cósmica
e seu universo foi criado pelos próprios chineses.

Henry Kissinger,. Sobre a China

O espetáculo foi montado de forma meticulosa, em cenários magníficos, e com uma coreografia tecnicamente perfeita. Primeiro foi o encontro bilateral entre Joe Biden e Boris Johnson, os líderes das duas grandes potências que estiveram no centro do poder mundial nos últimos 300 anos. A assinatura de uma nova Carta Atlântica foi a forma simbólica de reafirmar a prioridade da aliança anglo-americana frente aos demais membros do G7 e seus quatro convidados, que se reuniram nos dias 11 e 12 de junho numa praia da Cornuália, sul da Inglaterra, como um ritual de retorno dos Estados Unidos à liderança da “comunidade ocidental”, depois dos anos isolacionistas de Donald Trump. Em seguida, os sete governantes voltaram a se encontrar em Bruxelas, na reunião de cúpula da OTAN encarregada de redefinir a estratégia da organização militar euro-americana para as próximas décadas do século XXI. E ali mesmo, na capital da Bélgica, o presidente americano reuniu-se com os 27 membros da União Europeia pela primeira vez desde o Brexit e, portanto, sem a presença da Grã-Bretanha. Por fim, para coroar esse verdadeiro tour de force de Joe Biden em território europeu, o novo presidente dos Estados Unidos teve um encontro cinematográfico com Vladimir Putin num palácio do século XVIII, no meio de um bosque de pinheiros, às margens do Lago Leman, em Genebra, Suíça.

A ocupação das terras da usina Cambahyba

“Ocupamos as terras da Cambahyba para exigir justiça
para Cícero Guedes”.
 FotoPablo Vergara
Do site do MST:


Há 25 anos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marca sua trajetória no Rio de Janeiro com a ocupação de terras das fazendas da falida usina Capelinha, em Conceição de Macabu. A ocupação se deu em resposta ao latifúndio improdutivo e ao massacre do Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terras foram assassinados pelo governo do estado (PSDB) no Pará em abril de 1996. No ano seguinte o MST - RJ se consolidou com a ocupação da usina São João em Campos dos Goytacazes (RJ) dando origem ao assentamento Zumbi dos Palmares, onde mais de 500 famílias conquistaram sua terra para viver e produzir alimentos.

Dois exemplos a serem seguidos

Por João Guilherme Vargas Netto


Nos tempos anteriores à internet e à pandemia costumava-se dizer que uma imagem valia mais que mil palavras.

Esta métrica pode também ser aplicada hoje, porque um exemplo vale bem mais que muitas pregações.

Refiro-me a exemplos positivos que, embora pequenos em seus efeitos imediatos, têm uma enorme importância ao abrirem caminho para práticas equivalentes com iniciativas a serem reproduzidas.

Há dois exemplos atuais que ilustram bem estas cogitações.

Em São Paulo, o governo do Estado, criou um novo Vale Gás com auxílios emergenciais de 300 reais em três parcelas mensais para as famílias necessitadas poderem enfrentar a carestia dos botijões.

É um paliativo que ajuda os mais pobres a enfrentarem a queda e o coice da inflação de alimentos e o escorchante aumento do combustível para cozinhá-los.

O erro de Bolsonaro com os irmãos Miranda

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


Ricardo Salles caiu, mas agora não queremos saber detalhes da queda de Salles. Não é a prioridade num dia tão cheio.

O que precisamos saber é do caso da Precisa e tentar entender por que Bolsonaro cometeu uma barbeiragem que um assessor de Odorico Paraguaçu não cometeria.

Precisamos saber tudo sobre a empresa envolvida na compra da Covaxin, a vacina de US$ 15, com chip de ouro.

Ricardo Salles será pisoteado pela boiada que ajudou a juntar e a defender, como aconteceu com todos os que se aproximaram de Bolsonaro e caíram em desgraça, ou quase todos.

Salles talvez não tenha a sorte de um Abraham Weintraub, arredado para Washington com salário de mais de R$ 100 mil.

E se Bolsonaro não fosse corrupto?

Por Jair de Souza


Quem nunca se deparou com alguém que, ao ouvir críticas ao governo de Jair Bolsonaro, recorresse à seguinte argumentação: “Tudo bem, mas ele acabou com a corrupção”?

É certo que, a esta altura, não deve haver dúvidas para mais ninguém (nem mesmo para os bolsonaristas) de que o governo Bolsonaro é um dos mais corruptos da história de nossa República.

Os observadores mais atentos já associavam Jair Bolsonaro e seus filhos à corrupção muito antes de ele chegar à presidência: suas rachadinhas extraídas dos funcionários; seus vínculos com as milícias fluminenses; suas inúmeras propriedades imóveis adquiridas sem rendimentos legais que as pudessem justificar; entre outras coisas.

