domingo, 27 de janeiro de 2019

Justiça anula punição a racista do Mackenzie

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a juíza federal Sílvia Figueiredo Marques, da 26ª Vara Cível de São Paulo, concedeu liminar ao estudante de direito Pedro Bellitani Baleotti, expulso da Universidade Presbiteriana Mackenzie por gravar e divulgar dois vídeos racistas durante as eleições de outubro passado. Alegando ter encontrado “irregularidades” no processo disciplinar, a juíza ordenou o "imediato restabelecimento do vínculo" do aluno com a instituição, garantindo a sua matrícula. Por outro lado, a magistrada manteve a suspensão do racista das aulas devido à “animosidade” instalada no campus.

O Globo e a crise irreversível da mídia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os últimos dados de circulação dos jornais brasileiros, segundo estudos do site Poder360 com base nos dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação), trazem informações relevantes.


Pela primeira vez, desde os anos 80, a Folha perdeu a liderança total (impresso + digital) para O Globo e a liderança de impresso tanto para O Globo quanto para o Estadão.
O impresso caminha para a extinção.
Com exceção de O Globo, as assinaturas digitais não compensaram a queda dos impressos.
A queda da tiragem é o menor dos problemas dos jornais.

Bolsonaro: entre a degola e a coleira

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

Após 3 semanas de (des)governo, aconteceu o que se esperava. A incompetência, mediocridade, ignorância, arrogância e violência só podiam gerar o caos. O baixo nível do Ministério só contribui para piorar. Depois de Davos, a desmoralização do governo brasileiro tornou-se definitivamente internacional.

Em meio a esse pântano de irracionalidade, há alguns segmentos racionais. São eles:

1) Alguns generais de direita que põem limites às alucinações presidenciais, como foi o caso da base militar americana no Brasil ou da transferência da embaixada para Jerusalém.

Vale vai atuar para esconder seu crime

Por Lu Sudré, Rute Pina e Joana Tavares, no jornal Brasil de Fato:

“Uma tragédia anunciada”, diz Thiago Alves, integrante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), sobre o rompimento da barragem Mina do Feijão, da mineradora Vale, nesta sexta-feira (25). Até o momento, há cerca de 200 desaparecidos no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Perspectivas apontam que o número de desaparecidos pode subir para 600 pessoas.

Quem tem medo dos coletes amarelos?

Por Philippe Scerb, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

É impossível prever o destino dos coletes amarelos. De partido competitivo em meio ao desgaste das forças políticas tradicionais ao esquecimento repentino, as possibilidades são numerosas para esse movimento que de novembro a janeiro, pelo menos, vem bloqueando estradas e promovendo manifestações suntuosas na maioria das cidades francesas. O que parece claro é que de símbolo radical da crise da democracia – a mesma que elegeu Trump e Bolsonaro e alimenta governos como os de Orbán e Erdogan, ele pode ter se tornado o motor de seu retorno. Emmanuel Macron relutou, mas finalmente cedeu ao espírito dessas manifestações em série ao propor um “grande debate nacional”, em que todas as prefeituras chamarão seus moradores a discutir temas de interesse público e manifestar suas expectativas.

Bolsonaro e Trump provocam a Venezuela

Por Jeferson Miola, em seu blog:         

Num desatino diplomático que evidencia o desespero em criar fatos políticos para distrair a opinião pública dos escândalos que poderão custar seu mandato [ler aqui], Bolsonaro se associou ao extremista Donald Trump e a outros líderes lunáticos no apoio ao golpe da extrema-direita que poderá fazer da Venezuela a Síria latino-americana.

A posição do governo brasileiro em relação ao conflito no país vizinho destoa da tradição de 200 anos da tradição diplomática do Brasil [ler aqui].

Os bilionários voltam ao bunker de Davos

Por Jorge Cordeiro, no site Outras Palavras:

Uma taxa extra de apenas 0,5% sobre a riqueza dos bilionários que fazem parte do 1% mais rico do planeta arrecadaria mais do que o suficiente para educar 262 milhões de crianças que estão fora da escola hoje no mundo, e também providenciar serviços de saúde que poderiam salvar a vida de mais de 3 milhões de pessoas.

Ao não taxarem apropriadamente os muito ricos e as grandes corporações, e por terem dificuldades orçamentárias para investir adequadamente em serviços públicos como saúde e educação, os governos estão contribuindo para aumentar as desigualdades, prejudicando milhões de pessoas que vivem na pobreza – principalmente as mulheres.

Jean Wyllys será o primeiro autoexilado?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Eu, particularmente, sou a favor de um “paredão” profilático para determinados entes… O Jean Willis, por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão…” (Desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em 29 de dezembro de 2015).

***

Como a desembargadora Castro Neves continua solta, três anos após fazer a ameaça, o deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) decidiu renunciar ao mandato e se autoexilar para sobreviver ao novo regime miliciano-fundamentalista, instalado no país há apenas 25 dias, 55 anos após o golpe militar que o presidente Jair Bolsonaro defende.

Witzel, Flávio Bolsonaro e milícia no RJ

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A recente prisão de milicianos no Rio traz à tona elos do grupo, acusado à Justiça por formação de quadrilha e assassinato, com Flávio Bolsonaro. Como deputado estadual no Rio, Flávio empregou a mãe e a esposa de um dos chefes da milícia das favelas de Rio das Pedras e Muzema, propôs condecorações e fez discursos a favor de milícias.

Há mais razões para desconfiar de vínculos do primogênito do presidente Jair Bolsonaro com a milícia que acaba de ser denunciada pelo Ministério Público (MP)? Há: a eleição do atual governador do Rio, Wilson Witzel, do PSC, em outubro passado.

A terra é plana!

Por Frei Betto, no site Correio da Cidadania:
Homem de fé que sou, e ainda mais mi­neiro, sempre des­con­fiei dessa ci­ência in­flu­en­ciada pelo marxismo. Se a Terra fosse re­donda e gi­rasse em torno do pró­prio eixo, no mí­nimo de­ve­ríamos sentir ton­turas. Esse pre­con­ceito contra o ge­o­cen­trismo de Pto­lomeu de­corre dos ma­lé­volos con­ceitos paulo­frei­ri­anos as­su­midos por Co­pér­nico e Ga­lileu. Eles ado­taram o prin­cípio mar­xista de que o lugar so­cial de­ter­mina o lugar epis­tê­mico, e ao re­tirar os pés da Terra para fixá-los no Sol, in­ven­taram a teoria do he­li­o­cen­trismo. Ora, basta er­guer os olhos ao céu e cons­tatar que o Sol gira em torno da Terra, caso con­trário não ha­veria dia e noite.

Um arranjo monstruoso comanda o país

Por Reginaldo Moraes

Turbilhão de fatos assombrosos. Um mais forte do que o outro. A cada um deles, mais se consolida a impressão de que está no comando do país algo que pode ser - e digo pode ser porque sempre se deve ser prudente em afirmações tão graves - pode ser um arranjo monstruoso de crime organizado, máfia financeira e forças imperiais.

Devo estar, é claro, delirando sob o efeito de substâncias alucinógenas, não é mesmo?

Afinal, mais uma teoria conspiratória? Antes fosse, antes fosse.