sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Bolsonaro tenta salvar o bispo no RJ
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
Pesquisas internas, feitas pelo comitê de campanha de Eduardo Paes (DEM), mostram que a candidata do PDT já ultrapassou Crivella na disputa eleitoral no Rio. A delegada Martha Rocha teria subido três pontos no levantamento encomendado por Paes, de acordo com informações obtidas por este jornalista.
O resultado preocupa o candidato do DEM, já que Martha tem baixa rejeição e, segundo o último Datafolha, é a única que derrotaria Paes num eventual segundo turno.
Mas o sinal vermelho mesmo foi aceso na campanha do protegido de Edir Macedo. O atual prefeito, Marcelo Crivella, pode ser humilhado pelos eleitores, ficando fora do segundo turno - mesmo com a máquina da Prefeitura nas mãos e com o apoio ostensivo de Bolsonaro.
O resultado preocupa o candidato do DEM, já que Martha tem baixa rejeição e, segundo o último Datafolha, é a única que derrotaria Paes num eventual segundo turno.
Mas o sinal vermelho mesmo foi aceso na campanha do protegido de Edir Macedo. O atual prefeito, Marcelo Crivella, pode ser humilhado pelos eleitores, ficando fora do segundo turno - mesmo com a máquina da Prefeitura nas mãos e com o apoio ostensivo de Bolsonaro.
Democratizar a comunicação nos municípios
Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:
Assim como candidaturas às Prefeituras e Câmaras de Vereadores são indagadas sobre propostas para educação, saúde, transporte, habitação, limpeza urbana, segurança, precisamos cobrar delas planos para a comunicação pública. Esse é um tema também de âmbito municipal.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou dias atrás o documento “Eleições 2020: a comunicação que queremos para os municípios”, contendo uma série de propostas de iniciativas possíveis de serem promovidas por prefeitos e vereadores. Principalmente pelas candidaturas do campo progressista, que por natureza são (ou deveriam ser) imbricadas a causas populares, o documento do FNDC precisa de ser lido com atenção. Mais que isso: carecemos de compromissos com aquelas propostas.
Assim como candidaturas às Prefeituras e Câmaras de Vereadores são indagadas sobre propostas para educação, saúde, transporte, habitação, limpeza urbana, segurança, precisamos cobrar delas planos para a comunicação pública. Esse é um tema também de âmbito municipal.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou dias atrás o documento “Eleições 2020: a comunicação que queremos para os municípios”, contendo uma série de propostas de iniciativas possíveis de serem promovidas por prefeitos e vereadores. Principalmente pelas candidaturas do campo progressista, que por natureza são (ou deveriam ser) imbricadas a causas populares, o documento do FNDC precisa de ser lido com atenção. Mais que isso: carecemos de compromissos com aquelas propostas.
Não é fácil envelhecer no Brasil
Por Vilma Bokany, na revista Teoria e Debate:
O Sesc-SP em parceria com o Núcleo de Estudos e Opinião Pública (Neop) da Fundação Perseu Abramo em meados de 2018 iniciaram uma série de conversas sobre a necessidade de uma segunda edição da pesquisa “Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade”. Passados 13 anos de sua primeira edição, em 2005, ambas as instituições atentavam para a intensificação do aumento do envelhecimento da população, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
No Brasil, em quase uma década e meia que separa as duas edições do estudo, o Brasil viu o índice de pessoas com mais de 60 anos crescer de 9,2% da população brasileira, em 2005, para atuais 34 milhões de cidadãos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o que representa 16,2% da população brasileira.
O Sesc-SP em parceria com o Núcleo de Estudos e Opinião Pública (Neop) da Fundação Perseu Abramo em meados de 2018 iniciaram uma série de conversas sobre a necessidade de uma segunda edição da pesquisa “Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade”. Passados 13 anos de sua primeira edição, em 2005, ambas as instituições atentavam para a intensificação do aumento do envelhecimento da população, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
No Brasil, em quase uma década e meia que separa as duas edições do estudo, o Brasil viu o índice de pessoas com mais de 60 anos crescer de 9,2% da população brasileira, em 2005, para atuais 34 milhões de cidadãos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o que representa 16,2% da população brasileira.
Home-office e o servidor público precarizado
Por Mariana Bettega Braunert e Maria Aparecido Bridi, no site Outras Palavras:
A necessidade de isolamento social imposta pela pandemia provocada pela Covid-19 levou milhões de trabalhadores brasileiros de diversos segmentos econômicos e ramos de atividade a aderirem provisoriamente ao trabalho remoto (home-office).
