quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Eleições: propostas para democratizar a mídia

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lança nesta quinta-feira (2) a "Carta-compromisso em defesa da Democracia e por uma Comunicação Democrática no Brasil", documento que reúne um conjunto de propostas de políticas públicas para assegurar um ambiente de pluralidade e diversidade no sistema de comunicação do país. A ideia é que a plataforma seja apresentada às candidaturas a presidente da República, mas também aos postulantes ao Congresso Nacional, governos e legislativos estaduais. No caso dos estados, os Comitês Regionais do FNDC também devem agregar iniciativas específicas de políticas públicas de comunicação, considerando as realidades locais.

Alckmin e o não-efeito Centrão

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Estamos desde a semana passada às voltas com a novela da falta de vices para vários candidatos mas eles, ou elas, não produzirão alterações no quadro eleitoral.

O fato realmente relevante desta reta final, capaz de alterar a correlação de forças, foi o apoio do Centrão ao pré-candidato do PSDB Geraldo Alckmin. E embora seja muito cedo para avaliar o seu impacto, a primeira pesquisa nacional posterior ao fato, do Instituto Paraná Pesquisas, manteve o tucano no mesmo lugar.

Meirelles, o candidato de hena

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Cenas tragicômicas não param de acontecer na política brasileira.

O partido do governo que ia unir o país formalizou a escolha do chefe da “equipe dos sonhos” na economia como seu candidato a Presidente.

E a reação de todos diante disso é… rir da piada.

É evidente a qualquer um que a única finalidade prática da candidatura de Henrique Meirelles seria a de fazer com que, sendo formalmente o candidato de Michel Temer, passasse a receber o desprezo que os brasileiros sentem pelo atual ocupante do palácio do Planalto.

A cruel extorsão dos juros altos

Editorial do site Vermelho:

Nesta quarta feira (1º), o Banco Central manteve a taxa básica de juros (a famosa Selic) em 6,5% ao ano – uma decisão a nível macroeconômico que, alardeada como baixa pela mídia conservadora, mantém nas alturas os juros pagos pelo governo a especuladores financeiros detentores de títulos da dívida pública. Calcula-se que em dezembro de 2017 a dívida pública superava 5 trilhões de reais. Isso significa que a variação de um ponto percentual (1%) nessa montanha de dinheiro significa R$ 50 bilhões. Isto é, pela taxa Selic, o governo paga mais de R$ 325 bilhões para estes especuladores. Recursos que escasseiam para investimentos produtivos que movimentam a economia e geram empregos: para áreas sociais como saúde, educação e assistência social; para a construção de estradas e obras de infraestrutura.

Golpe persegue professores das universidades

Do blog Nocaute:

A perseguição aos professores e o desmonte da educação impostos pelo golpe seguem firmes. Primeiro o inquérito aberto pela PF contra o reitor da UFSC, Luis Carlos Cancellier, que terminou em seu suicídio. Semana passada os professores Gilberto Maringoni, Valter Pomar e Giorgio Romano (UFABC) tiveram uma sindicância aberta pela administração da universidade por terem feito o lançamento do livro “A verdade vencerá”. Agora foi em Minas, na Unifal, onde um professor marxista foi exonerado sem motivos pela administração da Universidade.

Waldir Pires, a serviço da civilização

Da Rede Brasil Atual:

Waldir Pires, político de carreira extensa, advogado e professor, que morreu em 22 de junho, foi homenageado, na noite de terça-feira (31), com um debate promovido no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, sobre seu legado. O jornalista Emiliano José lançou o primeiro volume da biografia do político baiano. "Um cidadão de 70 anos de vida pública e com uma história extraordinária", definiu.

A estranha Operação Margem Controlada

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Deflagrada hoje, a Operação Margem Controlada, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual do Paraná, não cheira bem.

A operação foi montada contra uma suposta organização criminosa que impedia os postos de combustível de praticarem preços livres. A tal organização seria integrada por “executivos” das três maiores distribuidoras do país, BR Distribuidora, Ipiranga e Shell.

Na inacreditável entrevista concedida às TVs de Curitiba, o delegado descreveu o crime cometido. É de um nonsense sem tamanho:

É preciso defender a paz na Nicarágua

Ilustração do site Cuba Debate
Por Socorro Gomes, no site do Cebrapaz:

A escalada da crise na Nicarágua tem atraído redobrada atenção das forças populares e da paz na América Latina e Caribe e em todo o mundo. Já se evidenciam os contornos da ingerência externa, em particular, estadunidense, na disputa política doméstica que, de reivindicações legítimas no plano econômico, escalou para a violência que hoje se verifica nas ruas, apesar dos apelos do governo do presidente Daniel Ortega pelo diálogo e dos compromissos que fez.

