segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Por onde anda o designer gráfico da Globo?

Reprodução
Por Oscar de Barros, no site Pensar Piauí:

As imagens falam tanto quanto as palavras. Em duas edições distintas do Jornal Nacional, apresentadas por William Bonner, a forma como a TV Globo enquadrou a cobertura política revela nuances importantes do discurso midiático. Quando o assunto era a Operação Lava Jato e a suposta ligação de Lula com esquemas de corrupção, o fundo de tela trazia canos enferrujados jorrando notas de dinheiro, uma metáfora visual de sujeira, desvio e degradação. Já na cobertura da condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal, a imagem projetada atrás do apresentador foi um cenário azul sereno, de linhas arquitetônicas limpas, remetendo a sobriedade e institucionalidade.

Vivi para ver

Charge: Thiago
Por Frei Betto

Eu tinha 19 anos em junho de 1964. Morava no Rio, em uma “república” de estudantes dirigentes da Ação Católica. Na madrugada de 5 para 6 daquele mês, agentes do serviço secreto da Marinha, o Cenimar, invadiram nosso apartamento armados de metralhadoras. Fomos todos levados para o Arsenal da Marinha.

Aos socos e pontapés me torturaram, convencidos de que eu era Betinho, líder da Ação Popular, uma organização de esquerda, e anos depois da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
Entre o cárcere militar e a prisão domiciliar, fiquei retido um mês. Não houve processo ou reparação. Nem sequer o direito a um advogado. Dei-me conta do que é uma ditadura.

Cinco anos depois fui novamente preso em Porto Alegre por favorecer a fuga do Brasil de perseguidos pelo regime militar. Trazido para São Paulo, presenciei torturas, perdi companheiros e companheiras assassinados por militares e policiais civis.

Em 2026, a escolha entre Lula e Bolsonaro

Charge: Andre Ribeiro/Associação dos Cartunistas do Brasil
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Muitos, na grande imprensa, fingem que há, política e eleitoralmente, uma terceira via, uma opção entre Lula e Bolsonaro. Entre soberania e democracia e entreguismo e autocracia.

Não há.

Tarcísio, Zema, Caiado etc. não são alternativas ao bolsonarismo. São simplesmente o bolsonarismo sem Bolsonaro, como o governador de São Paulo já deixou abundantemente claro. Esses fantoches só serão viáveis se forem o “candidato do Bolsonaro”.

Tal balizamento já foi dado pelas circunstâncias políticas nacionais e pelos imperativos geopolíticos do Império.

A punição da organização criminosa

Charge: Brito
Por Jair de Souza

É impossível negar que fomos tomados por um sentimento de grande alegria ao receber o veredito judicial com a condenação de todos os integrantes do primeiro escalão da organização criminosa capitaneada por Jair Bolsonaro, em razão dos vários crimes praticados em sua tentativa de levar adiante um golpe de Estado.

Porém, a vingança não é a motivação que nos impele a lutar. O que nos impulsiona é a esperança e o desejo de transformar o mundo para que nele imperem a justiça, a dignidade e a solidariedade. É por isso que não nos alegramos com a condenação jurídica que acaba de ser aplicada pela Primeira Turma do STF aos articuladores das ações golpistas.

Careca do INSS não comparece à CPMI

Por que o condenado (Bolsonaro) é culpado?

Eduardo Bolsonaro já deveria estar cassado

Após a condenação: o que aguarda Bolsonaro?