segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Chefão do Bradesco: o réu sumiu da mídia

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Justiça Federal em Brasília acolheu a denúncia contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas suspeitas de negociarem pagamentos de propinas a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – o órgão do governo que analisa os recursos contra as autuações da Receita Federal por fraude e sonegação de impostos. O chefão do maior banco privado do país e dois outros executivos da instituição – o vice-presidente Domingos Figueiredo de Abreu e o diretor-gerente Luiz Carlos Angelotti –, já haviam sido indiciados pela Polícia Federal com base nas mesmas denúncias.

Temer é vaiado até em ensaio da Olimpíada

Por Altamiro Borges

Saiu na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo deste domingo (31): “Num dos ensaios da semana passada para o espetáculo de abertura da Olimpíada, no Maracanã, Michel Temer foi ruidosamente vaiado por vários grupos de participantes. Os apupos aconteceram justamente na hora que o locutor informa ao público a presença de Temer no estádio”. A “ruidosa vaia” até mereceria uma cobertura jornalística mais caprichada. Mas ficou apenas nesta notinha para não atiçar os senadores que estão prestes a votar o impeachment de Dilma. A famiglia Marinho, dona do jornal, de tevês e de inúmeros veículos de comunicação, tem feito de tudo para abafar os protestos contra o Judas Michel Temer. Ela foi protagonista do “golpe dos corruptos” e mantém a coerência ao apoiar o covil golpista.

O "discurso" de Frota para os "coxinhas"

Temer, o interino, rebaixa o Exército

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém tem o direito de se mostrar surpreso diante da prolongada rebelião de Natal, comandada por quadrilhas instaladas no interior do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Revoltas dessa natureza já ocorreram em São Paulo, Tocantins, Alagoas e outros estados brasileiros. Continuarão a se repetir enquanto nenhuma autoridade tiver disposição de enfrentar as mazelas de nosso sistema carcerário, que reserva aos condenados um tratamento inferior àquele assegurado aos animais enjaulados em circos e zoológicos.

Merval, a voz globotucana, veta Temer-2018

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O sistema reagiu em bloco contra a pretensão – que, como a água benta, cada um usa quanto quer – de Michel Temer de candidatar-se em 2018.

Merval Pereira (ouça ao final do post) diz que o presidente interino está cometendo “um erro brutal”. E deixa claro que não foi para isso que o levaram á Presidência.


Os quatro assuntos explosivos de agosto

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O temido agosto de 2016 chegou, finalmente. E o problema agora é saber como vai acabar...

Os quatro explosivos assuntos listados nesta coluna podem mudar a cara do País quando o mês chegar ao fim. Como será, ninguém sabe.

Por enquanto, o clima está carregado de incertezas, indefinições, receios, tensões, elucubrações, ameaças variadas - um campo fértil para analistas políticos, gerenciadores de crise, advogados e especialistas em segurança.

Temer, Macri e Cartes sabotam o Mercosul

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

A regra do Mercosul é clara quanto ao sistema rotativo para o exercício da presidência pro tempore deste organismo regional.

A despeito disso, os governos reacionários da Argentina, Brasil e Paraguai simplesmente desrespeitam as normas vigentes para impedir que o governo da Venezuela assuma temporariamente a presidência do bloco. Com o impasse criado, atingem o objetivo principal, de paralisar e enfraquecer o Mercosul.

"Parcerias" com Cunha no caminho de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Certo de que o Senado vai condenar Dilma e efetivá-lo na presidência, Michel Temer já pensa até em reeleição. Num teatrinho pueril, Rodrigo Maia o lançou e ele negou tais planos. Começa sempre assim. Mas o interino ainda tem uma ponte para atravessar, a ação do PSDB no TSE pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer. Quando um dia for examiná-la, o TSE responderá também ao pedido de Temer para que o deixem fora, pois teria movimentado apenas recursos doados ao PMDB.

