terça-feira, 18 de novembro de 2025

Acuada, Júlia Zanatta posa em trono com fuzis

Por Altamiro Borges


Na semana passada, a deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) postou em suas redes digitais uma foto em que aparece sentada em um “trono” cercada por fuzis. A cena patética gerou fortes críticas de internautas, que a acusaram de fazer “apologia ao crime” e até chegaram a compará-la com traficantes portando armas. Ela se defendeu afirmando que a postagem serviu apenas para defender o endurecimento da Projeto de Lei Antifacção apresentado pelo governo Lula.

“O desarmamento do povo brasileiro é o motivo do sucesso de criminosos. Em breve votaremos o PL que equipara facções a grupos terroristas. Não permitiremos que os narcoterroristas dominem o Brasil”, retrucou a hidrófoba armamentista. A bravata, porém, não convenceu. Além de estar metida na guerra do PL em Santa Catarina, que rachou após a imposição do nome de Carluxo Bolsonaro para disputar uma vaga ao Senado, Júlia Zanatta também sofreu uma grave denúncia. Daí ter postado a foto patética para desviar as atenções, na velha tática do diversionismo.

Tarcísio e Derrite tentam amordaçar a PF

Por Moisés Mendes, em seu blog:


É mais grave do que parece o plano a que Guilherme Derrite se dedica para amordaçar a Polícia Federal. Assim como é diversionista a versão que hipnotizou parte das esquerdas, segundo a qual Hugo Motta foi o inventor de Derrite como relator da PEC Antifacção.

Motta é apenas o mandalete. Fez o que foi combinado com Tarcísio de Freitas e outros agregados, incluindo gente da velha direita. Chamou Derrite porque a ordem veio de São Paulo.

O tenente da Rota largou a Secretaria de Segurança de Tarcísio para fazer o serviço sujo. O plano exigia total falta de escrúpulos e o destemor de alguém com o histórico de tenente da Rota diante dos riscos previstos.

Mas Derrite falhou, nas primeiras tentativas, por não ter o traquejo que Brasília exige em empreitadas desse porte, nem estatura suficiente dentro da direita. Derrite não tinha talento para fazer prosperar as ideias que levou de São Paulo para a Câmara.

Eleição no Chile sob o espectro de Pinochet

Jeanette Jara/PC. Foto: Rodrigo Arangua/AFP
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Apesar da vitória da candidata Jeanette Jara/PC no primeiro turno da eleição presidencial do Chile, no conjunto o resultado aponta para um contexto complexo e desafiador não só para as forças progressistas e de esquerda que apoiam o governo Gabriel Boric, mas para a sobrevivência da democracia chilena.

Jara venceu com 26,85% – apenas 1,02% acima do desempenho de Boric no primeiro turno da eleição de 2021, quando ele obteve 25,83% dos votos com uma “chapa pura” da Frente Ampla.

Naquela eleição, a Concertación [DC, PS, PR e outros] concorreu com candidatura própria e apoiou Boric só no segundo turno, depois de obter 11,6% dos votos com Yasna Provoste, mas neste ano estes partidos integram a frente eleitoral da Unidade pelo Chile, liderada por Jara.

Lula continua favorito para 2026

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Um pouco de sangue frio e boa vontade para contextualizar politicamente as pesquisas de avaliação do governo e sobre a disputa para a presidência da República cairiam bem para alguns quadros da esquerda brasileira e integrantes da mídia alternativa.

Vejamos: depois que a frase infeliz do presidente Lula ("o traficante também é vítima do usuário") foi fartamente explorada pela imprensa comercial e pelas redes da extrema direita, e o mesmo acontecer em relação à chacina protagonizada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro, apoiada por boa parte da população sedenta de sangue e de vingança, era previsível uma queda acentuada de Lula nas pesquisas.

Mas isso ficou longe de acontecer.

A decadência política, moral e física de Trump

Charge: Antonio Rodríguez/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Um dos mitos mais explorados pelo Maga e pelo chamado QAnon é o de que o presidente Trump estaria travando uma guerra contra uma rede mundial de pedófilos e de “adoradores de Satanás”.

Segundo esse mito, essa rede seria chefiada por grandes figuras do Partido Democrata e por empresários e celebridades vinculados a esse partido, bem como à “esquerda” de modo geral.

Por isso, os próprios trumpistas pressionaram Trump para divulgar os relatórios judiciais sobre o “caso Epstein”, o maior escândalo de pedofilia da história dos EUA.

Mas o tiro está saindo pela culatra.

As fortes suspeitas sobre as “relações perigosas” entre Trump e Epstein estão se revelando verdadeiras.

Traição à pátria está no DNA do bolsonarismo

Charge: Latuff
Por Jair de Souza

As recentes ofensas contra o povo brasileiro proferidas pelo primeiro-ministro alemão, Friederich Merz, logo após seu retorno da COP-30 em Belém, tiveram repercussões diferenciadas em nosso país.

Se, por um lado, a imensa maioria de nosso povo se sentiu indignada com as ultrajantes palavras do serviçal-maior dos Estados Unidos na Alemanha, a extrema direita bolsonarista se regozijou com as mesmas.

Como entender a existência de brasileiros que se identificam com uma atitude tão deplorável e cheia de preconceitos racistas, como a exibida pelo supremacista germânico?

Lamentavelmente, a aquiescência com esta injúria a nossa nação é tão somente um detalhe menor do real instinto entreguista que caracteriza o bolsonarismo. Na verdade, a subserviência aos poderes e culturas dos centros capitalistas hegemônicos vai muitíssimo além deste episódio envolvendo o Chanceler alemão.