Da Rede Brasil Atual:
Mais um desgaste para o governo, na sua enfraquecida relação com a base aliada. Requerimento apresentado ontem (30), pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar a política de preços da Petrobras, alcançou em menos de oito horas 29 assinaturas, duas a mais do que o exigido.
“Precisamos abrir a caixa preta e a política de formação de preços”, disse a autora do pedido de CPI. Empresas como Shell e Ipiranga, segundo ela, vão ganhar muito dinheiro com essa política de subsídio ao diesel também, pois 25% do óleo diesel vendido no Brasil é importado. "Ou seja, os empresários vão ganhar enquanto o povo terá que pagar com cortes no Orçamento ou outras receitas do Governo Federal e vão ressarcir as petroleiras estrangeiras."
Constam entre os que apoiam a ideia – e encamparam o pedido – senadores de partidos ligados ao Palácio do Planalto, como Omar Aziz (PSD-AM); Otto Alencar (PSD-BA); Maria do Carmo (DEM-SE).
A CPI está sendo considerada um pleito da base aliada e, ao mesmo tempo, dos oposicionistas – que nos últimos dias também demonstraram insatisfação com o modelo de gestão da estatal implantado pelo seu atual presidente, Pedro Parente.
Integram a lista de apoios, por exemplo, parlamentares do MDB como Eduardo Braga (AM), Marta Suplicy (SP) e Roberto Requião (PR) – embora este último sempre tenha feito oposição ao atual governo.
O requerimento de criação da CPI destaca que o grupo que encampa a nova comissão é contrário à política adotada nos últimos anos para reajustes, assim como o novelo entre as concessões e benefícios concedidos por petrolíferas estrangeiras. “As políticas adotadas pelo governo e pela Petrobras desde 2016 têm se alinhado e balizado na lógica do mercado internacional, descolando-se do interesse nacional e da nossa população”, ressalta o documento.
Conforme o pedido da senadora Vanessa, a CPI será composta por sete membros titulares e cinco suplentes, que terão 30 dias para investigar a nova política em vigor na empresa desde outubro. O tema deve esquentar o debate no plenário do Senado nos próximos dias.
Não resolve
Vanessa Grazziotin também alertou que as concessões anunciadas pelo presidente Michel Temer no último domingo não representam uma solução ao problema do preço da gasolina nem do gás de cozinha, que continuam subindo vertiginosamente.
Ela criticou ainda o custo do óleo diesel, com barril cotado a US$ 80, e que hoje tem o litro sendo vendido pelo mesmo valor de 2008, quando o barril custava US$ 140.
Em contraponto, o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (MDB-RR) disse que acha “desnecessária” sua instalação.
De acordo com pesquisas feitas por técnicos do setor divulgadas pela senadora, enquanto em governos anteriores o Brasil teve períodos de aumentos de combustíveis anuais, na gestão Temer foram 229 as variações de preços do diesel, álcool e gasolina observadas até agora.
Mais um desgaste para o governo, na sua enfraquecida relação com a base aliada. Requerimento apresentado ontem (30), pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar a política de preços da Petrobras, alcançou em menos de oito horas 29 assinaturas, duas a mais do que o exigido.
“Precisamos abrir a caixa preta e a política de formação de preços”, disse a autora do pedido de CPI. Empresas como Shell e Ipiranga, segundo ela, vão ganhar muito dinheiro com essa política de subsídio ao diesel também, pois 25% do óleo diesel vendido no Brasil é importado. "Ou seja, os empresários vão ganhar enquanto o povo terá que pagar com cortes no Orçamento ou outras receitas do Governo Federal e vão ressarcir as petroleiras estrangeiras."
Constam entre os que apoiam a ideia – e encamparam o pedido – senadores de partidos ligados ao Palácio do Planalto, como Omar Aziz (PSD-AM); Otto Alencar (PSD-BA); Maria do Carmo (DEM-SE).
A CPI está sendo considerada um pleito da base aliada e, ao mesmo tempo, dos oposicionistas – que nos últimos dias também demonstraram insatisfação com o modelo de gestão da estatal implantado pelo seu atual presidente, Pedro Parente.
Integram a lista de apoios, por exemplo, parlamentares do MDB como Eduardo Braga (AM), Marta Suplicy (SP) e Roberto Requião (PR) – embora este último sempre tenha feito oposição ao atual governo.
O requerimento de criação da CPI destaca que o grupo que encampa a nova comissão é contrário à política adotada nos últimos anos para reajustes, assim como o novelo entre as concessões e benefícios concedidos por petrolíferas estrangeiras. “As políticas adotadas pelo governo e pela Petrobras desde 2016 têm se alinhado e balizado na lógica do mercado internacional, descolando-se do interesse nacional e da nossa população”, ressalta o documento.
Conforme o pedido da senadora Vanessa, a CPI será composta por sete membros titulares e cinco suplentes, que terão 30 dias para investigar a nova política em vigor na empresa desde outubro. O tema deve esquentar o debate no plenário do Senado nos próximos dias.
Não resolve
Vanessa Grazziotin também alertou que as concessões anunciadas pelo presidente Michel Temer no último domingo não representam uma solução ao problema do preço da gasolina nem do gás de cozinha, que continuam subindo vertiginosamente.
Ela criticou ainda o custo do óleo diesel, com barril cotado a US$ 80, e que hoje tem o litro sendo vendido pelo mesmo valor de 2008, quando o barril custava US$ 140.
Em contraponto, o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (MDB-RR) disse que acha “desnecessária” sua instalação.
De acordo com pesquisas feitas por técnicos do setor divulgadas pela senadora, enquanto em governos anteriores o Brasil teve períodos de aumentos de combustíveis anuais, na gestão Temer foram 229 as variações de preços do diesel, álcool e gasolina observadas até agora.
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