segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sim, o Brasil pode se tornar uma Venezuela

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não importa quantos fatos incontestáveis a gente mostre sobre a Venezuela, esse bando de energúmenos que se tornou especialista no país vizinho só por assistir a Globo se recusa a enxergar.

No último capítulo (no post anterior), esta página propôs a seguinte questão aos leitores: entre uma pesquisa usada por TODA A COMUNIDADE INTERNACIONAL como REFERÊNCIA para comparar a qualidade de vida entre os povos (O Relatório do Desenvolvimento Humano, apurado pelas Nações Unidas) e uma pesquisa desconhecida feita por grupos políticos venezuelanos, a qual delas você daria mais atenção?

Brasil regride no combate à fome

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Versão-síntese do Relatório do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) mostra resultados extremamente preocupantes para o Objetivo 2 (Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura).

O relatório relembra que o acesso aos alimentos pela população em situação de maior vulnerabilidade apresentou avanços significativos no Brasil ao longo das duas últimas décadas, o que levou o país a deixar de ter a marca da fome como uma de suas principais mazelas sociais. Para isso, o aumento da renda dos extratos sociais pobres e de extrema pobreza e melhores índices de emprego, formalização, elevação dos salários (particularmente do salário mínimo) e fortalecimento da transferência de renda para a população em maior vulnerabilidade foram fundamentais. Outros pontos importantes, segundo o relatório, foram:

Doria, Bolsonaro e a marcha fascistoide

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Algumas pessoas de esquerda e democratas bem pensantes se apressaram em condenar a ovada que o prefeito João Dória recebeu em Salvador. Na verdade, os manifestantes soteropolitanos devem ser parabenizados, pois Dória merece ser alvo de muitas ovadas por ser um elemento provocador, desrespeitoso, estimulador do ódio, usando frequentemente uma linguagem e práticas que resvalam para a arruaça política. Dória precisa ser tratado como inimigo, já que ele trata as pessoas progressistas e de esquerda como inimigas.

Prepotência da elite e resignação do povo

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Ensina o professor Pedro Serrano que um Estado de Exceção pode permitir-se todas e quaisquer exceções. Tal a situação em que o Brasil precipita depois do golpe de 2016. E as exceções se multiplicam, cada vez mais daninhas. Não há lei que não possa ser desrespeitada, donde o primeiro resultado é a transformação da Justiça em injustiça. A exceção implica a cínica operação de legalizar o ilegal.

Não se justifica a surpresa, diante de um golpe perpetrado pelos Três Poderes da República com o apoio incondicional da propaganda midiática encabeçada pela Globo e de policiais transformados em jagunços da casa-grande. Deu no que deu e não se enxerga a mais pálida chance de mudança, muito pelo contrário. As máfias fazem o que bem entendem.

É o parlamentarismo, estúpido!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha permanente contra a democracia brasileira adora criminalizar os gastos das campanhas eleitorais. Compreende-se.

Como sempre acontece quando se discute o direito do povo brasileiro escolher seus governantes, a ideia, mais uma vez, é não perder uma única oportunidade para alimentar um ambiente de denúncia contra a disputa pelo voto, os partidos políticos e a decisão do eleitor.

Nós sabemos muito bem aonde essa conversa pode terminar.

Recebida em clima de escândalo por aqueles que têm motivos inconfessáveis para temer um pleito no qual Luiz Inácio Lula da Silva aparece em primeiro lugar nas pesquisas, a proposta de Fundo Partidário de R$ 3,6 bilhões envolve muito dinheiro mas é até modesta.

A subjugação voluntária de Alckmin a Doria

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O vídeo que Doria fez tentando desfazer a imagem de traidor de seu criador é das peças mais deprimentes na história recente da República.

A crônica política não dá conta de algo tão constrangedor. É trabalho para Nelson Rodrigues e Chico Buarque.

Doria, que está abertamente em campanha, chamou Alckmin para uma “homenagem”.

