segunda-feira, 12 de agosto de 2019
Moro, Deltan e o celular do Cunha
Por Fernando Brito, em seu blog:
Novos diálogos revelados pelo “Vaza Jato” do The Intercept, agora com o site Buzzfeed, mostram que Sérgio Moro agiu para que no pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha não fosse solicitada a apreensão de seus aparelhos de telefone celular.
O motivo, provavelmente, era evitar que da perícia pudesse resultar o encontro de mensagens que envolvessem o ex-presidente da Câmara e artífice do impeachment com autoridades do governo Temer que levassem o caso para o STF, por foro privilegiado dos envolvidos.
No dia 17 de outubro de 2016, Moro assinou o mandado de prisão de Eduardo Cunha, que já havia sido cassado e perdido o foro especial, mas não incluiu a ordem de apreensão dos seus celulares.
Novos diálogos revelados pelo “Vaza Jato” do The Intercept, agora com o site Buzzfeed, mostram que Sérgio Moro agiu para que no pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha não fosse solicitada a apreensão de seus aparelhos de telefone celular.
O motivo, provavelmente, era evitar que da perícia pudesse resultar o encontro de mensagens que envolvessem o ex-presidente da Câmara e artífice do impeachment com autoridades do governo Temer que levassem o caso para o STF, por foro privilegiado dos envolvidos.
No dia 17 de outubro de 2016, Moro assinou o mandado de prisão de Eduardo Cunha, que já havia sido cassado e perdido o foro especial, mas não incluiu a ordem de apreensão dos seus celulares.
Lava-Jato e perspectiva do projeto de nação
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
O profissionalismo na administração pública somente ganhou dimensão nacional a partir da década de 1930, com a implantação do Estado moderno no Brasil. Com o Departamento Administrativo do Setor Público (Dasp), em 1938, o funcionamento da máquina pública foi progressivamente qualificado tecnicamente, elevando sua eficiência e produtividade, cujas funções ampliaram-se desde a elaboração da proposta orçamentária, a realização de concursos para o ingresso no disputadíssimo funcionalismo, o estabelecimento das carreiras de Estado, entre outras.
Bolsonaro e o holocausto brasileiro
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
“O Brasil está sob uma tirania com aparência de democracia” (Jurista Pedro Serrano, em entrevista à TV 247).
Sim, ainda não temos campos de concentração, nem câmeras de gás.
Mas as pessoas vão morrendo aos poucos nas filas de hospitais sem remédios; a floresta amazônica, derrubada pelo exército de moto-serras, arde em chamas para dar lugar a pastos; os empregos e os direitos trabalhistas são dizimados; a educação pública agoniza junto com a aposentadoria dos idosos.
Como já nos faltam palavras, só mesmo recorrendo ao “pai dos burros”.
“O Brasil está sob uma tirania com aparência de democracia” (Jurista Pedro Serrano, em entrevista à TV 247).
Sim, ainda não temos campos de concentração, nem câmeras de gás.
Mas as pessoas vão morrendo aos poucos nas filas de hospitais sem remédios; a floresta amazônica, derrubada pelo exército de moto-serras, arde em chamas para dar lugar a pastos; os empregos e os direitos trabalhistas são dizimados; a educação pública agoniza junto com a aposentadoria dos idosos.
Como já nos faltam palavras, só mesmo recorrendo ao “pai dos burros”.
Macri sofre derrota acachapante
Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:
Por la memoria/ Verdad y Justicia,/ Macri chau, chau, chau,/ Por los ajustes y los despidos/ Macri chau, chau, chau.
A versão da clássica canção antifascista Bella Ciao que se tornou viral na Argentina em março do ano passado começa a se transformar em realidade, para desespero de macristas e bolsonaristas: neste final de semana, a chapa Alberto Fernández-Cristina Fernández de Kirchner ganhou de lavada do partido do atual presidente, Mauricio Macri, nas eleições primárias. Com quase 90% dos votos contados, a diferença foi de 47,36% para a chapa Fernández & Fernández contra 32,24% de Macri. Uma surra.
A versão da clássica canção antifascista Bella Ciao que se tornou viral na Argentina em março do ano passado começa a se transformar em realidade, para desespero de macristas e bolsonaristas: neste final de semana, a chapa Alberto Fernández-Cristina Fernández de Kirchner ganhou de lavada do partido do atual presidente, Mauricio Macri, nas eleições primárias. Com quase 90% dos votos contados, a diferença foi de 47,36% para a chapa Fernández & Fernández contra 32,24% de Macri. Uma surra.
Flagrante da insanidade brasileira
Por Manuel Domingos Neto
Minha cidade é antiga e bonita. Fica no delta do rio Parnaíba, outrora porta de entrada e saída para grande parte do que hoje se chama Nordeste. O seu centro comercial foi tombado como patrimônio histórico brasileiro.
A rua mais importante era chamada “Rua Grande”. Depois do golpe de 1954, tornou-se Avenida Getúlio Vargas. Desconheço melhor mostruário nacional de estilos arquitetônicos. Tem do colonial ao moderno, entremeado pelo neoclássico, o eclético e muito “art décor”. Começa no velho porto a beira-rio e termina num colégio fundado em 1926, que ganhou o nome de Miranda Osório, um herói da Independência do Brasil. Há quem não saiba, mas o Piauí sangrou muito para libertar o país. E o Vale do Parnaíba era estratégico para Lisboa: abastecia de proteína animal grande parte de sua principal Colônia.
Minha cidade é antiga e bonita. Fica no delta do rio Parnaíba, outrora porta de entrada e saída para grande parte do que hoje se chama Nordeste. O seu centro comercial foi tombado como patrimônio histórico brasileiro.
A rua mais importante era chamada “Rua Grande”. Depois do golpe de 1954, tornou-se Avenida Getúlio Vargas. Desconheço melhor mostruário nacional de estilos arquitetônicos. Tem do colonial ao moderno, entremeado pelo neoclássico, o eclético e muito “art décor”. Começa no velho porto a beira-rio e termina num colégio fundado em 1926, que ganhou o nome de Miranda Osório, um herói da Independência do Brasil. Há quem não saiba, mas o Piauí sangrou muito para libertar o país. E o Vale do Parnaíba era estratégico para Lisboa: abastecia de proteína animal grande parte de sua principal Colônia.
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