quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Consumidores mirins e a infância perdida

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

É chover no molhado dizer que vivemos em um mundo que está assentado no consumo. Tudo o que fazemos, queiramos ou não, começa ou termina consumindo bens e serviços. Não somos mais pessoas, somos consumidores.

E nesta sociedade do consumo os meios de comunicação de massa (televisão, rádio, jornais, revistas e inclusive a internet) são os grandes vendedores de produtos, serviços e mais: nos vendem um padrão de beleza e comportamento, nos vendem modos de pensar.

A caçada humana contra Lula

Por Marcelo Zero

A perseguição a Lula e a sua família atingiu níveis de uma caçada humana selvagem e sem regras. Não se trata apenas de algo ilegítimo e ilegal, tornou-se uma obsessão doentia, uma enfermidade moral que acomete boa parte da nossa mídia e do nosso sistema judiciário. Algo só comparável à perseguição que judeus sofreram no nazismo ou que comunistas ou supostos comunistas sofreram, ao longo do macarthismo.

Não bastasse a morte de Dona Marisa, precipitada pela lawfare que atinge Lula injustamente, agora nos deparamos com uma operação abusiva da Polícia Civil, que invadiu o lar de Marcos Lula da Silva, filho adotivo do ex-presidente, com base apenas numa suposta "denúncia anônima" sobre suposto consumo de drogas no local.

STF abre as portas para Senado salvar Aécio

Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Por um resultado apertado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na noite de ontem (11) que deputados e senadores têm a última palavra sobre a competência de medidas cautelares do Judiciário que implicam em mandatos de parlamentares em suas funções legislativas. É o caso de Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado pela Suprema Corte. A definição de 6 votos a 5 deve motivar argumentos de senadores aliados a Aécio e da bancada governista a barrar o afastamento.

Poder econômico pode capturar a eleição

Do blog A justiceira de esquerda
Por Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap:

Um grupo de empresários – inicialmente formado por Eduardo Mofarej, Nizan Guanaes, Abílio Diniz, Luciano Huck e Armínio Fraga – está organizando um “fundo cívico” para influenciar a eleição de parlamentares de 2018, com o propósito de doutrinar e apoiar a eleição de candidatos identificados com o ideário neoliberal, a exemplo do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad).

O Ibad foi criado em 1959 sob o pretexto de combater o “comunismo” e o populismo do governo Juscelino Kubitschek, porém seu apogeu se deu na eleição congressual de 1962 e no combate às reformas de base de João Goulart. Era uma organização de extrema-direita, com ligações com a Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, que se estruturou para influenciar os debates econômico, político e social no país, por meio de ações publicitárias e políticas, bem como para financiar candidatos identificados com o ideário da organização.

O papel desenvolvimentista do Estado

Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em visita a Fundação Maurício Grabois, nesta sexta (6), o economista Luciano Coutinho, presidente do BNDES durante todo o ciclo de governos de Lula e Dilma, discutiu problemas e perspectivas da economia com economistas e quadros do PCdoB.

O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, explicou a iniciativa de reunir economistas de relevo nacional para subsidiar o Partido com análises e opiniões sobre a conjuntura política e econômica. Ele aproveitou para apontar os principais questionamentos que gostaria de ver comentados por Coutinho, tocando em questões da crise econômica mundial, as perspectivas econômicas do atual governo e os significados e impactos da indústria 4.0 no mundo do trabalho.

Um governo de nulos e uma elite selvagem

Marcelo P.F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Costuma-se dizer que o tipo mais perigoso que existe é aquele a quem não sobrou nada, pois pode tudo sem que corra risco algum. O político Michel Temer, por sua ilegitimidade, sua impopularidade e prazo de validade expirando, é um caso exemplar, colocando sua nulidade extravagante a serviço dos anseios totalitários da classe rentista.

Cientes da rara oportunidade que conquistaram, os banqueiros-ministros que comandam a economia do país parecem não ter tempo a perder e são capazes de violentar os interesses da nação que corre por baixo de seus sapatos sem qualquer constrangimento, afinal, pisam aqui, mas flutuam acolá.

O obscurantismo coloca a arte sob ataque

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

No começo, eram apenas grupinhos de 10 ou 20 pessoas enroladas em bandeiras do Brasil pedindo "intervenção militar", afirmando que "somos todos Cunha" ou outras aberrações do gênero. Não passavam de manifestantes tresloucados. Deveriam ser relegados a sua real insignificância. Mas não. Jornais publicavam suas fotos e as TVs lhes garantiam generosos espaços. Conquistavam graças aos meios de comunicação uma importância que na verdade não tinham. Não cresceram muito em número, mas sentindo-se reconhecidos, tornaram-se mais ousados. Não importava o tamanho da manifestação, o que interessava era a repercussão na mídia.

Che, (apenas) um rapaz latino-americano

Por Mariana Serafini, no site da UJS:

Diferente dos versos da canção de Belchior, sobre o “rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior”, Che pertencia à uma família de posses e circulou nos ambientes aristocráticos da Argentina. No entanto, escolheu “descer degraus” de sua classe social para conhecer a realidade da América Latina e mais que isso, transformá-la.

Como muitos rapazes e moças latino-americanos, Che sonhou em transformar o mundo e não poupou esforços para fazê-lo. Mas além das ganas revolucionárias, o jovem argentino teve a estrutura necessária não só para estudar e se desenvolver intelectualmente, como para custear suas aventuras – mesmo que de forma precária – continente adentro.

A marcha dos enganados

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Tenho a “A Marcha” de E. L. Doctorow – vencedor do Prêmio PEN-Faulkner de 2006 – como um dos mais poderosos romances americanos de língua inglesa das últimas décadas. O grande autor de “Ragtime” narra a caminhada de guerra do General William Sherman, com seus 60 mil homens, saqueando plantações sulistas, “pondo abaixo cidades e vilarejos”, com negros emancipados e brancos fugitivos do sul, cujo desfecho é a vitória do humanismo portado das tropas da União. Mas também é a saga dos vencedores e derrotados, tanto como espoliados como vencedores – sem rumo e sem destino – naquele futuro americano em direção à derrota do racismo e da opressão do escravismo.

Regina Duarte perdeu o medo?

Por Jeferson Miola

Na campanha de 2002, a consagrada atriz da Rede Globo, Regina Duarte, protagonizou a histeria obscurantista que na eleição de 1989 havia sido protagonizada por Mário Amato, o então presidente da FIESP.

O objetivo com este método terrorista era impedir, a qualquer custo, a eleição do Lula à Presidência do Brasil.

Em vídeos da propaganda de TV do tucano José Serra, Regina Duarte fazia terror diante da “ameaça” iminente da vitória do Lula: “Eu estou com medo. Faz tempo que eu não tinha este sentimento. ... Isso [a eleição do Lula] dá medo na gente”, dizia ela.

Almirante Othon é libertado, afinal!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Da Folha, agora há pouco, na coluna de Monica Bérgamo, a tardia libertação do Almirante Othon da Silva, que completa 79 anos em fevereiro, a quem o Brasil deve o alto estágio de domínio do ciclo nuclear:

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2a Região) concedeu habeas corpus revogando a prisão preventiva do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.

Considerado um dos mais importantes cientistas nucleares brasileiros e um dos pais do programa nuclear do país, ele foi condenado a mais de 40 anos de prisão na Operação Lava Jato.