A conversa foi gravada no domingo, dia 12, no Palácio dos Bandeirantes, depois de uma semana de contatos políticos do prefeito turista.

A epidemia de ódio é o subproduto da crise

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

54 anos atrás – 28 de agosto de 1963 – negros e brancos marchavam em Washington e, nos degraus do Memorial Lincoln, Martin Luther King pronunciava seu discurso que a história batizaria de “I have a dream” proclamando a igualdade e a harmonia

Ontem, em Charlottesville, o pesadelo dos nossos tempos tomou forma em um multidão que marchava em direção contrária.

Não, não é distante, bizarro ou algo isolado e “folclórico” na sempre ressentida sociedade norte-americana.

O "jornalismo" misógino da revista IstoÉ

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Antes de mais nada, é preciso lembrar que a IstoÉ já foi a favor do PT, quando o partido estava no governo e engordava os caixas da revista com dinheiro público em forma de propaganda. Em agosto de 2010, em plena pré-campanha da então desconhecida Dilma Rousseff, a semanal da editora Três chegou ao cúmulo de ressuscitar um slogan ufanista da ditadura na capa para ajudar Lula a eleger sua sucessora.

Maquinações de Temer para continuar impune

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer só quer a Presidência para usá-la como biombo contra investigações por corrupção passiva no caso JBS. Se isso estava claro, mais evidente ficou a partir da defesa que ele andou fazendo, entre os mais chegados, da adoção de um “experimento parlamentarista de transição” já no ano que vem. Aprovado o sistema para vigorar a partir de 2019, ele entregaria o governo a um primeiro-ministro já em 2018.

Meta fiscal de Temer vai custar caro

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

Clemente Ganz, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), afirmou que a condução econômica do governo de Michel Temer é “extremamente nefasta para a sociedade e traz um custo social enorme”. Ele se referiu à projeção da meta fiscal, que mais uma vez teve seu anúncio adiado pelo governo. O deficit a ser anunciado deve ser de R$ 159 bilhões para este ano, mas há quem defenda no governo que a revisão defina um deficit de R$ 170 bilhões.

De acordo com ele, a política econômica atual, baseada em ajuste fiscal e aprovação de reformas, vai retardar a retomada do crescimento. No rastro desse “equilíbrio nas contas” do governo virá um efeito cascata devastador.

Golpista da Saúde paralisa exames de HIV

Por Altamiro Borges

Enquanto investe uma fortuna na compra de deputados e presenteia a cloaca empresarial com várias benesses, a quadrilha de Michel Temer vai solapando os poucos avanços sociais dos últimos anos. Só no mês passado, o covil golpista reduziu em 543 mil o número de famílias beneficiárias do “Bolsa Família”. Já o programa “Minha Casa, Minha Vida” está parado, prejudicando até os “coxinhas” da tal classe média que participaram das marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff. Em outras áreas sociais, o desastre também é assustador. Na quinta-feira passada (10), o jornal Agora estampou no título: “Falta de kits do Ministério da Saúde paralisa exames de HIV em São Paulo”.

Doria jura “lealdade” a Alckmin. É fake!

Por Altamiro Borges

Em vídeo postado neste domingo (13), no “Dia dos Pais”, o prefeito João Doria jurou total lealdade ao seu padrasto político, o governador Geraldo Alckmin – que estava ao seu lado com cara de nádega. Ele garantiu que a “estreita amizade” entre ambos já dura 37 anos e que “essa relação nasceu fora da política e não há nada que vá nos dividir, nada que vá nos afastar. Não há nada que vá nos colocar em campos distintos”. Ele também criticou as notícias “falsas” de alguns veículos de imprensa. O vídeo do “prefake”, porém, não convenceu muita gente – possivelmente nem o próprio “picolé de chuchu”. Os dois tucanos, o velhote e o novato no ninho, estão em guerra aberta para definir quem será o presidenciável do PSDB em 2018.