Ódio e amor nas redes sociais

Por Frei Betto, em seu site:


“Diga-me em que nicho da internet se encontra e direi se vou odiá-lo.” Se alguém frequenta uma tribo de Whatsapp ou Twitter de defesa dos direitos humanos e conecta outro de bolsonaristas, será inevitavelmente agredido, ofendido, ou sumariamente excluído dos contatos. E vice-versa.

Como afirma o doutor em Ciências da Comunicação, Moisés Sbardelotto, “não basta gostar ou desgostar de algo: é preciso também desgostar daqueles que gostam daquilo de que não gosto. A raiva e o rancor se digitalizam e permeiam sites e redes sociais digitais mediante expressões de intolerância, indiferença, desinformação, negacionismo, difamação, discriminação, preconceito, xenofobia. O ódio, assim, ganha forma de bits e pixels, principalmente pela ação dos chamados haters, os odiadores, aqueles que amam odiar.”

A direita pode “matar” Bolsonaro a tempo?

Por Fernando Brito, em seu blog:


Lula ter maioria nas intenções de voto em pesquisas não é surpresa.

Mas a grande imprensa estar dando o destaque que dá ao favoritismo do ex-presidente é algo que para a esquerda sempre pobre das atenções da mídia faz levantar a desconfiança desta esmola farta: será que ainda contam com tempo e condições para “matar” Bolsonaro eleitoralmente e fazer surgir do pescoço da Górgona um Pégaso imaculado para ser seu candidato em 2022?

Muita gente boa pensa nisso e não deixo de reconhecer razões na matreirice de um conservadorismo cascudo como o nosso, que não admite partilha e menos ainda a entrega do poder.

Há, entretanto, alguns obstáculos neste caminho, tanto é que a tal “3ª via” continua, faltando 16 meses para a eleição, de calças curtas.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Saída de Salles é derrota do bolsonarismo

Editorial do site Vermelho:

A queda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deve ter pouco impacto na agenda ministerial ou mesmo na imagem internacional do País. De seu sucessor, o ruralista Joaquim Alvaro Pereira Leite, não convém esperar guinadas de nenhum tipo nas diretrizes do ministério. Partidário da mesma agenda predatória que fez de Salles o pior de todos os titulares do Meio Ambiente no Brasil, Joaquim Alvaro há de ser um outro “antiministro”.

Bolsonaro no foco da CPI

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Rifando Ricardo Salles, ministro para lá de carbonizado, Bolsonaro não conseguirá segurar a repercussão do maior escândalo de corrupção de seu governo, o Covaxingate.

Ele agora é alvo claro e brilhante da CPI da Covid, e ainda que não possa legalmente ser investigado pela comissão do Senado, poderá ser responsabilizado no relatório final.

Ou num relatório parcial que pode ser votado no meio do caminho.

O pronunciamento ameaçador e autoritário do ministro Onyx Lorenzoni, ao lado de um investigado da CPI, o ex-secretário-executivo do ministério da Saúde na gestão Pazuello, também não serviu para atenuar o estrépito das revelações.

Pelo contrário, reforçou a ideia de um governo apavorado. Já na segunda-feira, no que pareceu uma reação às manifestações de sábado e ao avanço da CPI, Bolsonaro deu mostras de que anda com os nervos em frangalhos.

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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ricardo Salles deixa o laranjal em chamas

Por Altamiro Borges


O agravamento da crise política parece que acelerou a fuga das ratazanas do governo. Nesta quarta-feira (23), o “rei das queimadas” Ricardo Salles pediu demissão do cargo de ministro da devastação ambiental de Jair Bolsonaro. O ricaço era alvo de inúmeras denúncias – inclusive de participar de um esquema de contrabando de madeira ilegal. Mas ele decidiu deixar o posto exatamente quando o laranjal bolsonariano está pegando fogo. Cortina de fumaça ou medo das labaredas?

Irmão da “Micheque” ganha cargo no Senado

Por Altamiro Borges

O site Metrópoles postou nesta terça-feira (22) que "Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, ganhou um cargo de confiança no Senado com salário de R$ 13,5 mil. A nomeação aconteceu no fim de março. Até então, o soldado da Aeronáutica de 33 anos possuía posto civil de confiança no Ministério da Defesa, no Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas".

O irmão da primeira-dama, também chamada carinhosamente de "Micheque Bolsonaro", era assistente técnico e recebia R$ 5,6 mil por mês. "No novo emprego, Diego Dourado passou a ser assistente parlamentar da 1ª Secretaria do Senado, hoje comandada pelo senador Irajá (PSD-TO)" – que, curiosamente, é filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO).

“Beato Araújo” também fugirá para os EUA?

