domingo, 24 de março de 2019

Flávio Bolsonaro perde poder no PSL e no clã

Por Altamiro Borges

O bordel de Jair Bolsonaro – que reúne milicos rancorosos, abutres financeiros, corruptos laranjas, milicianos fascistas e fanáticos religiosos, entre outros aloprados – vive em guerra permanente e sangrenta. A turma gosta mesmo do gesto da arma na mão! Até recentemente, parecia que o clã do capetão estava unido nessa batalha fratricida interminável – e tão destrutiva para a nação. Mas não é bem assim. Duas notinhas recentes da mídia que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista indicam que a famiglia é bem complicada, mais parece um bando de psicopatas.

Mídia ofusca atos contra golpe da Previdência

Av. Paulista, São Paulo, 22/3/19. Foto: Edna Amorim
Por Altamiro Borges

O Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, na sexta-feira (22), superou as expectativas mais otimistas das centrais sindicais. Segundo levantamento parcial, o protesto unitário teve atos, marchas e panfletagens em mais de 120 cidades – a previsão inicial era de que as manifestações ocorressem nas 26 capitais e em cerca de 50 municípios de grande porte. Além de ter se espalhado pelo país, os protestos também contaram com expressiva adesão, lotando praças e avenidas.

Neoliberalismo, governos e classes dominantes

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Este ensaio, publicado originalmente no livro Governos Lula e Dilma: o ciclo golpeado, aborda a complexa relação existente entre o neoliberalismo, as diversas frações das classes dominantes e os sucessivos governos brasileiros desde a ascensão de Collor de Mello (1989) até o impedimento da presidenta Dilma Rousseff (2016).

Defende a tese que ocorreu um deslocamento de hegemonia no Bloco do Poder após a eleição de Lula. Isso teria permitido aplicar, não sem contradições, um programa de caráter neodesenvolvimentista, que favoreceu setores da burguesia e dos trabalhadores brasileiros. Projeto que desmoronou com o golpe parlamentar de 2016.

Lava-Jato virou moeda de troca do governo?

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Ou você aprova o que eu quero ou eu te prendo: terá a Lava-Jato se transformado em moeda de troca para a aprovação de projetos do governo no Congresso? É o que o país quer saber após assistir aos fatos desta semana.

Vamos recapitular: desde fevereiro, Sérgio Moro vinha cobrando Rodrigo Maia para que agilizasse a votação de seu “pacote anticrime”, mas o presidente da Câmara insistia em que o projeto do ministro da Justiça só será votado após a reforma da Previdência. A “bancada da bala”, apoiadora de Moro, também participava da pressão sobre Maia.

Sem direitos: melhor 'Jair se acostumando'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em meio à profusão de asnices que Bolsonaro fala e escreve (nas redes sociais) diariamente, está passando batida uma “promessa” que ele fez ano passado, após a campanha eleitoral, e que reforçou agora, no Chile. Proposta que deve gerar um desastre social no Brasil: ele pretende eliminar TODOS os direitos trabalhistas – férias, 13º, fundo de garantia etc. Prepare-se para uma vida muito dura.

O desemprego está subindo

Lava-Jato e o presidencialismo de coerção

Por Theófilo Rodrigues, no blog Cafezinho:

As razões por trás da prisão do ex-presidente Michel Temer e de seu braço direito, o ex-governador Moreira Franco, ainda não são plenamente conhecidas. As interpretações são as mais variadas, mas a sensação de que estamos em um processo de transição para um novo tipo de gestão do presidencialismo brasileiro é cada vez mais presente.

Nosso modelo político da Nova República é comumente descrito como o de um presidencialismo de coalizão. O termo foi cunhado por Sergio Abranches em artigo publicado na revista Dados em fins da década de 80 e descreve um sistema político que reúne características como o presidencialismo, o multipartidarismo, o voto proporcional e o federalismo.

Trump e Bolsonaro, um só coração

Por Roberto Pizarro, no site Carta Maior:

Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro se reuniram em Washington para fortalecer uma amizade que nasce de claras concordâncias ideológicas. O fazem num momento trágico, após um ataque de supremacistas brancos que assassinou 49 pessoas, imigrantes muçulmanos, em mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

O principal suspeito do ataque, o australiano Brenton Harrison Tarrant, transmitiu ao vivo o massacre, com uma câmara colocada em seu capacete. Segundo o revelado pelo The New York Times, nesse mesmo dia o indivíduo havia publicado um manifesto em que se identificava com Anders Breivik, o terrorista de extrema direta norueguês que matou 77 pessoas em 2011, e também com Dylann Roof, supremacista branco que matou 9 afro-americanos em uma igreja da Carolina do Sul, em 2015. Agregou em seu manifesto uma saudação ao presidente Trump como “símbolo renovado da identidade branca”.

O Brasil quer expelir Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As razões são diferentes e, em muitos casos, opostas. Parece claro, no entanto, que forças importantes do mundo político brasileiro se movimentam numa mesma direção - encontrar o caminho mais curto para expelir Jair Bolsonaro do comando do Estado.

Após três meses no Planalto, não há dúvida de que o governo Bolsonaro se mostrou incompatível com qualquer esforço racional para retirar o país de uma catástrofe que se agrava de forma ininterrupta desde 2015.

País estrebucha entre apocalipse e melancolia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Sei que este título não é nada agradável para se ler num domingo de sol, mas é o que temos.

Basta correr os olhos pelo noticiário para constatar que o país está estrebuchando, já no prenúncio do apocalipse, mergulhado na mais profunda melancolia.

Se tem um ponto em comum entre os arautos da nova ordem unida é a abissal mediocridade.

De repente, o país se deu conta de que elegeu um bando de loucos, ao completar hoje 83 dias, sem governo e sem nenhuma esperança de que algo possa melhorar tão cedo.

Prisão de Temer e a força da Lava-Jato

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

A prisão preventiva de Michel Temer é arbitrária e ilegal. Não há uma única razão que a justifique. Ele não continua cometendo crimes, não está destruindo provas, não está intimidando testemunhas, não representa risco à ordem pública nem está tentando fugir. É mais uma afronta ao estado de direito promovido pelos integrantes da Lava Jato. Isso não significa que Temer seja inocente. Há indícios robustos na acusação e é bastante provável que ele seja condenado ao final do processo. Mas o pedido de prisão preventiva pedido pelo Ministério Público e autorizado pelo juiz Marcelo Bretas tem uma evidente motivação política. É a Lava Jato medindo forças com o STF.

Onyx e o "banho de sangue" de Pinochet

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

No Chile, durante a ditadura do general Augusto Pinochet, pelo menos, 3.200 pessoas foram brutalmente assassinadas pelo Estado.

Nessa quinta-feira (21/03), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), iniciou uma viagem oficial ao país.

No mesmo dia, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse à Rádio Gaúcha que conhece “algum mérito” no governo Pinochet, e que ele “tinha que dar um banho de sangue” para adotar medidas macroeconômicas do país.

Governo avança contra os sindicatos

Da Rede Brasil Atual:

O governo deu um passo a mais no ataque ao financiamento de entidades sindicais, desta vez mirando especificamente no setor público. Decreto de ontem (21), assinada por Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes, elimina dois dispositivos de um outro decreto, de 2016, sobre consignações em folha de pagamento do Executivo federal.