Nota técnica recentemente publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, elaborada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aponta que a adesão ao trabalho remoto foi maior no setor público do que no setor privado. Em junho de 2020, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam trabalhando de forma remota, enquanto no setor privado, a porcentagem era de apenas 8,0% de trabalhadores realizando as atividades remotamente no mesmo mês [1].
A necessidade de isolamento social imposta pela pandemia provocada pela Covid-19 levou milhões de trabalhadores brasileiros de diversos segmentos econômicos e ramos de atividade a aderirem provisoriamente ao trabalho remoto (home-office).
Nota técnica recentemente publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, elaborada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aponta que a adesão ao trabalho remoto foi maior no setor público do que no setor privado. Em junho de 2020, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam trabalhando de forma remota, enquanto no setor privado, a porcentagem era de apenas 8,0% de trabalhadores realizando as atividades remotamente no mesmo mês [1].
A militarização das escolas no Brasil
Por Ana Julia Ribeiro, no jornal Brasil de Fato:
Há alguns dias recebi a triste notícia de que a escola onde estudei e participei das ocupações, o Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães recebeu indicação, por parte do governo do estado do Paraná, para ser militarizado junto com mais 200 escolas.
Coincidentemente, no mesmo dia deste anúncio, dia 26 de outubro, fazem quatro anos que falei na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Há quatro anos estávamos ocupando as escolas porque os estudantes não estavam sendo ouvidos e respeitados, nem tendo suas opiniões consideradas na reforma do ensino médio.
Coincidentemente, no mesmo dia deste anúncio, dia 26 de outubro, fazem quatro anos que falei na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Há quatro anos estávamos ocupando as escolas porque os estudantes não estavam sendo ouvidos e respeitados, nem tendo suas opiniões consideradas na reforma do ensino médio.
Doria usa a TV Cultura como palanque
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
As manhãs da TV Cultura são normalmente cobertas por programas infantis e desenhos animados. Mas alguns dias são diferentes. O governador paulista, João Doria (PSDB), tem usado a emissora pública para promover as reuniões do Comitê Empresarial Solidário, nas quais cita repetidamente os nomes das empresas, as doações realizadas e os nomes dos representantes das companhias. E dá espaço para que estes falem ao público, durante cerca de uma hora. As reuniões não constam da programação da TV Cultura, embora sejam marcadas com antecedência, e também não ficam registradas no site da emissora, nem no canal dela no Youtube.
Bolsonaro reafirma intentos autoritários
Editorial do site Vermelho:
A segunda onda de Covid-19 na Europa e a aceleração da pandemia nos Estados Unidos são sinais de que o Brasil caminha para um cenário ainda mais trágico. As crises sanitária e econômica tendem a se agravar, com graves e previsíveis consequências para o povo. Sem uma ação efetiva contra os efeitos da pandemia, a sua propagação seguirá descontrolada. E os efeitos sobre a economia, castigada por uma severa recessão, serão inevitáveis.
A segunda onda de Covid-19 na Europa e a aceleração da pandemia nos Estados Unidos são sinais de que o Brasil caminha para um cenário ainda mais trágico. As crises sanitária e econômica tendem a se agravar, com graves e previsíveis consequências para o povo. Sem uma ação efetiva contra os efeitos da pandemia, a sua propagação seguirá descontrolada. E os efeitos sobre a economia, castigada por uma severa recessão, serão inevitáveis.
Pária, órfão e passando vergonha
Por Marcelo Zero
Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha.
Ficamos um tanto surpresos.
Ignorantes que somos dos tortuosos silogismos do tomismo diplomático, que hoje domina corações e mentes da alta cúpula do Itamaraty, pensávamos que o objetivo maior da política externa, de qualquer política externa, era o de manter boas relações com todos os países e fortalecer o prestígio e o protagonismo de um Estado no cenário mundial.
Estávamos redondamente enganados. Ou melhor, estávamos “planamente” equivocados.
Ensina-nos o chanceler pré-iluminista que a finalidade principal da política externa brasileira é o isolamento. Assim, a boa política externa seria uma antipolítica externa.
Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha.
Ficamos um tanto surpresos.
Ignorantes que somos dos tortuosos silogismos do tomismo diplomático, que hoje domina corações e mentes da alta cúpula do Itamaraty, pensávamos que o objetivo maior da política externa, de qualquer política externa, era o de manter boas relações com todos os países e fortalecer o prestígio e o protagonismo de um Estado no cenário mundial.
Estávamos redondamente enganados. Ou melhor, estávamos “planamente” equivocados.
Ensina-nos o chanceler pré-iluminista que a finalidade principal da política externa brasileira é o isolamento. Assim, a boa política externa seria uma antipolítica externa.
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