sexta-feira, 1 de junho de 2018

Henning processa o SBT em R$ 20 milhões

Por Altamiro Borges

O mercenário Silvio Santos, puxa-saco oficial de Michel Temer, precisará garantir mais uma grana em publicidade do covil golpista para bancar uma possível dívida trabalhista. O jornalista Hermano Henning, que foi apresentador do SBT por 23 anos, entrou com uma ação na 2ª Vara do Trabalho de Osasco (SP) exigindo o pagamento de férias, 13º salário, depósito no FGTS e multa de 40% em razão de sua recente demissão da emissora. Segundo o repórter Gilvan Marques, do UOL, “o valor pedido pelo ex-âncora do ‘Jornal do SBT’ é de quase R$ 20 milhões”. O processo se encontra na sua fase final e o ricaço trambiqueiro está cada vez mais encrencado.

Por que Pedro Parente caiu?

Charge: Fábio St. Rios
Por Gilberto Maringoni

Houve uma combinação de interesses que tornou insustentável a permanência de Pedro Parente à testa da Petrobrás.

O primeiro e mais evidente deles foi a abrangência de um maciço movimento de massas policlassista que paralisou o país por dez dias. Os efeitos da mobilização dos caminhoneiros foram os de uma verdadeira greve geral nacional.

O parentesco de Parente é com o PSDB

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Pedro Parente e o modo como geriu a Petrobras têm no DNA a ideologia entreguista de Serra, Doria, Alckmin, Goldman. FHC e partidários do PSDB em geral. Lembremos das privatizações das telefônicas, das empresas de energia elétrica, dos bancos estaduais e muitas outras empresas que acabaram em mãos estrangeiras. Para quem não leu, é fortemente recomendado o livro Privataria Tucana. Lembremos que tirar a obrigatoriedade da Petrobras estar nas associações para explorar o pré-sal foi o primeiro projeto de Serra após o golpe.

Greves derrubam o vendilhão da Petrobras

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Parabéns, caminhoneiros e petroleiros!

A greve dos petroleiros, que despertou a fúria do judiciário mancomunado ao golpe, teve ao menos uma consequência muito positiva para a estatal e para o Brasil.

Pedro Parente, o presidente da estatal mais vendilhão e entreguista da história, acaba de pedir demissão.

A crise brasileira e a dimensão de sombra

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A crise brasileira generalizada, afetando todos os setores, pode ser interpretada por diferentes chaves de leitura. Até agora prevaleceram as interpretações sociológicas, políticas e históricas. Pretendo apresentar uma derivada das categorias de C.G.Jung com sua psicologia analítica pois é esclarecedora.

Avanço já a hipótese de que o atual cenário não representa uma tragédia, por mais perversas que continuam sendo as consequências para as maiorias pobres e para o futuro do país com o estabelecimento do teto de gastos (PEC 55). É mais que o congelamento de gastos, significa a impossibilidade de se criar um Estado Social e com isso jogar no lixo o bem comum que inclui a todos.

Queda de Parente abre brecha para mudanças

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A demissão de Pedro Parente é uma boa notícia em si. Representa a derrota de um executivo que havia se tornado um dos pilares da política econômica desastrosa instaurada no país após o golpe contra Dilma Rousseff.

Outro pilar, Henrique Meirelles, já caiu fora, com a desculpa de que pretende candidatar-se (sic) a presidente da Republica.

Parente saiu para preservar uma carreira como executivo de confiança do mercado financeiro. Essa foi sua opção.

Até na saída Parente beneficia especuladores

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em empresas de capital aberto, executivos responsáveis só comunicam fatos relevantes após o fechamento do pregão. É norma fiscalizada tanto pela Comissão de Valores Mobiliários como pela SEC, a CVM norte-americana.