Temer, Cunha e o porto inseguro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O cordato chefe da Casa Civil do governo provisório, Eliseu Padilha, ficou aborrecido ao ler os jornais no sábado 4 de junho. O Porto de Santos escolhera uma banca advocatícia próxima do PMDB para representá-lo em uma tentativa de encerrar fora dos tribunais um antigo e bilionário litígio com uma empresa privada, dizia uma reportagem. O dono do escritório, Nelson Wilians, já teria participado de jantares oferecidos no Palácio do Jaburu por Michel Temer, hoje presidente interino, e feito parcerias com o advogado Robinson Padilha, um dos seis filhos de Eliseu.

Reforma trabalhista e o manual da Globo

Por João Guilherme Vargas Netto

O jornal O Globo em suas quatro páginas do “encarte” – E agora, Brasil? – na edição da quinta-feira, (28), rasgou ou rasurou os “Princípios editoriais das Organizações Globo”, solenemente apresentados aos leitores em 7 de agosto de 2011, assinados pelos três Marinhos.

Explico-me.

No “encarte”, o jornal editou o segundo encontro da série, realizado na terça-feira na Maison de France e promovido com o apoio da Confederação Nacional do Comércio.

O agressor de Sabatella e o caso Banestado

Da revista Fórum:

Um dos agressores da atriz Letícia Sabatella na manifestação em Curitiba no último domingo (31) foi identificado: Gustavo Abagge. Ele é um dos que bradava “contra a corrupção” no protesto da direita e que chamou a atriz de “puta” e a mandou para Cuba.

Depois que Abagge foi reconhecido, o jornalista Bob Fernandes divulgou uma informação que vem repercutindo com força nas redes sociais: o sujeito é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado em 1998, época do desfalque bilionário de sonegação que foi noticiado pela CartaCapital em edição extra, na época, como “a maior lavagem de dinheiro do mundo”.

Não é tiro no pé. É o "brazil"

Por Marcelo Zero

O ótimo artigo da jornalista Eleonora de Lucena, no qual se afirma que as nossas elites estariam dando um tiro no pé ao apoiar o golpe que conduzirá o país a um grande atraso social, político e econômico, causou grande impacto.

Com efeito, qualquer pessoa medianamente informada está se perguntando como essas “elites” podem ser tão cegas a ponto de apostarem nesse enorme retrocesso social e político? Como pode o sacrifício da própria democracia ser uma “saída” para a crise política? Como pode o retorno da nossa grotesca desigualdade histórica ser uma “ponte para o futuro”? Como pode a associação subalterna ao capital internacional e à única superpotência do planeta ser uma afirmação dos interesses do Brasil?

Temer retira 'distribuição de renda' da meta

Por Altamiro Borges

Com o título "Comissão do Congresso retira 'distribuição de renda' das metas do governo", o blog do jornalista Fausto Macedo, hospedado no Estadão, publicou uma reportagem neste sábado (30) que é de arrepiar. Infelizmente, o texto não virou manchete no jornal e nem repercutiu no restante da mídia - afinal, "não vem ao caso", principalmente nesta reta final da votação do impeachment da presidenta Dilma. Sem tecer qualquer crítica, a matéria confirma o verdadeiro objetivo do "golpe dos corruptos", que levou o Judas Michel Temer ao Palácio do Planalto: o seu maior intento é jogar o peso da crise econômica nas costas dos pobres. É o ajuste fiscal para salvar os ricos. Vale conferir a reportagem:

Cachoeira é preso novamente. Caiado treme!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Justiça decidiu mandar prender novamente o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o executivo Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Engenheira, acusados de desvios de R$ 370 milhões e de lavagem de dinheiro pela Operação Saqueador. No início de julho, após alguns dias na cadeia, eles tinham sido liberados e cumpriam prisão domiciliar graças a uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. Agora, eles e mais três empresários voltam ao presídio de Bangu (RJ). A decisão foi tomada por três a zero pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.