Por Altamiro Borges

Parece que mais um olavete vai fugir para os EUA. Depois do “ministro” Abraham Weintraub e do “blogueiro” Allan dos Santos, o ex-chanceler "Beato Araújo" – como era chamado entre os diplomatas – já teria arrumado suas malas. Nesta terça-feira (23), o Itamaraty oficializou a transferência de Maria Eduardo Seixas Corrêa, esposa do ex-ministro de Relações Exteriores, para o Consulado do Brasil em Hartford, em Connecticut. Ela deverá levar o maridão, que curte umas “férias” de 90 dias no laranjal bolsonariano, como acompanhante – mas não na condição de diplomata.

Ratinho afunda junto com Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Ratinho é um dos maiores bajuladores do "capetão" Jair Bolsonaro na televisão brasileira – uma típica ratazana. Mas, pelo jeito, esse puxa-saquismo está afundando a sua audiência. Segundo informa Ricardo Feltrin em matéria postada no site UOL nesta segunda-feira (21), "Ratinho perde 1 em cada três telespectadores do SBT". E a situação só tem piorado nos últimos meses!

Segundo a coluna, "além de estar atravessando uma de suas piores fases no ibope desde que estreou no SBT, Ratinho ainda amarga uma fuga prolongada de público... Enfraquecido pela ausência de plateia, formato de programa que não se renova, brincadeiras bobas e a pecha de bolsonarista fanático são alguns dos prováveis motivos para a sangria de público e a desaprovação de boa parcela dos espectadores".

Uma rede de comunicadores latino-americanos

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Impulsionada pelo ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, a Runasur nasceu com a proposta de agregar projetos como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, nas palavras de Morales, "unir os movimentos sociais – sejam indígenas, trabalhadores, de classe média e de professores – com profissionais intelectuais, com o objetivo de lutar por uma verdadeira libertação de toda a América plurinacional dos povos aos povos”. A iniciativa foi batizada Runasur por ter como missão complementar e enriquecer as instâncias oficiais - em quechua, "runa" significa "gente", "pessoa".

General e Bolsonaro voltam a fazer ameaças

EUA e Irã: o que muda no Oriente Médio?

Bolsonaro ainda vai tentar algo drástico

América Latina respira ares progressistas

“Caminho da Índia” vira o centro da CPI

Por Fernando Brito, em seu blog:

O assunto brotou no final de semana, com a notícia de que um funcionário do Ministério da Saúde falava em pressões de um tenente-coronel, subordinado a Eduardo Pazuello para que se encontrasse a “exceção da exceção” para comprar a vacina indiana Covaxin.

Ganhou volume ontem, quando o cheiro forte do dinheiro apareceu no preço mais alto do imunizante, equivalente a R$ 82 por dose na data em que a compra foi anunciada (25 de fevereiro), antes mesmo da compra da da Pfizer (comprada a 19 de março, ao preço anunciado de pouco mais de R$ 54).

E ameaça virar um imenso escândalo com o depoimento, previsto para sexta-feira, do deputado Luís Miranda, do DEM, e de seu irmão, que é o tal funcionário que prestou depoimento denunciando a pressão para a compra suspeita.

Rastro de corrupção e barbárie de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


A denúncia de corrupção no contrato para o fornecimento da vacina indiana Covaxin, que teria um aditivo contratual superfaturando o valor da licitação junto ao Ministério da Saúde, revela uma das faces do governo Bolsonaro. Primeira constatação: se há denúncia, é preciso investigá-las com rigor. Segunda: essa revelação se soma aos escândalos que se vão sucedendo, um tapete que precisa ser levantando, além da cadeia de desmandos que se formou a partir do método autoritário do presidente da República, a denúncia se junta a outras, com evidências de tráfico de influência, favorecimento de empresas e pessoas, entraves em investigações e ações fiscalizatórias contra infratores de normas legais e até da Constituição.

Direita prepara "segunda via"; Mourão apoia

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


A extensa (e, por isso mesmo, surpreendente) cobertura da Globo às manifestações de 19 de junho não foi uma rendição puritana ao jornalismo factual.

Não. As imagens que passaram de forma generosa pela tela da emissora, com destaque para o povo na rua a pedir "Fora Bolsonaro", são parte de uma estratégia política mais ampla e manhosa - que fez acender o sinal amarelo no Palácio do Planalto.

Porta-voz da direita liberal (que oficialmente ainda sonha com uma "Terceira Via", entre Lula e Bolsonaro), a emissora da família Marinho escancara que o projeto na verdade mudou: a única saída para os liberais é a "Segunda Via".

Ou seja: é preciso desidratar e afastar Bolsonaro, deixando o caminho livre para uma candidatura que possa enfrentar Lula em 2022.