Pedro Parente pediu demissão em pleno funcionamento do pregão, provocando um terremoto. Há ganhadores e perdedores. Qualquer investidor, de posse dessa informação, poderia ter vendido seus papéis antes do anúncio, para recomprá-los em plena catarse. Mais que isso, todos os investidores que apostaram na valorização do papel, em função da política suicida de aumento de dividendos, com venda de subsidiárias, tiveram tempo para pular fora.

As conjunturas, possibilidades e limites

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Não se tem registro na história do Brasil de momentos equiparáveis ao ambiente condensado de instabilidade econômica, política e social gerado pelo locaute dos empresários de transporte de cargas e pela greve dos caminhoneiros autônomos.

O movimento aumentou a imprevisibilidade da conjuntura, colocando em risco a sobrevivência da camarilha do Michel Temer. O caos aprofundou a instabilidade do governo ilegítimo e adicionou mais dificuldades econômicas à já destroçada e recessiva economia nacional – que passará a conviver, no próximo período, com a ameaça potencial de estagflação.

Parente pede pra sair. Temer perto da cadeia

Por Altamiro Borges

Em carta divulgada nesta sexta-feira (1), o exterminador Pedro Parente pediu demissão da presidência da Petrobras em caráter “irrevogável e irretratável”. Vaidoso e prepotente, ele afirma que “faço um julgamento sereno de meu desempenho, e me sinto autorizado a dizer que o que prometi foi entregue”. De fato, ele “entregou” a estatal aos interesses de rapina das multinacionais do petróleo, satisfez o “deus-mercado” com uma política criminosa de liberação dos preços dos combustíveis e foi responsável por um novo apagão no país. No triste reinado de FHC, o “gerente” tucano causou o colapso da energia. Agora, ele foi o maior culpado pelo caos nos transportes, que gerou desabastecimento no país e causou enormes prejuízos à combalida economia nacional.

CPI vai investigar gestão da Petrobras

Da Rede Brasil Atual:

Mais um desgaste para o governo, na sua enfraquecida relação com a base aliada. Requerimento apresentado ontem (30), pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar a política de preços da Petrobras, alcançou em menos de oito horas 29 assinaturas, duas a mais do que o exigido.

“Precisamos abrir a caixa preta e a política de formação de preços”, disse a autora do pedido de CPI. Empresas como Shell e Ipiranga, segundo ela, vão ganhar muito dinheiro com essa política de subsídio ao diesel também, pois 25% do óleo diesel vendido no Brasil é importado. "Ou seja, os empresários vão ganhar enquanto o povo terá que pagar com cortes no Orçamento ou outras receitas do Governo Federal e vão ressarcir as petroleiras estrangeiras."

Quem são os "intervencionistas"?

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O país tem o direito de saber quem são estes “intervencionistas” que, segundo o governo e líderes de caminhoneiros, estão usando de violência para impedir o fim da greve, pregando a derrubada de Temer e uma intervenção militar. Ontem eles mataram a pedrada um caminhoneiro em Vilhena (RO). Altas patentes da ativa, vale dizer, repudiaram as vivandeiras das rodovias. Se elas fossem inofensivas ou insignificantes, a presidente do STF, Cármen Lúcia, não teria feito solene defesa da democracia como “único caminho legítimo”.

A raiz da greve dos caminhoneiros

Por Vitor Filgueiras e José Dari Krein, no site Brasil Debate:

Os preços dos combustíveis têm sido o foco dos debates relacionados ao movimento que praticamente paralisou o transporte de mercadorias no Brasil desde a semana passada. Isso não surpreende, pois, de fato, esses preços (particularmente do diesel) foram o estopim da disputa que estamos assistindo.

Desde então, muito tem se falado na Petrobras e na gestão da empresa, o que é certamente algo bastante relevante, não apenas pela sua influência nos preços dos combustíveis, bem como por conta do papel que a maior empresa do país tem em seu desenvolvimento.Também têm aparecido muitas referências à dependência da economia brasileira em relação ao transporte rodoviário como a variável chave para explicar o imenso impacto das paralisações nas rodovias.