Trump reage à decadência relativa dos EUA

Por Bruno Elias, no blog Viomundo:

Passados dezoito meses de governo de Donald Trump, é possível divisar melhor as linhas de continuidade e de mudança da política externa dos Estados Unidos.

O 45º presidente do país atua em um contexto de continuidade da crise capitalista e de declínio relativo da hegemonia dos EUA no mundo.

De governos anteriores, herdou guerras na Síria, Afeganistão, Iraque e Líbia e encontrou disputas com outros polos de poder em ascensão.

Em outras frentes, seu governo tem rompido acordos, reorientado alianças e aberto novos conflitos políticos, econômicos e militares.

De Bolsonaros e bolsonaristas

Por Altair Freitas, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Muita gente se escandaliza com as posições expressas por Jair Bolsonaro e adotadas por segmentos da sociedade brasileira nos últimos anos, anos de intensa crise econômica, política e social. Sua ida ao programa Roda Viva no dia 30 de julho, serviu para reafirmar o que vem dizendo há anos, só que agora para um público maior e mais disposto a ouvi-lo.

Crises agudas no capitalismo suscitam a circulação de ideias dispares sobre suas causas e saídas para elas. Bolsonaro, ao seu modo, dialoga com quem exatamente? Que saídas propõe? Qual o seu programa econômico para o país?

Radiografia da privatização velhaca em SP

Por Daniel Angelim, Daniel Martins, Gonzalo Berrón e Maria Brante Tatiana Ferraz, no site Outras Palavras:

João Doria foi eleito prefeito de São Paulo com base num discurso privatizante, segundo o qual, empresários seriam capazes de gerir melhor os recursos públicos do que a própria Prefeitura. Agora, lidera as pesquisas para o governo de São Paulo. Mas quais os reais efeitos da sua política de privatização? Foi realmente capaz de “desonerar” os cofres públicos? Quem ganhou e quem perdeu em cada um dos bens e serviços concedidos à iniciativa privada? E quem ganhou com as famosas doações empresariais para a cidade?

Estados Unidos e China: ameaça de guerra?

Por Wladimir Pomar, na revista Teoria e Debate:

A crescente disputa comercial entre Estados Unidos e China e os possíveis desdobramentos nas relações internacionais talvez só possam ser clarificados com o entendimento do grau de desenvolvimento de cada uma dessas nações e de seus objetivos quanto ao mundo.

Nos Estados Unidos, a partir dos anos 1970, as grandes corporações industriais, comerciais e de serviços foram unificadas e hegemonizadas pela fração financeira do capital. Sua indústria perdeu dinamismo e foi, em grande parte, relocalizada em países de mão de obra mais barata. E parcela insignificante de sua população centralizou a maior parte da riqueza nacional, enquanto a maioria dessa mesma população passou da condição de classe média ou de classe trabalhadora empregada para a condição de excluída da riqueza e do mercado de trabalho.

Como convencer um eleitor de Bolsonaro?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Esta é a pergunta que os militantes de esquerda devemos nos fazer.

A pista está no Roda Viva da última segunda-feira.

Os entrevistadores – todos jornalistas da grande mídia, cujo candidato é Alckmin – usaram, na maior parte do tempo, os comportamentos preconceituosos e autoritários de Bolsonaro para tentar constrange-lo. O candidato vomitou seu costumeiro bestialógico com toda a segurança do mundo e os entrevistadores, em regra, não souberam replicar com consistência.

"Subestimamos a direita em 64 e 2016"

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Em abril de 1964 e em abril de 2016, os democratas e as esquerdas subestimaram a força, a inteligência e capacidade de articulação da direita no Brasil e no mundo. É o que analisa o jornalista Emiliano José, que está lançando uma biografia de Waldir Pires, em entrevista ao Tutaméia.

Waldir Pires (1926-2018) foi, com Darcy Ribeiro, o último a deixar o Palácio do Planalto quando do golpe militar de 1964. Ele era consultor geral da República no governo João Goulart e tinha trabalhado na elaboração de leis como a da reforma agrária e a da regulação das remessas de lucros –pontos importantes do histórico discurso de Jango na Central do Brasil (Rio) em 13 de março de 1964.